Hipertensão arterial

hipertensaoPrevenir  hipertensão arterial é muito importante porque é uma doença silenciosa.

A hipertensão arterial é uma doença que atinge um em quatro adultos brasileiros, ou seja, em torno de 25% de toda a população, segundo informações da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Contudo, esses números vêm aumentando. Um levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgado pelo Ministério da Saúde em abril, mostrou um aumento de 22,5% para 25,7% no diagnóstico de hipertensão arterial em consultas médicas.

Para tirar dúvidas, o cardiologista Rodrigo Cerci, coordenador do Serviço de Angiotomografia Cardíaca da Quanta Diagnóstico e Terapia, responde algumas perguntas frequentes sobre o que é e como evitar essa doença.

Hipertensão arterial é uma doença causada pelo aumento da pressão exercida pelo sangue, dentro das artérias do corpo, chamada pressão arterial. Este aumento da pressão arterial pode causar o comprometimento de vários órgãos como cérebro, rins, coração, entre outros.

A doença não tem sintomas e só é diagnosticada por meio da aferição dos níveis da pressão arterial, realizada por médicos ou outros profissionais treinados. Quando o valor fica em até 120/80, é considerado normal. Acima disso, é considerado limítrofe até 140/90. Quando passa desse nível, a pessoa é considerada hipertensa.

Justamente por não dar sintomas é que ela é extremamente perigosa, já que vai comprometendo diversos órgãos como o coração, o cérebro, os rins, entre outros, silenciosamente, sem diagnóstico e sem tratamento. Para se ter uma ideia de como é importante o tratamento, a hipertensão arterial é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal no Brasil.

Segundo o médico Rodrigo Cerci, é preciso se preocupar e se prevenir, pois a hipertensão arterial não é uma doença de nascença. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença com o aumento da idade, principalmente, depois dos 50 anos. “Ela é causada por um conjunto de fatores como a predisposição genética, acompanhada de outros fatores externos como obesidade, consumo excessivo de sal, alimentos industrializados, tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, estresse e algumas doenças como distúrbios de tireoide”, explica.

A doença é tratada com medicamentos específicos e mudanças no estilo de vida, como a perda de peso para obesos, exercícios físicos, adoção de alimentação saudável, redução no consumo de sal, abandono de vícios e práticas que ajudem a combater o estresse. Uma mudança de estilo de vida pode ajudar a diminuir a pressão arterial para níveis normais. Contudo, se o fator genético for o mais importante, a reversão da doença é mais improvável. Um paciente hipertenso pode e deve ter uma vida normal e produtiva, desde que faça o controle da pressão com medicamentos e mantenha hábitos saudáveis.

O sal é sempre citado como um fator importante no desenvolvimento da hipertensão arterial. “A dose máxima de sal recomendada pelo Ministério da Saúde é a de 5 g/dia. Lembrando que essa dose não vale somente para o sal acrescentado na comida, é preciso contabilizar toda a alimentação que você tem durante o dia, incluindo, alimentos industrializados, refrigerantes e sucos artificiais. Para quem é hipertenso ou tem problemas de coração, a quantidade deve ser menor ainda, apenas 3 g/dia. Entretanto, a média de consumo dos brasileiros é 10g/dia”, diz Rodrigo. “De acordo com a OMS, as 5g de sal recomendados são menos que uma colher de chá rasa de sal ou cinco pacotinhos daqueles servidos em restaurantes, já que cada um contém 1 grama. Entretanto, não esqueça que o sal usado no tempero da comida não é o único consumido no dia”.

O sal light é o que tem menos sódio, com 197 mg de sódio por 1g de sal. O sal do Himalaia tem 230 mg  de sódio por 1g de sal, o sal marinho tem 420 mg por 1g de sal e o sal refinado tem 400 mg por 1g de sal. Logo, se puder escolher, melhor o light, mas em pouca quantidade sempre e sem esquecer que qualquer alimento industrializado também deve ser contabilizada na quantidade máxima de sal diária.

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