Desrespeito com o consumidor idoso

planosaudeIdoso tem mais direitos que o consumidor normal. Fique atento.

Temos um grupo de WhatsApp das primas da família Almeida Teixeira da Costa, que é a família do meu pai. Inclusive já escrevi sobre ele aqui. Somos cerca de 60 primas no grupo, só mulheres e o que não falta é assunto. Nem sempre consigo acompanhar a conversa, mas sempre passou e dou uma olhada.

Ontem, enquanto passeava pelo bate-papo, me deparei com um relato de uma das primas, alertando o grupo sobre mais uma ação de desrespeito com o consumidor. Já que fiz dos dois últimos artigos sobre o tema, vou continuar na série, pois achei muito importante.

Vale a dica para quem tem mais de 60, está prestes a entrar neles, tem pais ou parentes nesta faixa etária que usam planos de saúde. Leia com atenção porque muita gente que passou dos 60 anos não sabe os seus direitos junto ao Estatuto do Idoso.

“Queridos amigos,
Como sou uma das mais velhas de nossa turma e a maioria entra nos 60 este ano, gostaria de alertá-los para o que aconteceu comigo em novembro último.
Sou assegurada da Amil em um plano mais ou menos alto (opções plus) há mais de 10 anos.
No início de novembro, recebi um novo carnê com o valor de minha mensalidade indevidamente reajustado por ter chegado aos 60. O valor que era de R$ 639 passou a R$ 1.787.
Indignada resolvi entrar na justiça contra a Amil. Procurei um advogado especialista em pequenas causas e levei meu contrato e carnês para saber como deveria agir.
O meu contrato previa um aumento de 165 % quando eu chegasse aos 60 (provavelmente ela não tinha lido todo o contrato antes de assinar). Porém, meu advogado esclareceu que embora eu tivesse assinado este contrato, existe o Estatuto do Idoso que prevalece sobre o contrato, que não permite nenhum aumento depois dos 59 anos.
Tudo que eles poderiam cobrar seria um reajuste de custos anual, de acordo com a lei.
Baseado nisso, e sem deixar de pagar as prestações já aumentadas (paguei 2 meses), o advogado entrou com uma petição contra o aumento e pedindo de volta, EM DOBRO, tudo que eu pagasse a mais, além do que fosse legalmente decidido.
Logo na primeira audiência a Amil foi citada para mandar um novo carnê com o valor antigo até a solução do caso.
Finalmente saiu o resultado e eu ganhei a causa.
Fui duas vezes ao Fórum, onde o advogado da Amil disse que não haveria acordo e dois meses depois saiu o veredicto.
Portanto, não aceite os aumentos passivamente, é um abuso!
A devolução em dobro do que paguei, eles estão esperneando para pagar, mas vão acabar tendo de fazê-lo e minha mensalidade passou para R$ 682 pelo menos até ao final do ano (dezembro de 2016), quando deverá sofrer mais um pequeno reajuste.
Esqueci de dizer que, como somos considerados idosos, temos prioridade na marcação das audiências, o que fez o desenrolar ser mais rápido que o normal.
Não se deixem enganar, nós temos nossos direitos.
Fico imaginando quantas pessoas que, por desconhecerem este Estatuto, pararam de pagar e abandonaram seus seguros de saúde.”
saudeinssAgora, segue uma informação importante sobre a cobertura pelo INSS para viagens internacionais.
Há direitos que existem, mas, infelizmente, não usufruímos por desconhecê-los.
Um deles é o Seguro Saúde para os contribuintes ou beneficiários do INSS quando em viagem para: Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Argentina, Chile e Uruguai. Antes da viagem é necessário requerer no Setor de Acordos Internacionais do INSS o formulário apropriado (IB2 para a Itália, etc).
Com esse documento, no caso de acidentes, você poderá ser socorrido e medicado pelo serviço público do país que enviará a conta para o INSS pagar.

É bom lembrar que em alguns desses países a saúde pública é de excelente qualidade e que, não tomando essas providências, quem pagará a conta poderá ser você. Para mais informações consulte o link http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=111
Agora, é só divulgar isso para os amigos.

Isabela Teixeira da Costa

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