Botox ou preechimento?
Saiba quais as diferenças no tratamento estético com botox e com ácido hialurônico
O avanço nos tratamentos estéticos são impressionantes. Lembro da primeira plástica que minha mãe fez. Eu era jovem e quando ela chegou no quarto estava com um capacete enorme de atadura, alguns esparadrapos na região dos olhos, que por sua vez estavam bem inchados. Levei o maior susto, não esperava aquela cena, e tentava despistar, para não assustá-la também. Depois de alguns dias removeram todo este aparato e aí foi possível ver o grande corte em torno da cabeça.
Hoje, este procedimento já mudou bastante, inclusive não se corta mais o alto da cabeça. As mulheres não ficam mais com aquela testa enorme, as rugas nesta região são tratadas com botox. E o lifting (a plástica grande) só é feita depois de muitos paliativos estéticos.
O botox surgiu e jogou por terra aquele ditado “de graça nem injeção na testa”. As pessoas passaram a pagar caro por elas. A toxina botulínica reinou absoluta muito anos, tirando por um período de quatro a seis meses as rugas da testa e os famigerados pés de galinha. Por sinal, a substância é excelente pata tratar de paralisia facial.
Agora, o queridinho da vez é o ácido hialurônico, que se tornou amigo íntimo de muitos homens e mulheres acima dos 25 anos. Ele faz parte do nosso corpo e tem várias funções, como hidratar, manter a elasticidade, contribuir para a sustentação da derme e prevenir o envelhecimento precoce. E já está comprovado pela medicina que, assim como o colágeno, a partir dos 18 anos de idade a produção do ácido hialurônico começa a diminuir gradativamente. Por esse motivo, os primeiros sinais e linhas de expressão surgem formando vincos próximos à boca, olhos ou testa. Não é à toa que existe uma infinidade de cremes hidratantes e cosméticos anti-aging com a substância. Esses cuidados melhoraram a textura e viço da pele, mas não podem corrigir a perda de volume e gordura facial. O próximo passo foi descobrir a melhor maneira de injetar o ácido hialurônico fazendo preenchimento.
Segundo a médica Andrezza Fusaro explica que “quando as marquinhas ainda não são permanentes e aparecem apenas ao sorrir ou com certas expressões faciais, chamamos de ruga dinâmica. Neste caso, a toxina butolínica é o tratamento ideal, pois a função dela é diminuir o movimento do músculo e prevenir as linhas. Diferente do preenchimento, que devolve o volume já perdido ou preenche pontos desejados, trazendo de volta a harmonia ao rosto”.
O ácido hialurônico é eficiente para recuperar ou corrigir os contornos do rosto, a região dos olhos, bochechas, lábios e nariz. Outras áreas de aplicação são as olheiras fundas, que podem refletir um semblante abatido, independente da idade, por isso, muitas pessoas fazem o preenchimento na área abaixo dos olhos para eliminar esse aspecto. O contorno e preenchimento dos lábios, correção de pequenas falhas no nariz e a chamada giba óssea, a famosa pontinha projetada para cima, são os tratamentos mais procurados.
O efeito do botox surge depois de 72 horas da aplicação, no caso do preenchimento com o ácido hialurônico é imediato e, a partir de 30 dias, o resultado fica ainda mais visível, porque o produto se integra aos tecidos da pele. A durabilidade varia de acordo com a densidade aplicada. A área da olheira, por exemplo, precisa de menos produto do que um contorno facial. O tempo mínimo é de quatro meses e o máximo, oito. A contraindicação é somente para peles com quadros de acne grave e que estejam em tratamento com Roacutan.
Tudo isso é maravilho e fica muito bem se usado com equilíbrio, na dose certa. Problema é que algumas pessoas exageram na dose, ou os médicos aplica em excesso – não saberia dizer –, e acabam deformando o rosto. Não são poucas as mulheres com aparência do Fofão, aquele cachorrão do programa infantil dos anos 1990. Como tudo na vida, cuidado, cautela, bom senso e equilíbrio não fazem mal a ninguém.
1 Comentário para "Botox ou preechimento?"
Os dois associados… pena que os custos são altos equiparando-se a uma plástica por ano…mas os resultados são visíveis.