Jovens e adolescentes estão vulneráveis na internet

Filipinas
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Estudo mostra os perigos que os jovens se expõem na internet.

Estava demorando, mas até que enfim alguém se atentou para o fato. Neste mundo conectado, movido pela internet, sem limites, era preciso pesquisar o resultado disso na vida dos jovens e adolescentes. Novo estudo do UNICEF revelou os riscos que os jovens e adolescentes enfrentam ao crescer em um mundo cada vez mais conectado. A pesquisa mostra que oito a cada dez pessoas de 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de serem abusados sexualmente ou explorados on-line e mais de cinco a cada dez acham que seus amigos têm comportamentos de risco ao usar a internet.

Perils and Possibilities: Growing up online (Perigos e possibilidades: Crescendo on-line – disponível somente em inglês) se baseou em uma pesquisa de opinião internacional feita com mais de 10 mil pessoas de 18 anos de idade, em 25 países, entre eles o Brasil.

“A internet e o telefone celular revolucionaram o acesso de pessoas jovens à informação, mas os resultados da pesquisa mostram que o risco de abuso on-line para meninas e meninos é real”, disse Cornelius Williams, diretor associado de Proteção Infantil do UNICEF. “Globalmente, um a cada três usuários de internet é criança. O UNICEF espera amplificar a voz dos adolescentes para ajudar a resolver a violência, a exploração e o abuso on-line e assegurar que as crianças possam tirar o máximo proveito dos benefícios que a internet e o telefone celular oferecem”.

Segundo o relatório, os adolescentes confiam na sua própria capacidade de se manter seguros. Quase 90% dos entrevistados acreditam que podem evitar os perigos on-line. Entre os brasileiros, 86% disseram que sabem como evitar esses riscos. Outros 80% disseram que sabem como lidar como pessoas que fazem comentários indesejados ou pedidos online sobre sexo.

Globalmente, cerca de seis a cada dez disseram que conhecer novas pessoas on-line é de alguma forma importante ou muito importante para eles, mas apenas 36% acreditam fortemente poder dizer quando as pessoas on-line estão mentindo sobre quem são.

Mais de dois terços das meninas (67%), em todo o mundo, concordam fortemente que ficariam preocupadas se recebessem comentários ou pedidos sexuais por meio da internet, em comparação com 47% dos meninos. Quando ocorrem ameaças on-line, mais adolescentes procuram seus amigos do que pais ou professores, mas menos da metade diz que sabe o que fazer para ajudar um amigo que estiver enfrentando um risco on-line.

No Brasil, 94% dos entrevistados acreditam que as crianças e os adolescentes correm risco de ser abusados ou usados sexualmente on-line. Na América Latina e no Caribe e na África ao sul do Saara, dois terços apontaram esse risco, em comparação com 33% dos entrevistados no Oriente Médio e Norte da África.

Os pais devem ficar atento ao que os filhos fazem e o que veem na internet. Seria o cenário ideal, mas com a internet nos celulares, se torna uma missão impossível. A solução talvez seja a orientação constante e o alerta a possíveis problemas e abordagens e como sair delas.

Isabela Teixeira da Costa

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