Ações do bem

Devemos ajudar o próximo, de todas as formas, inclusive com ações do bem.

Este mandamento de Deus já está arraigado na grande maioria da população e virou uma ação natural. Algumas pessoas fazem mais, elas encabeçam projetos humanistas que se tornam verdadeiros exemplos de cidadania, porém precisam da nossa ajuda para manter o trabalho.

Se formos listar os bons projetos que existem, este espaço será pequeno. Como o assunto não se esgota, hoje, vou destacar alguns que admiro. Talvez não conheçam todos, mas vale a pena.

O primeiro é o que faço parte, a Jornada Solidária Estado de Minas. Não estou puxando a sardinha para o meu lado, mas esse programa existe há 52 anos. Sua longa existência é consequência do trabalho sério e transparência. Começou com um nome conhecido pelos mais velhos: Jornada pelo Natal do Menor, tímido, doando um pouco de dinheiro, no mês de dezembro, para orfanatos e instituições que trabalhavam com crianças até 12 anos, para que os dirigentes pudessem fazer uma festa Natal para as crianças e dar um singelo presente.

Com o passar dos anos, a Jornada chegou a atender 300 instituições e beneficiar mais de 65 mil crianças por ano. Da mesma forma que o programa crescia, aumentava também o sentimento de voluntariado na sociedade. Percebemos que não era mais necessário fazer festa de Natal. As necessidades eram maiores.

Faltava tudo nas creches, e o que existia precisava de reparos: torneiras e encanamento de gás com problemas, pisos e forros (quando tinham) precisando ser trocados, pouca iluminação, ambientes com mofo, colchonetes velhos, banheiros em estado de calamidade.

Mudamos o enfoque. Passamos a fazer reformas. Para isso, fizemos alterações no estatuto da Jornada. Reduzimos a faixa etária de atendimento para 6 anos. Já entregamos 35 creches para as Associações Comunitárias, totalmente reformadas e equipadas. As que foram possíveis ampliar, ampliamos. Onde foi possível colocar acessibilidade, foi colocado. Acredito que estamos no caminho certo.

Outro programa que admiro muito é a Cidade Refúgio para moradores de rua. Trata-se de uma comunidade terapêutica, sem fins lucrativos, que atende moradores de rua com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e drogas.

Lá eles têm como objetivo promover a restauração da pessoa devolvendo a dignidade, o amor próprio, a autoestima, por meio do tratamento, recuperação, profissionalização e reinserção social. A restauração do ser humano é física, emocional, social, mental, familiar e profissional.

Como parte do tratamento eles ensinam uma profissão aos moradores da Cidade Refúgio. Ninguém fica à toa. Entre os cursos tem: construção civil nas áreas de alvenaria, acabamento, pintura, gesso, bombeiro e eletricista; culinária, ensinando o ofício de padeiro, confeiteiro, pizzaiolo, chefe de cozinha e garçom; corte e costura, manutenção de máquinas e silk; marcenaria; enrolamento de motores; jardinagem e paisagismo.

Em 2015, foi criado um apiário para ajudar no sustento do projeto. A Rede Mel, como é chamada, vende o mel produzido na fazenda, pelos moradores em tratamento. Os apiários seguem os padrões exigidos pelos órgãos fiscalizadores e, como resultado, apresentam produtos de alta qualidade. O que eu acho mais legal é que eles não dão o peixe, mas ensinam os homens a pescar.

O terceiro programa é Os Engenheiros da Alegria, inspirados nos Doutores Alegria e no filme A corrente do bem. Todos os projetos alegreiros são voluntariados, abertos para todas as faixas etárias e, apesar de levar no nome a Engenharia, é aberta para todas as pessoas que gostam de construir sorrisos. Como eles explicam, “Alegreiro é a pessoa que faz sorrir e todos possuem o talento de poder construir um sorriso”. Para eles, isso é mudar o mundo.
Hoje, atuam através de três projetos: as Visitas Alegreiras, levando sorrisos para comunidades, creches, escolas e asilos, através da fantasia e da arte do palhaço; coletivo FelizCidade, que são intervenções urbanas para levar um pouco mais de amor para as ruas de Belo Horizonte e a Mão na Massa, uma forma de mudar um mundo através da mobilização comunitária. A idéia consiste transformar sonhos em realidade, promovendo a qualidade de vida. Esse trabalho é feito em comunidades, creches, escolas, asilos e hospitais de BH.

Serviço:

Para quem quiser ajudar:

Jornada Solidária Estado de Minas – 3263-5700 jornada@uai.com.br

Cidade Refúgio  – (31) 2551-1017 / 98861-1011 julioflacerda@cidaderefugio.com.br

Engenheiros da Alegria – página no Facebook

Isabela Teixeira da Costa

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