Altruísmo com limites é relação saudável também entre mãe e filhos

mãe_silhuetaPassou o Dia das Mães, mas não poderia deixar de postar uma análise interessante sobre o excesso de amor das mães, feita pela coach Alice Schuch.

A maioria das mulheres possui uma abundância de energia em forma de afeto que arrisca torná-las débeis. Logo, as relações, especialmente entre mães e filhos, requerem limites para serem saudáveis. O alerta é da palestrante, escritora e pesquisadora, Alice Schuch, pelos anos de pesquisa que coleciona e pelos livros científicos que tratam o assunto.

Alice explica: “verificando com atenção, encontramos sempre presente um certo altruísmo, uma força livre que se mostra como confiança e disponibilidade da mulher àqueles que a acercam. Esse altruísmo é percebido como uma energia relacionada com acolhimento e com cuidado nato que, sem limites, consome a força necessária ao desenvolvimento pessoal. Na prática, a mulher atrasa investimentos de tempo e dedicação em si para transpor ao outro”.

Alice Schuch / Foto divulgação
Alice Schuch / Foto divulgação

Alice nomeou este altruísmo de débil porque atrasa estudos, carreiras e sonhos. Não raro, ainda, interessados se consideram no direito de aproveitar deste aspecto energético. Eles atraem totalmente e depositam algo de seu, solicitando sempre coisas que parecem não coincidir com os interesses particulares. “Funcionando segundo motivações que não são nossas, introduzidas na nossa totalidade, começamos a mover-nos de acordo com uma ótica estranha ao nosso projeto”, explica. A atração de interessados ocorre justamente por estar essa energia disponível, não utilizada e não conscientizada pelo portador.

Na realidade, o afeto é uma força, que permanece livre e quando o proprietário não o usa para si, submetendo-o a um comando externo ocorre a frustração, que em geral é tomada de modo superficial mesmo que os efeitos sejam facilmente percebidos.

Por outro lado, quando o portador se responsabiliza e coloca a sua inteligência em ação coerente com a própria ambição, coordenando os meios que dispõe de modo cauteloso e racional, esta pulsão amplia a estrutura da pessoa e poderia constituir-se em um auxílio para a conquista de novos espaços de ganho existencial, sempre mais amplos e funcionais.

“A natureza nos faz belas e inteligentes, convém aprender a monopolizar todos os nossos dotes para sublinhar a nós mesmas como seres humanos responsáveis que somos. Ocorre usar nossa energia com coerência e vontade: somos as únicas senhoras do nosso potencial e não podemos nos fazer substituir por outros. Trata-se de despertar e responsabilizar-se caso se deseje alcançar um nível superior”, completa Alice Schuch.

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