Festa no Torneio de Tênis

Carla Calvo, Adriana Vasconcelos, eu e Isabel Gangl
Carla Calvo, Adriana Vasconcelos, eu e Isabel Gangl

Maior torneio de tênis amador do país comemora 21 anos com festa animada.

Ontem, foi o encerramento da 21ª edição do Torneio empresarial de Tênis Estado de Minas. Cheguei cedo e, como sempre, além de organizar a festa e receber os jogadores e convidados, observo tudo.

Antes tenho que dizer que foi um sucesso. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes e participaram ativamente jogando, torcendo, confraternizando desde o início, e a festa que começou às 8h, só foi terminar por volta das 18h.

Em meados de 2000, meu primo Álvaro me colocou na gerência de Comunicação Institucional do Estado de Minas e como parte do meu novo trabalho, saí à cata de tudo que levava o nome do jornal, das mídias externas, etc. Foi neste momento que descobri o Torneio de Tênis Estado de Minas.

Desde então, assumi o campeonato, que na época era apenas de duplas masculinas. O primeiro ano foi de observação; no segundo, já participei mais ativamente; e no terceiro comecei a implantar mudanças.

A primeira foi criar a categoria de duplas femininas. Na época, não entendia nada de tênis, mas sabia de uma coisa, não dava mais para ser a única mulher no meio de todos aqueles homens, apesar de conhecer a maioria deles e ser muito bem recebida. Cláudius Tenório, que era o organizador técnico do torneio foi radicalmente contra, disse com todas as letras que as mulheres brigavam muito. Porém, Patrícia Cassimiro (mulher de Cláudius na época), me deu a maior força.

Tinha uma vantagem a meu favor, não conhecia praticamente ninguém da turma, e como o torneio seria por convite, era só não convidar aquelas que brigavam. Procurei saber quais eram, e pronto. Convidei algumas amigas tenistas para me ajudarem: Tânia Salles, Júnia Lanna Valle, Heloisa Veiga, Eliana Ximenez Donato, Silvana Loureiro. Posso dizer, sem modéstia nenhuma, que nosso torneio conseguiu reerguer o tênis feminino em Belo Horizonte.

Hoje, temos mais mulheres jogando do que homens. A segunda mudança que implantei foi transformar o torneio em benefício da Jornada Solidária Estado de Minas, e isto foi muito bem recebido por todos os participantes. O Torneio cresceu, ganhou corpo.

Há alguns anos a coordenação técnica passou para as mãos de Leila Abe e Bob Wildmann com parceria de Flávio Casalechi e temos mais de 240 jogadores, sendo que vários deles se inscrevem em mais de uma categoria. Este ano, criamos a disputa de duplas mistas, que também foi muito bem aceita.

Desde que o Torneio cresceu, contava com duas pessoas para me ajudar, este ano fiz tudo sozinha, e graças a Deus, consegui. Ontem, contei com a ajuda de quatro voluntários muito queridos: Heloisa Silva, Phillip Martins, Gisele e Leandro Viana.

As pessoas chegam alegres, algumas que vão jogar, mas tensas. Começamos o dia com um café da manhã, porém alguns torcedores já querem beber o chope às 9h da manhã. Heim?? Temos que dar uma “embromada”, e libero só depois das 10h30. A BH Tênis vai se enchendo aos poucos. Conversas variadas e ouço comentários elogiosos. O que mais me chamou a atenção foi: “Este torneio é o Roland Garros do Brasil”, até que combinou, porque este ano um de nossos árbitros já apitou uma final de Roland Garros.

O melhor é que perdendo ou ganhando todos comemoram e ficam felizes. O clima entre os tenistas é de muita amizade. Depois da premiação foram muitos sorteios, e com isso ficam mais alegres ainda, afinal, quem não gosta de ganhar presente?

Depois de uma boa noite de sono, estou pronta para a próxima. Obrigada a todos que participaram, trabalharam, patrocinaram e apoiaram nosso trabalho. Valeu!

Isabela Teixeira da Costa

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