De volta à rotina

O carnaval acabou em parte do país, e muita gente volta à rotina. Como driblar o cansaço e a ressaca?

O carnaval acabou, será que acabou mesmo? Pelo menos na maior parte do Brasil sim. Aqui em Belo Horizonte muita gente volta hoje ao batente, depois do meio dia, mas isso não significa que a folia terminou. Hoje, às 5h e às 8h tem bloco na rua. E no final e semana o carnaval continua.
Mas, a vida também continua e muita gente tem que pegar no pesado independentemente do cansaço e da ressaca. Então, veja aí as dicas da especialista em bem-estar, Liora Bels, do aplicativo Freeletics, que indicar alguns alimentos energizantes que afastam a sensação de cansaço:
1. Abacate, que é extremamente energético sua gordura é saudável, e tem ácidos graxos, ômega 3 e ômega 6, que combatem o colesterol ruim, aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro e ajudam o corpo a absorver outros nutrientes.
2. Maçãs são um lanche prático e super energético, ricas em frutose, fonte preferida de energia do corpo. A fruta vai fornecer uma quantidade constante de energia para o cérebro e corpo por mais tempo.
3. Grãos germinados, ou seja, grãos integrais, como aveia ou trigo sarraceno, que são uma forma de carboidrato que o corpo quebra lentamente para converter em energia, fornecendo assim uma fonte constante, em vez de um pico seguido de uma queda que traz o sono e o cansaço
4. Macadâmia – e a maioria das nozes e sementes – são alguns dos melhores lanches quando o assunto é vencer o cansaço e combater a fome.
5. Mirtilos são muito energizantes e podem até elevar a função cerebral.
6. Matcha não é só mais um alimento da moda, também é super energético. É feito à partir de folhas de chá inteiras que foram moídas em um pó verde fino, contendo assim, todos os minerais poderosos, antioxidantes e aminoácidos encontrados dentro da própria folha. É a combinação de cafeína e l-teanina, um aminoácido raro, que resulta em efeitos como o aumento da concentração e da atenção.
7. Couve é uma das fontes de nutrientes mais ricas da terra, repleta de vitaminas e minerais essenciais de que cérebro precisa. Trata-se de uma fonte vegetal de ferro, cujos baixos níveis no corpo podem levar à exaustão e à sensação de cansaço. Para aumentar a absorção de ferro, é ideal consumir a couve juntamente com uma fonte de vitamina C, como o suco de limão, por exemplo. Eles podem combinar em um suco verde, ou em um pesto de couve para temperar diversos pratos.
Para curar a ressaca nada melhor que um chá de salsaparrilha, erva-cidreira ou chá verde que são excelentes aliados para eliminar as toxinas. Os chás de boldo ou de folhas de louro ajudam muito a aliviar dores no estômago e no fígado. Comer ovos, brócolis, pimenta, cebolas e gérmen de trigo ajuda a limpar o fígado.
Bananas e kiwi podem ajudar porque são ótimas fontes de potássio, um mineral que você perde quando bebe devido ao efeito diurético do álcool. E beber muita água, para recuperar o que foi perdido. Segundo os entendidos, usar remédios à base de paracetamol pode ser prejudicial para o fígado, que já trabalhou bastante para metabolizar as doses de álcool ingeridas. O ideal é partir para métodos mais naturais.
Se fizer isso tudo, com certeza aguentará trabalhar neste resto de semana e ainda por cima estará inteiro para encarar mais folia no sábado e no domingo. Aja fôlego.
Isabela Teixeira da Costa

Acabou a resposentação e a desaposentação

STF bateu o martelo e acabou com a possibilidade de revisão de aposentadoria

Já sou aposentada, mas continuei trabalhando. Como eu, tem um monte de colegas meus aqui na empresa e vários amigos, em outros trabalhos, estão na mesma situação. Lembro como se fosse hoje, na época que me aposentei, várias pessoas dizendo que depois iriam pedir a reaposentadoria, que seria uma revisão na aposentadoria dele, recalculando o benefício, baseando no fato de a pessoa ter trabalho mais X anos e ter contribuído.
Isso mesmo, apesar de aposentado, o desconto continua sendo feito da mesma forma, apesar de não termos mais direito a alguns benefícios como salário desemprego, ….,….
Como tudo que diz respeito à previdência está sendo revisto, este tópico não ficou de fora, bem como a reaposentação. Vamos explicar o que é cada um desses termos no decorrer do texto. O que popularmente chamamos de reaposentadoria, juridicamente é chamado de desaposentação. Bem, no início do mês teve a decisão do Supremo Tribunal Federal, e vamos falar como ficou definido.
Segundo o vice-presidente executivo da Sociedade Brasileira de Previdência Social, André Luiz Bittencourt, o STF bateu o martelo e decidiu que “cidadãos aposentados que voltam ao mercado de trabalho não podem recalcular o valor do benefício por meio da chamada “reaposentação”. A reaposentação é a renúncia a benefícios anteriores em troca de uma nova aposentadoria mais vantajosa. Neste caso, o aposentado descartaria o tempo de contribuição usado anteriormente, e faria um cálculo apenas pelo novo período.
Segundo explica o advogado André Luiz, em 2016 o STF já havia vetado o recálculo por meio da “desaposentação”, por isso a decisão do início do mês já era esperada. “Outros colegas e eu já entendíamos que aquela decisão da desaposentação, em 2016, viria a surtir efeito nessa de agora, uma vez que o fundo do direito é o mesmo e a questão já tinha sido debatida naquele julgamento”.
Quem já conseguiu o recálculo do benefício, no entanto, em decisões da justiça anteriores ao julgamento do STF, não perderá o direito nem terá que devolver os valores recebidos. Isto era outra questão que estava em julgamento, mas os ministros decidiram, até por uma questão de segurança jurídica, que aquelas pessoas que possuem os processos transitados em julgado não terão mudança alguma na condição de seu benefício.
Na reaposentação, o contribuinte cancelava a primeira aposentadoria, e pedia um novo cálculo, baseado nas contribuições mais recentes, levando em conta salário, tempo de serviço e idade. O tempo de serviço e o salário de contribuição anterior não entravam no cálculo da nova. Na desaposentação, o trabalhador aposentado que voltava ao mercado de trabalho pedia a revisão do benefício, juntando as contribuições anteriores à primeira aposentadoria às atuais, chegando a um cálculo mais vantajoso. Como não há lei para definir os critérios do recálculo, o STF rejeitou a tese.
A única coisa que me incomoda muito nisso tudo é que os valores da aposentadoria da população em geral são muito baixos, a ponto de se tornar impossível custear a vida apenas com este ganho, fruto de uma vida de trabalho. É exatamente por isso que as pessoas, depois de aposentadas, continuam trabalhando. Aí, tinha essa possibilidade de revisão, para melhor um pouco quando as condições físicas de trabalho se esgotassem. Essa possibilidade foi tirada.
Enquanto reduzem ainda mais os benefícios dos aposentados, outras categorias que não se aposentam pelo INSS continuam recebendo benefícios integrais.
Volta a pergunta que todos mundo anda fazendo há tempos: por que o governo não cobra as dividas astronômicas que grandes – e ricas – empresas têm com o INSS? Tenho certeza que capitalizaria bastante a previdência.

Isabela Teixeira da Costa / Interina

Dicas de maquiagem para o trabalho

Ninguém gosta de ir trabalhar de cara lavada, porém o exagero de maquiagem também não é bem-vindo no ambiente corporativo. Veja as dicas da especialista.

Por Vanessa Fernandes*

O ano de 2018 está no início e novas oportunidades se vislumbram em todos os âmbitos, inclusive no ambiente corporativo. Para começar o novo período com o pé direito, que tal aprender alguns truques de maquiagem para evitar exageros?

Segundo pesquisa da consultoria Robert Half, com 1.775 diretores de Recursos Humanos de 19 países, sendo 100 brasileiros, 22% dos participantes no Brasil disseram que uma boa aparência influencia bastante. Para 45%, influencia significativamente e para 41%, pelo menos um pouco.

Diante desse dado, a consultora de maquiagem Vanessa Fernandes afirma que menos é mais na hora se maquiar para trabalhar. Veja as dicas a seguir:

Evite erros

O olho muito preto não é indicado no ambiente de trabalho, pois ao longo do dia há a tendência de a maquiagem escorrer, o que remete à aparência de cansaço. Evite carregar no contorno do rosto em excesso e sombras muito brilhosas. Se você é adepta do olho delineado gatinho, não exagere no tamanho do risco. E não esqueça: sempre que se maquiar correndo, dê uma conferida no espelho, para evitar marcas de bases e rímel craquelado.

Medo de exagerar

Segundo a consultora, é comum muitas mulheres irem ao trabalho de cara lavada, justamente por medo de exagerar, mas na medida certa não há porque temer, pois a maquiagem usada com parcimônia levanta qualquer look e passa a impressão de pele saudável.

Como preparar a pele

Ao preparar a pele para o trabalho, evite as bases que são muito espessas para o dia. Aposte em produtos como BB cream e CC cream, que têm uma textura leve e já vêm com fator de proteção em sua fórmula. Mesmo de dia, aproveite para se beneficiar das vantagens do pó (use com pincel e tire o excesso antes de usá-lo). O produto vai ajudar a tirar o brilho e deixar um efeito mate na pele.

Noite de sono mal dormida

Ao passar uma noite mal dormida, no dia seguinte aposte em correção da pele apenas com o corretivo, que vai amenizar as olheiras. Não use lápis preto para não pesar; use curvex antes e passe rímel apenas na parte de cima, deixando o olhar bem vívido. Use um pouco de iluminador no canto interno dos olhos, que deixa o look mais aberto.

Olhos

Uma forma de não deixar over é adotar nos olhos um lápis marrom ou nude na linha d´água, que dá mais leveza do que o produto preto. Outra ótima alternativa é adotar um look esfumado discreto, que dá um ar de elegância.

Peles maduras

A pele madura exige mais hidratação, uma boa dica é misturar hidratante com a base; evite carregar muito nos olhos, aposte em looks esfumados. Outra alternativa é usar primer com efeito de peeling, que dá uma leve esticadinha no rosto.

Blush e batom

Os blushes dão um de saúde no rosto, porém não exagere. Os que puxam para os tons de pêssego e rosados são bastante indicados. Em peles morenas e negras, as melhores nuances são bronzes e avermelhados. Nos lábios, o bom senso é a palavra-chave, pois algumas empresas preferem cores mais discretas, como nudes ou rosados. Por serem mais clássicos, os vermelho e vinho são ótimas opções em ambientes corporativos mais descontraídos.

*Vanessa Fernandes é maquiadora profissional, presta consultoria e dá cursos para mulheres no ambiente corporativo

Como lidar com o estresse no ambiente de trabalho?

Brasil é o segundo entre os países mais estressados do mundo, como superar o estresse no trabalho e na vida pessoal?

Sete em cada dez brasileiros reclamam de estresse no trabalho. Destes, pelo menos três sofrem da chamada síndrome de Burnout, que se configura pelo esgotamento mental e físico intenso causado pelas pesadas jornadas, pressão por resultados e alta competitividade. Dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) revelam que os gastos com auxílio doença concedidos por transtornos mentais ultrapassaram R$ 218 milhões no país.

Para Valquiria Manzini, diretora de projetos de carreira da RH Estratégia, as pessoas devem procurar ajuda sempre que sentirem necessidade. “É preciso estar atento aos sinais que o corpo manda. Logo que a pessoa começar a sentir problemas como desânimo, exaustão, irritabilidade e baixa produtividade é importante buscar ajuda”, revela, lembrando que as empresas não podem ficar alheias à questão, devendo apresentar saídas como a implantação de políticas de bem-estar, algo que vem sendo aderido cada vez mais no mundo corporativo.

“Nas grandes companhias, o estresse muda de acordo com o cargo, mas, algumas atitudes ajudam a enfrentar essa questão. Os funcionários, por exemplo, devem criar estratégias para enfrentar as pressões. Com o mercado cada vez mais competitivo e a crise econômica atual é comum nos sentirmos pressionados a produzir cada vez mais e melhor para mantermos nosso emprego, porém, é fundamental distinguir entre engajamento e perfeccionismo. Negociar prazos para a entrega de um projeto e definir prioridades são habilidades fundamentais para evitar problemas com a saúde”, comenta Valquiria.

Ainda para a especialista é ideal saber avaliar o tamanho de cada problema, já que pequenas questões não devem ser recebidas e nem tratadas com a mesma gravidade de grandes dificuldades. É importante, por fim, que as pessoas mantenham o pensamento positivo, por mais difícil que seja, já que isso contribui para sua qualidade de vida e estimula as outras pessoas a fazerem o mesmo, melhorando o ambiente de trabalho. Já entre os empresários, a atenção principal deve se dar na forma de comunicar-se com os funcionários. Pequenos ruídos de comunicação podem gerar grandes problemas. Transparência é fundamental, porém, deve-se sempre ter atenção com o uso adequado das palavras.

Diante desse cenário caótico, buscar ajuda por meio de psicoterapia, meditação ou outra técnica de relaxamento é uma das saídas mais usadas para fugir do estresse e buscar o equilíbrio. Entre as técnicas mais procuradas e com resultados mais efetivos está a Acupuntura, que ajuda a aliviar sintomas que se tornaram comuns, como ansiedade, fome incontrolável, irritabilidade e falta de sono. “A técnica milenar chinesa auxilia diretamente na questão emocional, melhorando o mau humor, a sensibilidade excessiva, além de aumentar a disposição para trabalhar e fazer atividades físicas. As sessões geram bem-estar e devolvem a saúde e a vitalidade perdida com a rotina estressante do dia a dia, no qual as pessoas têm que enfrentar problemas no trabalho, com a família e em casa”, comenta a especialista.

Além da acumpultura, nada como uma boa terapia, pois a técnica milenar chinesa vai tirar os sintomas, a pessoa se sentirá melhor, porém, a causa da ansiedade continuará dentro de você, sufocada, e a qualquer momento poderá emergir novamente, desencadeando nova crise. Falo com conhecimento de causa, pois já fiz acumpultura para diminuir a compulsão alimentar e para dor na coluna, porém, depois que parei com as aplicações voltei a me alimentar como antes. Para a dor na coluna, realmente melhorou bastante, mas, depois de algum tempo tive nova crise.

Isabela Teixeira da Costa

Estresse no trabalho, um problema de todos

Business people bothering stressed businesswoman

Cláudia Santos fala sobre o aumento do estresse no trabalho e a síndrome do esgotamento profissional.

Claudia Santos*

Competição, crise econômica, ambiente tenso, cobrança exagerada, reuniões improdutivas, acúmulo de atividades… Tudo isso são motivos que contribuem para o aumento do estresse no trabalho. O que pouca gente sabe, porém, é que ambientes profissionais com essas características fazem com que 30% dos brasileiros sofram com a chamada síndrome do esgotamento profissional, ou síndrome de burnout, segundo pesquisa da International Stress Management Association (Isma), realizada entre 2013 e 2014.

Pessoas com a síndrome de burnout podem apresentar esgotamento físico, alteração de humor, maior irritabilidade e dificuldade de concentração, além de sofrer com ansiedade, pessimismo, baixa autoestima e, até mesmo, depressão – para se ter uma ideia, em 2016, 75,3 mil brasileiros foram afastados de suas funções por apresentarem algum tipo de quadro depressivo, o que coloca o país em quinto lugar no ranking mundial.

O estresse não traz problemas apenas à saúde dos colaboradores, mas também impacta nos resultados organizacionais de modo geral. Afinal, funcionários estressados, além de faltarem mais, não utilizam todo o seu potencial e acabam produzindo menos. Embora muitas vezes essa responsabilidade caia exclusivamente nas mãos do RH, também é papel dos empresários e gestores incentivar os colaboradores a buscar tratamento médico e psicológico e, principalmente, prevenir o surgimento de novos casos.

As empresas precisam parar de tratar o problema como um fato isolado e buscar identificar de que forma estão contribuindo para levar seus funcionários à exaustão. Será que alimentar ambientes de trabalho estressantes, exigir um grande volume de trabalho, fazer cobranças exageradas, promover reuniões em excesso e estimular a competição interna não contribuem para que os membros da equipe se sintam desconfortáveis e insatisfeitos?

Faço um convite aos empresários para uma reflexão: “eu contribuo de alguma forma para um mundo corporativo doentio?” Reconhecer que suas atitudes podem influenciar a saúde mental dos colaboradores já é um primeiro passo para fazer uma mudança com foco na solução, e não no problema. Todos precisam entender que as relações de trabalho, a divisão de tarefas, o estilo de liderança, a comunicação interna, a disponibilidade de recursos e a organização dos processos são fatores que influenciam diretamente na saúde mental dos funcionários e podem ser decisivos na produtividade da empresa.

Em parceria com a área de recursos humanos, os líderes empresariais devem estar sempre atentos aos problemas e às reclamações, ouvindo verdadeiramente o que os colaboradores têm a dizer. Estabelecer uma comunicação clara e transparente é importante para criar uma relação de confiança. Reconhecer as conquistas da companhia e incentivar a participação de todos são maneiras de evitar o estresse e, ao mesmo tempo, criar um espaço aberto para sugestões e novas ideias. Uma empresa que valoriza seus colaboradores e incentiva novos talentos é menos impactada por problemas de saúde mental e, ainda, tem mais chance de contar com pessoas felizes para obter uma grande vantagem competitiva.

*Claudia Santos é especialista em gestão estratégica de pessoas, coach executiva e diretora da Emovere You

Rede Cidadã incentiva a recolocação profissional para idoso

Reprodução
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No Dia Nacional do Idoso, programa lança iniciativa inédita no país

1º de outubro comemora-se o Dia do Idoso no Brasil. A Rede Cidadã, uma das principais organizações do país voltadas para a geração de trabalho e renda, acredita e investe na força de trabalho desse segmento. Há dois anos a organização criou o programa Rede Sênior, que já inseriu mais de 200 pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho mineiro.
O Rede Sênior tem o objetivo orientar profissionais nesta faixa etária para o mercado de trabalho, seja através de contratação por CLT ou atuação empreendedora – e há também a opção de orientar o sênior para o trabalho voluntário, de maneira que tenha um processo de envelhecimento bem-sucedido, saudável, sustentável e alcance a longevidade.
A retomada de uma vida ativa e a possibilidade de obtenção de renda são fatores que incentivam as pessoas mais velhas a buscar, cada vez mais, seu espaço no mercado de trabalho.
Como já disse aqui, em outros artigos, o Brasil caminha para se tornar um país de idosos, por isso, tornar a terceira idade produtiva se torna ação tão necessária, apesar de tão pouco explorada.
Só para relembrar o que já foi dito anteriormente, dados oficiais do IBGE apontam que, até 2030, o número de pessoas com 60 anos ou mais será maior que o grupo de crianças com até 14 anos no Brasil. No mesmo levantamento, o IBGE demonstra que a participação de pessoas da melhor idade na população total será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos.
Desde dezembro, profissionais maduros de BH e região puderam integrar o quadro de funcionários de empresas dos ramos de varejo, saúde visual e telesserviços. Para alcançar isso, a Rede Cidadã oferece capacitação profissional gratuita. Ao término do curso, encaminham estes profissionais recém-capacitados para vagas disponíveis em empresas que são parceiras da organização.
Além da capacitação técnica, os profissionais da Rede Cidadã realizam um acompanhamento completo do sênior através do Plano de Vida e Trabalho: durante o processo de atendimento, são discutidas questões envolvendo a vida familiar e social do sênior, seu histórico profissional, de saúde, e suas expectativas em relação ao futuro. Com esse atendimento de amplo alcance, a Rede Cidadã reforça seu compromisso de aliar vida e trabalho como um só valor. Fernando Alves, diretor executivo da Rede Cidadã, reforça esse valor afirmando que o trabalho é uma força propulsora de mudança na vida do indivíduo: “queremos que as pessoas conquistem a cidadania pelas próprias mãos. E isso é alcançado através do trabalho”, destaca.
O Rede Sênior conta também com outro importante pilar: o Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA). Ele é voltado para atender empresas e funcionários que se preparam para encerrar suas atividades profissionais na companhia em questão.
Segundo Tatiana Carvalho, gerente de Empregabilidade da Rede Cidadã, as empresas parceiras que já contrataram sêniores têm muito para comemorar. “Os profissionais mais maduros têm experiência de vida, não só de mercado. Eles agregam muito para a equipe: são mais pacientes, dedicados, carinhosos e têm uma dedicação diferente ao trabalho porque entendem a importância dele para suas vidas”, destaca. Do ponto de vista das empresas contratantes, também existem vantagens, como a redução de turn over, economia com gastos de transporte (para aqueles acima de 60 anos), e, claro, a melhoria do clima organizacional.
O Rede Sênior, até o momento, está em desenvolvimento em Belo Horizonte (MG), mas há planos de expandir o programa para outros estados brasileiros. Além de capacitar os sêniores e fazer o acompanhamento do Plano de Vida e Carreira, a Rede Cidadã ajuda os gestores da empresa a se estruturarem para receber esse novo contingente de trabalho. Empresas que tenham interesse em participar da Rede Sênior podem entrar em contato com a Rede Cidadã pelo telefone (31) 3236-1600 ou o e-mail: redecidada@redecidada.org.br
O programa Rede Sênior é uma iniciativa da Rede Cidadã desenvolvida em parceria com a Coordenadoria de Direitos da Pessoa Idosa da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e os supermercados Super Nosso.

Estou desmotivado no trabalho. Como saio dessa?

Daniela do Lago Foto divulgação
Daniela do Lago Foto divulgação

A falta de motivação tem contaminado as pessoas e as empresas.

Recebi este material e achei ideal para este momento no qual o país está mergulhado. As empresas passam pela crise, são obrigadas a implantar redução. O mercado está parado ou andando em ritmo de tartaruga, e isso afeta o ânimo das pessoas. O clima interno nas empresas fica de total desmotivação. Por essa razão, vou publicá-lo na íntegra. Daniela do Lago é coach de carreira, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora.

*Por Daniela do Lago

Há dias em que vamos para o trabalho satisfeitos e motivados, porém, em outros, tudo o que mais desejamos é ficar em casa. Essa é a famosa desmotivação, que faz com que muitos fiquem “anestesiados” e não consiga desenvolver qualquer atividade na empresa de modo e no prazo satisfatórios.

Esperar que a motivação surja de outras pessoas é um dos grandes erros e um paradigma ainda muito presente no mercado de trabalho. Muitos profissionais têm problemas para localizar e identificar situações de desmotivação na empresa e, em algumas situações, acabam buscando culpados para punir, como o chefe, por exemplo.

O bom chefe deve, sim, gerar o estímulo correto para que seus funcionários tenham “motivo para ação”, mas a verdade é que ele não poderá fazer nada por ninguém. A motivação é interna, assim, o único responsável por seu estímulo é você mesmo!

O outro paradigma é acreditar que motivação é sinônimo de sucesso. Todos passamos por momentos em que começamos a duvidar do nosso trabalho e das nossas capacidades, mas é justamente o desafio que pode nos motivar a alcançar determinado resultado. Ou seja, o sucesso é a consequência da motivação, e não o contrário.

Mas como os desmotivados podem reverter a sua situação? Será que a esse desânimo tem “cura”? É preciso reencontrar razões para vencer e superar os obstáculos e, para isso, só há uma maneira: agir! Se formos esperar as condições ideais para, depois, nos motivarmos, jamais nos animaremos com coisa alguma.

Pensando nisso, preparei três passos para você reverter esse desânimo no dia a dia de trabalho:

Verificar se seus valores estão alinhados aos da empresa: eles são parâmetros para você decidir o que é importante ou não em  sua vida pois exigem o seu tempo, dinheiro e energia. Os princípios da empresa determinam o comportamento das pessoas independentemente de seu tamanho, origem ou segmento de mercado e o fato de não estarem alinhados aos seus valores pessoais pode ser uma das razões de sua insatisfação.

Tenha um objetivo claro de vida: pense no futuro e tenha perspectiva! Quando não se sabe qual é o destino da viagem, não há razão para seguir sua caminhada, não é mesmo? Isso geralmente acontece quando você pensa somente no emprego, em vez de pensar na sua carreira. Ao pensar apenas no trabalho, você tem a sensação de “curto prazo”. Para definir seu objetivo de vida, saiba o que o sucesso representa para você, afinal de contas, o que motiva seu colega, com certeza, é diferente do que te motiva.

Aumente a sua capacidade para lidar com a adversidade: todo profissional passa por várias adversidades, mas nem sempre está equipado para lidar com elas. Todos reagimos de acordo com a capacidade de controlar nossas respostas perante às dificuldades e o objetivo é determinar qual parte da situação você é responsável por melhorar, o quanto você se responsabiliza pela situação, não interessando quem é o culpado, mas sim como pode resolver, o quanto exerce o seu papel na recuperação de algo, independentemente de quem causou. Por isso, definir uma meta é muito importante para se manter motivado. A grande questão é como obter mais estímulos nas áreas que desejamos, como nos tornarmos – e os que estão mais próximos a nós – mais estimulados a perseguir realizações profissionais e nos negócios.

ITC

Empregadas: elas trabalham direito?

Novela Cheias de Charme Foto TV Globo/Divulgação
Novela Cheias de Charme Foto TV Globo/Divulgação

Você está satisfeita com o trabalho de sua empregada doméstica?

Todo profissional é contratado para executar determinado tipo de trabalho e recebe por isso. A empresa escolhe o candidato no processo de seleção, sabendo que ele executará o serviço da melhor maneira possível, pois é bom, capaz, competente, preparado. Existe um contrato de trabalho e ambas as partes cumprem seus deveres: o funcionário executa bem suas tarefas, a empresa paga seu salário em dia. Ninguém está fazendo favor.

O mesmo ocorre quando contratamos uma funcionária para trabalhar em nossa casa. Será mesmo? Acho que não é bem assim. O contrato de trabalho de uma empregada doméstica, ou secretária do lar, como muita gente gosta de chamar, é mais importante, porque envolve um quesito que em empresa não conta tanto: a confiança.

Abrimos a nossa casa, nossa intimidade, nossos bens pessoais e os deixamos à mercê de uma pessoa desconhecida. Damos um voto de total confiança. Na maioria das vezes temos que sair para trabalhar e passa horas em nossa casa, sozinha, fazendo o que quiser.

Tive uma emprega por 15 anos. Fui sua madrinha de casamento. Ela me ajudou muito e vice-versa. Mas no fim, acho que já estava cansada e falava mal de mim com sua mãe, ao telefone, sem a menor cerimônia. Minha filha estava em casa e escutava tudo. E mesmo reclamando não pedia para ir embora. Acabou saindo por questões pessoais.

Depois que ela saiu, decidi que teria diarista. Com freqüência, tinha que pedir coisas que, no meu entendimento, fazem parte de uma limpeza normal de uma casa, como por exemplo arrastar móveis para varrer embaixo e atrás deles. Limpar interruptor e parede quando estiverem sujos, etc.

Não estou generalizando. Conheço muitas empregadas e diaristas de amigas minhas excelentes. Estou contando um caso que aconteceu comigo. Se eu trabalhasse na empresa da forma com a empregada trabalhava aqui em casa, já estaria desempregada há anos. Claro que a dispensei. Mas estou com uma moça que vem uma vez por semana.

As pessoas que me acompanham sabem que, na última quinta-feira, minha filha se mudou. Foi para Anagé, sertão da Bahia, ser missionária. Foi uma loucura fazer as malas. Primeiro, as caixas de mudança levando utensílios para casa, que foram levadas antes. Depois, as malas com suas coisas pessoais. Foi um faz e refaz enlouquecedor, por causa do peso máximo permitido.

O resultado foi um quarto extremamente bagunçado. No sábado, fui arrumar tudo e no domingo decidi dar uma limpa no quartinho de “empregada”, que nunca teve essa finalidade. Estou chocada até agora. Não vou descrever o que encontrei lá, mas tinham três sacos de lixo. Coisas que eram para ser jogadas fora e a diarista deixou lá por meses. Não tem explicação. Fora a sujeira que o espaço e o banheiro anexo estavam.

Bom, já está comprovado que não executam as tarefas que foram contratadas para fazer. Agora, tem outro problema: o horário de trabalho. Desde que a profissão foi regulamentada – não estou reclamando disso –, elas só podem trabalhar oito horas por dia. Em residências não tem relógio de ponto e a maioria das donas de casa não está por lá quando a empregada vai embora. Como comprovar se a pessoa chegou na hora e cumpriu sua jornada?

A cada semana vou me aventurar em um cômodo da casa. Vamos ver o que mais encontro. O bom é que à medida que dou a faxina, faço uma limpeza tirando coisas que não usamos mais. Com isso o volume para doações aumenta. E ainda faço um bom exercício físico. O jeito é fazer o joguinho da Poliana: ver o lado feliz de tudo.

Isabela Teixeira da Costa