Tremor pode não ser o sinal primário do Parkinson

Sintomas como a lentidão de movimentos e rigidez muscular podem ser sinal de Parkinson.

Uma das doenças degenerativas mais conhecidas, principalmente dentre as que atingem os idosos com certa frequência, o Parkinson afeta cerca de 200 mil brasileiros e causa o clássico sintoma de tremor involuntário.

Tinha uma tia, muito querida, que tinha Parkinson. É impressionante o que a doença faz com o paciente. O dela começou com tremores, pelo menos foi o sintoma visível, e com o tempo afetou a fala, que também ficou trêmula. Sua nora é neurologista das boas, Juliana Almeida Barros, e fez um tratamento nela que melhorou bastante o seu estado por um bom tempo. Foi como se estabilizasse a doença, que depois de alguns anos voltou a progredir. Pode não ter sido o ideal, já que todos buscamos a cura, coisa que o Mal de Parkinson não tem, mas ter uma qualidade de vida por um tempo é melhor que nada.

O tremor involuntário pode não ser o primeiro sintoma a aparecer e denunciar o desenvolvimento da doença. “Lentidão para realizar movimentos simples e dificuldades para andar, causados pela rigidez muscular, bem como postura encurvada e perda de equilíbrio são outros sintomas que uma pessoa com Parkinson pode apresentar”, alerta o coordenador do Centro de Parkinson do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Rubens Gisbert Cury.

Todos esses sintomas se desenvolvem por conta da progressiva degeneração e destruição de células nervosas que produzem a dopamina, substância química responsável pelo controle dos movimentos musculares de todo o corpo. “Sem a dopamina, o cérebro não manda corretamente para o resto do corpo a mensagem para realizar um movimento simples, por exemplo”, explica o especialista.

Essa destruição de neurônios e consequente diminuição do nível de dopamina é lenta e progressiva, ditando o ritmo de avanço da doença. Em casos em que o quadro já está avançado aparecem também a dificuldade de engolir e falar, de realizar movimentos automáticos e até alterações cognitivas e demência.

O Parkinson não tem cura, mas pode ser tratado, tendo seus sintomas controlados. O tratamento consiste em medicamentos que ajudam nos problemas motores da doença, e pode ser aconselhada a inclusão de atividades aeróbicas de acordo com as condições e necessidades de cada paciente. Em casos selecionados, o procedimento de estimulação cerebral profunda pode ser benéfico e melhora a qualidade de vida do paciente. Por enquanto, não se sabe quais são as causas exatas da destruição das células produtoras da dopamina, nem se tem como prevenir o surgimento da doença.

Câncer: saiba mais sobre este mal

LilaGrave e desconhecido: sete coisas que você precisa saber sobre o câncer renal.

Certo dia estava conversando com o médico Enaldo Lima, chefe da oncologia do Hospital Mater Dei e ele disse uma coisa que me deixou assustada. Falou que estão tratando do câncer como uma epidemia.

A cada dia que passa, ouço mais casos sobre alguém que está com câncer ou que morreu vítima da doença. É impressionante como este número cresce e tem alcançado pessoas próximas. Ontem, perdi uma grande amiga vítima da doença.

Conheci Lila na igreja quando éramos adolescentes e ficamos muito amigas. Fizemos teatro juntas, nos divertíamos. Vivíamos juntas. Sempre falo que ela era a formiguinha e eu a tanajura em referência a uma peça infantil que fizemos e à nossa diferença física. Depois a vida nos distanciou. Depois de anos nos reencontramos na loja de sua irmã, Ana Luiza, e ficamos um tempão pondo o papo em dia.

Pouco tempo depois, Ana Luiza me contou que Lila estava com câncer. Começou com uma dor de estômago que um médico insistiu em tratar como gastrite. Quando foram ver o câncer já estava no mediastino, pâncreas e fígado. Ficou muito tempo em tratamento. Chegou a alcançar resultados excelentes quando debelou o tumor do mediastino, o do fígado e ficou só um pontinho no pâncreas. Infelizmente, uma célula que não foi detectada por nenhum exame tinha permanecido no fígado e a doença voltou com força total.

Assim que fiquei sabendo fiz questão de visitá-la. Fui à sua casa e foi um fim de tarde delicioso. Apesar de sua fragilidade conversamos tanto. Ela riu muito. Percebi em seu olhar que aqueles momentos estavam sendo de alento, que aquele reencontro estava trazendo conforto e alegria. saí de lá depois das 21h, porque fiquei com medo de deixá-la muito cansada. Foi delicioso ouvir no dia seguinte Ana Luiza dizendo como Lila tinha amado nosso encontro.

Há cerca de uns 20 dias ela foi internada e fui ao hospital. Quando ela me viu, nos abraçamos, ela começou a chorar, pediu uma oração. Ficamos muito tempo de mãos dadas e consegui dar uma fruta para ela comer. Fiquei ai até ela dormir e saí silenciosamente, sem despedir. Três dias depois ela foi para casa, mas já ficou mais sedada por causa das dores e não pude mais visitá-la. Ontem a noite, estava com a minha amiga Sandra Botrel e ela recebeu uma mensagem dizendo que um colega dela, professor da Fumec, tinha acabado de falecer, também vítima dessa doença terrível. É assim, pra todo lado que viramos ouvimos um caso desse tipo.

Recebi um material sobre câncer renal e em função do desconhecimento desse tipo da doença e de sua gravidade, achei importante postar. Aproximadamente 30% dos casos deste tipo de câncer são identificados já em fase de metástase.

Atualmente, o câncer renal é um dos tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres, mas algumas mudanças de hábito podem contribuir para prevenir a doença cuja prevalência é maior em pessoas a partir dos 64 anos.

Conheça mais sobre essa doença e fique atento aos principais sintomas:

  1. Top 10 – O câncer renal é um dos 10 tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres, sendo que os homens têm um risco maior de desenvolver a doença.
  1. Fatores de risco – Os fatores de risco para a doença estão relacionados a hábitos de vida como o consumo de cigarros, hipertensão arterial e a obesidade. Pacientes com insuficiência renal crônica e que fazem hemodiálise têm mais probabilidade de desenvolver a doença.
  1. Números – Cerca de 6.255 pessoas foram diagnosticadas com câncer de rim no Brasil, em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde, em dados publicados pelo Globocan, projeto que coleta, organiza e divulga dados sobre os tipos comuns de câncer.
  1. Causas – A causa do câncer de rim não está confirmada. O que se sabe é que a doença tem início quando as células renais sofrem mutações em seu DNA e passam a se desenvolver descontroladamente. Quando acumuladas no órgão, podem se unir e formar o tumor. Se não descoberto precocemente, essas células podem ocasionar tumores em outros órgãos, a metástase.
  1. Chance de cura – O câncer renal pode ser classificado em quatro estágios, quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a possibilidade de tratar e curar o paciente.
  1. Diagnóstico – Na grande maioria das vezes, o câncer de rim é diagnosticado incidentalmente em exames de imagem (ultrassonografia, ressonância, entre outros). Embora os sintomas sejam menos frequentes, 30% dos pacientes podem apresentar sangramento na urina, dores lombares, hipertensão arterial e emagrecimento.
  1. Tratamento – O tratamento mais comum é a remoção total do órgão, nefrectomia radical, ou a remoção dos tumores (nefrectomia parcial). A quimioterapia e a radioterapia são pouco empregadas no tratamento do câncer renal. Recentemente, a Anvisa aprovou o primeiro imunoterápico com indicação para tratamento de câncer renal avançado ou metastático previamente tratado.

 

Isabela Teixeira da Costa

 

Entenda o câncer

Célula cancerígena e célula normal
Célula cancerígena e célula normal

Conheça mais sobre a origem do câncer.

Recebi este material sobre a origem do câncer e achei bem interessante. Muitas pessoas sabem que câncer é um tumor maligno, que cada vez aparecem mais casos. Pessoas próximas a nós têm sido diagnosticadas com a doença e sofremos junto com elas na luta pela cura. Na melhor do que conhecer suas origens e sintomas mais comuns.

O oncologista do Mater Dei, Enaldo Lima, certa vez disse para mim que agora tratam o câncer como epidemia, tamanho volume de diagnósticos. celula1Fiquei assustada com essa declaração. Não é à toa ser tão comum ouvirmos falar que o câncer é uma das principais causas de morte no mundo.

Sempre divulgam as formas de prevenção da doença, bem como possíveis efeitos do tratamento. Mas, achei interessante mostrar o que é a enfermidade em si, como surge, quais as causas e por que leva à morte.

Câncer é o termo usado para designar um conjunto de mais de cem doenças que tem uma característica em comum: surgem da proliferação desordenada de células, desencadeada por uma mutação, que leva à formação de um tecido anormal, o tumor. “Simplificando: um determinado fator (interno ou externo) altera o DNA de uma célula, tornando-a uma célula doente. Esta célula inicia um processo descontrolado de proliferação, levando à formação do tumor maligno, que é o câncer”, explica a oncologista da Oncomed BH, Carolina Rutkowiski.

O tipo de câncer será definido de acordo com o sítio de origem desta primeira célula doente. Ou seja: um câncer que nasceu na mama, câncer de mama. Se nasceu no pulmão, câncer de pulmão. Se nasceu no intestino, câncer de intestino. E assim para as diferentes patologias que levam este nome. “É muito importante dizer que, embora tenham o mesmo nome, os diversos cânceres são doenças absolutamente diferentes, com comportamentos diferentes, sintomas diferentes, consequências diferentes, e também tratamentos diferentes”, reforça a médica.

As causas do câncer são inúmeras, podendo ser externas ou internas ao organismo. As externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos de vida. Pode-se dizer que de 80 a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Algumas muito conhecidas são: cigarro e câncer de pulmão, sol e câncer de pele, vírus do HPV e câncer de colo uterino.  Já as causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas e representam uma minoria.

De acordo com Carolina Rutkowiski, em relação aos sinais e sintomas, estes vão variar de acordo com a localização e extensão da doença. Mas existem alguns sintomas que, embora possam ser causados por outros motivos que não o câncer, merecem avaliação médica e por isso considera importante citar:

1-    Surgimento de lesões de pele, como pintas assimétricas ou feridas que não cicatrizam;
2-    Nódulo na mama, alterações no mamilo, secreção sanguinolenta e alterações na textura da pele na mama;
3-    Alteração do hábito intestinal ou sangue nas fezes;
4-    Falta de ar ou tosse com sangue;
5-    Sangramento vaginal anormal, especialmente se ocorrer após a menopausa;
6-    Perda de peso não intencional;
7-    Dificuldade para engolir;
8-    Alteração do hábito urinário ou sangue na urina;
9-    Aumento dos linfonodos;
10-  Rouquidão;
11- Anemia.

Por ser em sua maioria causado por fatores ambientais e de estilo de vida, muitos cânceres podem ser prevenidos. “Sendo assim, é de enorme importância que cada um de nós faça da vida saudável uma prioridade, e consulte sempre um médico quando estiver diante de um sintoma novo. Prevenção é sempre a melhor opção”, conclui a oncologista.

Isabela Teixeira da Costa