Vivo fibra: o canto da sereia

Caí numa gelada quando decidi contratar a Vivo Fibra e TV

Há dois anos estou trabalhando em home office – como a maioria das pessoas –, e para este trabalho uma boa internet é fundamental. Desde que a Net – agora Claro – entrou em operação em Belo Horizonte, me tornei assinante, isso em uma época na qual não existia internet, apenas TV a Cabo.

Os anos foram passando, a tecnologia foi evoluindo, novos recursos foram oferecidos e eu aderi às novidades. A Net/Claro, com a desculpa de diminuir os valores da mensalidade, empurra para os clientes o “combo”, e praticamente somos obrigados a ter o telefone fixo, a internet, TV e uma linha de celular.

Tudo bem. O problema é que, com todo mundo usando a internet, por causa da pandemia que nos obrigou a trabalham em casa, houve uma sobrecarga no sistema e, com frequência a internet caía. Isso gerava vários problemas e atraso no trabalho.

À parte das quedas de internet, aqui em casa a minha pegava muito mal. Só para conhecimento, moro no mesmo prédio da minha irmã, um andar acima, e a internet dela pega melhor na minha casa do que a minha. Liguei várias vezes para a prestadora de serviço, trocaram o modem e não adiantou nada.

Cansada desse sofrimento, resolvi trocar para a Vivo fibra, pois já tinha ouvido falar que era ótima, rápida, e o download e upload eram muito maiores do que na internet a cabo. Isso para o meu trabalho é muito bom, já que sou jornalista e recebo muitas imagens pesadas, e tenho que enviá-las para o jornal.

Pra quê?! Fui extremamente bem atendida pelo vendedor. O rapaz que veio instalar também foi de muita educação, paciência e delicadeza. Chegou na minha casa às 11h30 e saiu as 17h, porque deu muito trabalho. Deixou tudo funcionando.

Quando minha filha chegou, começou o problema. Ela trabalha em casa, e usa programas pesados que necessitam da internet. Seu computador e celular são da Apple. Seu quarto fica em frente do escritório, o que garantiria uma ótima recepção de sinal. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. Apesar de acusar o índice máximo de sinal, sempre aparecia a mensagem “internet fraca” ou ineficiente, e os programas não abriam.

Liguei reclamando e vieram com a desculpa de que poderia ser que os equipamentos dela fossem antigos. Bem, se isso fosse problema – que não é o caso –, deveria ser alertado ao cliente durante a venda. Ficaram de mandar um técnico no dia seguinte, que não apareceu.

Para tentar minimizar o prejuízo, uma vez que ela estava sem condições de trabalho, comprei um roteador, de alta performance. Mesmo assim, o problema continuou. O técnico veio, sem avisar, no dia seguinte pela manhã, mas minha filha estava atendendo um cliente externo, e sem seus equipamentos, não foi possível olhar e identificar o problema.

Agora a coisa piorou. Estou há seis dias sem internet e sem televisão. Estou usando a internet da minha irmã. Reclamei, o técnico demorou 24 horas para vir, olhou e disse que o problema estava na alimentação externa (caixa que fica na rua), que não enviando o sinal para o prédio. Que era área de outra equipe, e que o técnico poderia resolver o problema em até 48 horas. Na sexta-feira pela manhã veio um técnico da Vivo para instalar novo serviço na casa de um dos meus vizinhos. Disse a ele que estávamos sem sinal no prédio. No final da tarde um outro profissional – de rede – veio ao prédio. Me disse que o problema era na caixa que ficava no poste. Foi embora e não deu mais notícia. Liguei novamente, de noite, para nova reclamação. Não adiantou nada, e aquela conversa que em caso de a ligação cair eles retornam, é pura balela.

Ficamos sem internet de quarta, dia 2 de fevereiro, até o dia 8. No dia 6, cheguei ao meu limite. Cancelei a Vivo. O mais estranho é que até hoje, pasmem, o técnico de urgência que viria olhar a minha rede, até hoje não apareceu, aquele que veio sexta à tarde, foi para colocar sinal na casa da minha vizinha.

Fica aqui minha ressalva que não estou falando sobre a qualidade de velocidade de download e upload da fibra, isso é inquestionável, o problema é que, em menos de 20 dias de contrato fiquei seis sem o serviço e eles não têm comprometimento de agilidade com o suporte e manutenção. Como não tinha cancelado meu contrato com a Claro/Net, liguei pedindo a reinstalação. Ficou agendado para o mesmo dia. Não precisa nem falar qual é o melhor atendimento, em termos de agilidade, né…

Fica o alerta. É como diz o velho ditado “por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”. O atendimento inicial é muito bom, depois que entramos, começa o martírio. Voltei para a Claro/Net, porque é melhor uma internet que dá alguns problemas esporadicamente, do que nenhuma.

Isabela Teixeira da Costa

Dicas para ter segurança nos equipamentos eletrônicos

segurancaÉpoca de férias muita gente faz transações por celular ou troca seu aparelho. Veja como garantir total segurança. Veja as dicas do especialista.

*Fernando Amatte

As viagens estão a todo vapor. Além do merecido descanso e dos momentos de paz com os amigos e família, uma coisa não pode ser deixada de lado: a segurança do seu dispositivo móvel. Nessa época, com os gastos em viagens intensificam-se os golpes e fraudes digitais.

Diante deste cenário, listamos algumas dicas e cuidados valiosos para prevenção de ataques relacionados aos seus dispositivos eletrônicos (smartphones, notebooks, tablets etc.).

1) Antes de viajar faça uma cópia de segurança (backup) de informações importantes dos seus equipamentos. Vale lembrar que é sempre bom ter no mínimo duas cópias, uma na nuvem e outra em discos rígidos.

2) Trocou de celular? Antes de vender ou doar seu celular antigo, tenha certeza de que todos seus dados foram apagados. O melhor a fazer é restaurar o celular para as configurações originais de fábrica, apagando todo o seu conteúdo pessoal, como fotos, contas de e-mail e redes sociais.

Fernando Amatte / Divulgação
Fernando Amatte / Divulgação

3) Atualizar as senhas com frequência deve estar na sua lista de pendências constantemente. Troque as senhas de tempos e tempos e tenha certeza que elas não são fáceis de adivinhar, a boa prática é mesclar letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais (#, $, % ou @). Mesmo sendo trabalhoso, vale ter uma senha para cada serviço, pois isso dificulta caso você seja vítima de um hacker. Uma boa solução para te ajudar é utilizar um gerenciador de senhas.

4) Softwares sempre atualizados. Verifique se o seu dispositivo tem a versão mais recente do sistema operacional, pois normalmente elas vêm com correções de falhas de segurança que podem salvá-lo de um ataque. Não se esqueça de atualizar também os aplicativos com frequência.

5) Wi-Fi e Bluetooth merecem uma atenção especial. Evite a qualquer custo se conectar a redes de Wi-Fi públicas ou que não possuam senhas ou credenciais de acesso. Se elas não contam com a devida segurança, os dados trafegados por elas podem ser interceptados. Vale manter o bluetooth desligado para evitar expor informações pessoais a um criminoso e remova as redes sem fio anteriormente armazenadas.

6) Instale um software de segurança que inclua antivírus e firewall para evitar que algum código malicioso infecte o sistema.

7) Tome cuidado com as redes sociais. É comum divulgar fotos e check-ins de suas férias nas mídias sociais, mas essas informações podem chegar a criminosos para monitorar e usar essas informações quando você estiver longe.

8) Transações financeiras, redes sociais e serviços de e-mail devem ser totalmente evitadas em computadores públicos de conexões não seguras.

9) Configure seus aparelhos para que não iniciem uma sessão automaticamente quando detectar uma conexão na internet, isso evitará que seus dados estejam expostos em caso de redes não seguras.

10) Fique atento ao levar informação por meio de dispositivos de armazenamento removíveis ou pen drives. Em caso de conectar algum deles em equipamentos públicos, analise previamente uma solução de segurança.

11) Dispositivos seguros contam sempre com PIN ou senha para desbloquear, isso dificulta o acesso aos seus dados em caso de perda ou roubo.

*Fernando Amatte é gerente de segurança cibernética da Cipher, empresa especializada em serviços de cibersegurança.

Rede social vicia e toma muito o nosso tempo

viciorsEstar conectado no mundo virtual é muito bom, mas tem seus riscos.

A grande maioria das pessoas, atualmente, tem Facebook, Instagram e WhastApp, outras, somadas a essas, têm também Twitter, YouTube e Linkedin. Tudo é muito bom, te deixa conectado ao mundo e aos amigos e conhecidos, porém, paralelo a essas vantagens existem alguns problemas: o tempo que dispensamos a essas ferramentas e o risco do vício.

É um tal de postar foto de onde está, do que vai comer, da roupa que vestiu. Atualizar o perfil virou febre, se é Dia das Crianças, postamos foto de quando éramos pequenos; Dias dos Pais, com o nosso pai; em maio, com a nossa mãe, e por aí vai. Essa rotina virtual, às vezes, traz sérios problemas à vida real. Os efeitos negativos da internet já fazem parte do quadro de doenças contemporâneas e estão cada vez mais frequentes nos consultórios médicos.

Tem pessoas que não conseguem ficar 10 minutos sem olhar o celular. Começam a entrar em sofrimento, ficam inquietas, agitadas. Parece que estão perdendo algo de extrema importância na vida. Simplesmente porque ficaram sem ver o celular, sem tê-lo por perto por apenas 10 minutos.

A Psicóloga Aline Melo aponta que os principais problemas por conta do uso exagerado da internet são o afastamento social, alienação, isolamento e depressão. “As pessoas estão usando a internet como uma válvula de escape para distúrbios de personalidade e, até mesmo, para tentar fugir dos problemas da vida real”.

O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de serem ignorados. Por isso, segundo a especialista, é preciso cuidado, moderação e saber avaliar se o tempo que está dedicando ao mundo online afeta a execução das atividades no mundo real. “A internet possui o poder de distrair o indivíduo ao ponto de que ele não perceba o tempo passar, deixando de fazer outras coisas e de ser mais presente entre amigos e família para permanecer conectado” complementa. Esses efeitos negativos não são resultados apenas da quantidade de tempo perdido nas redes sociais, mas, também, de abrir mão de eventos para ficar na companhia da web. “Percebe-se o vício quando a pessoa deixa de fazer outras coisas para estar conectada à internet, jogando online ou checando mensagens”, explica.

O uso excessivo da internet, quando identificado como patológico, pode ter tanto poder quanto o vício da bebida e das drogas. “É uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada o quanto antes, porque o prolongamento da situação acarreta problemas de saúde, psicológicos e sociais ao indivíduo, além de afetar a todos que convivem com ele, prejudicando seriamente suas relações interpessoais. Ao ter consciência de que você ou outras pessoas não estão mais conseguindo controlar esse tipo de comportamento, busque orientação médica” finaliza a profissional.

Isabela Teixeira da Costa

Modernos: cresce número de idosos internautas

2 Julie&Violet at Ocean Shores Country Club 22March2014Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, o número de idosos na internet aumentou 940%.

É surpreendente o resultado da pesquisa divulgada este ano, que aponta o grande crescimento de idosos usando a internet e fazendo negócios na rede, porém deve-se levar em conta que esta faixa etária começa aos 60 anos. Deve-se considerar que uma pessoa de 60 anos é totalmente ativa, dinâmica e moderna, e usa sim, a internet, redes sócias e e-comerce.

Os chamados idosos e a tecnologia nunca estiveram tão intimamente ligados. A pesquisa aponta que nos últimos oito anos, o Brasil ganhou mais de 4 milhões de internautas da terceira idade. Em 2008, eram 364 mil. Hoje, o país tem 5,2 milhões de idosos conectados, que movimentam R$ 330 bilhões, por ano, o equivalente a 38% do total da renda da população dessa faixa etária.

Na pesquisa “60+ na internet”, o Instituto Locomotiva revela que o interesse dos idosos pelo mundo virtual cresceu em igualdade de sexo, metade dos homens e das mulheres acessam à rede. O que varia é a idade. As pessoas entre 60 e 64 anos representam 51% dos acessos, ou seja, os mais jovens e ativos, que ainda estão produzindo, são mais atuais e atuantes. De 65 a 69 anos os acessos já caem para 27% e 22% têm mais de 70 anos, o que é um percentual bastante significativo.

Foto Leandro Curi/EM/DA Press
Foto Leandro Curi/EM/DA Press

A região Sudeste concentra o maior percentual de idosos conectados: 60%, seguida da região Sul (18%), Nordeste (13%), Centro-Oeste (6%) e o Norte (3%). A maioria absoluta dos internautas nesta faixa etária são das classes A/B (76%), possui ensino superior (39%) ou médio (33%) e 28% cursaram até o ensino fundamental.

Outro dado interessante é a forma de acesso. A pesquisa mostra que para 92% dos idosos internautas o microcomputador é o principal meio de acesso à rede. Porém, 44% preferem o smartphone, 17% utilizam o tablet e 4% a TV. “Os idosos estão cada vez mais conectados e antenados com as vantagens e comodidades que a tecnologia oferece. As empresas precisam olhar para as demandas desse potencial mercado consumidor”, explica Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Para o comércio estas informações são fundamentais, pois trata-se de um público estável financeiramente, que já realizou tudo o que queria, e o dinheiro que possui é para seu prazer e lazer.

Conheço várias pessoas nesta idade, que de idosos só tem mesmo o título, pois estão mais ativas do que muitos jovens, e não desgrudam de seus smartphones, vivem plugados. Acho até que exageram. Alguns já fazem tudo pela internet, desde transações bancárias até compras de presentes, a eletrodomésticos, roupas etc. Fico impressionada, porque compro sim alguns itens, mas outros tenho medo, ainda dou daquelas que prefiro comprar ao vivo e a cores. Sempre acho que se der problema, para trocar quando é via internet, deve dar um trabalhão.

Isabela Teixeira da Costa

Acreditem, jogos de internet nos tornam famosos

criminalFui reconhecida em um supermercado por causa de um jogo da internet.

Sempre soube que a internet é um mundo novo, que apesar de ter inúmeros recursos, ainda está longe, muito longe de conhecermos todo o seu potencial. Os grandes entendidos no assunto dizem que se pode comparar a um iceberg: nós usamos apenas a ponta que fica fora da água, mas a grande montanha submersa existe e é um mundo desconhecido da grande população. Não duvido.

Outro ponto que também não discuto é como nos expomos por meio das redes sociais. Contamos muito sobre nossas vidas, na maioria das vezes sem perceber. Colocamos fotos dizendo onde estamos, informamos nossas viagens, falamos quando ganhamos algum presente especial, alguma promoção, mudança de emprego e até mesmo o desemprego. Quando abrimos um negócio, começamos ou terminamos um namoro. Falamos de nossa família e até mesmo de nossos bichos de estimação.

Apesar de ser dito que apenas nossos amigos terão acesso às informações, uma centena de pessoas acabam vendo nosso perfil e nossos posts. Se não fosse assim, como determinadas publicações estourariam em visualizações? Dessa forma pessoas, do bem e do mal, vão nos conhecendo quase profundamente. Isso dá margem para muita coisa.

Tem homens que ficam nas redes sociais à espreita de mulheres maduras, independentes, bem-sucedidas, estáveis financeiramente, sozinhas. Descobrem tudo isso só observando perfis. Puxam conversa, se tornam amigos, envolvem-se emocionalmente e não são poucos os casos de mulheres que caem em golpes por se relacionarem com pessoas que conheceram em redes sociais. Mas nem tudo são trevas, sei de alguns casos que deram muito certo. Gente que se conheceu pelo Face book e hoje estão casados, e muito bem.

Gosto muito de joguinhos de computador. Já joguei mais. Atualmente, a falta de tempo me distanciou desse lazer. Sou das mulheres múltiplas, daquelas que, geralmente, fazem duas coisas ao mesmo tempo, então, enquanto assistia TV, jogava no Ipad. Porém, esses momentos de folga foram substituídos pela dedicação necessária ao site, redes sociais e e-mail.

criminal2Sempre gostei dos jogos de baralho como paciência e buraco, gamão, aqueles de combinação de cores, tipo Candy Crush. Já tive a fase da fazendinha e a série da Emily de servir clientes, mas gosto muito dos jogos de achar objetos em cenas com muito entulho e de outros de mistério e investigação. Descobri um que reúne as duas coisas, chamado Criminal Case, e eu jogava muito. Inclusive conheci uma prima no jogo.

Não foram poucas as vezes que incluí pessoas no meu rol de amigos por causa dos jogos para ganhar pontos, vidas e energia. Porém, nunca fui de reparar muito nas fotos, e nestes games, na maioria das vezes, criamos um “avatar” para nós. Como sempre fui distraída, passo batida nesses detalhes.

No início dessa semana, fui a um supermercado perto de casa comprar ração para meus cachorros. Quando me dirigia para o caixa, escuto alguém chamando meu nome alto, como uma irmã mais velha chamando a atenção da caçula que fez algo errado. “Isabela! Você não vai mais jogar Criminal Case?”.  Levei tanto susto. A mãe da moça deve ter perguntado se ela estava doida, e enquanto respondia a mãe, veio na minha direção, ainda em voz alta, de braços abertos para um abraço, e todo mundo olhando. “É a Isabela Teixeira da Costa, mamãe. Você tem jogar para dar pontos para nós!”.

Olhava para aquela moça tão simpática e buscava em minha memória quem era, ao mesmo tempo que queria rir muito daquela cena surreal. O rosto não me era estranho, mas não tinha a menor ideia de quem se tratava. Nos abraçamos, expliquei que não estava com tempo de jogar, mas saí de lá prometendo que entraria no jogo naquela noite mesmo. Claro que faria isso, tinha que matar a minha curiosidade e descobrir quem era essa amiga tão íntima feita em um jogo de computador. Ri muito no caminho para casa. Assim que pude joguei até chegar o momento de ver os retratos dos participantes e, para meu alívio, lá estava ela: Luciana Sampaio! Minha mais nova amiga de infância graças aos inúmeros crimes de desvendamos juntas.

Uma coisa eu digo, a capacidade de memória da Luciana, normal e fotográfica é invejável. Me reconhecer por causa de uma mini foto de joguinho e lembrar meu nome completo. Alzheimer não vai pegá-la nunca.

Isabela Teixeira da Costa

Jovens e adolescentes estão vulneráveis na internet

Filipinas
Filipinas

Estudo mostra os perigos que os jovens se expõem na internet.

Estava demorando, mas até que enfim alguém se atentou para o fato. Neste mundo conectado, movido pela internet, sem limites, era preciso pesquisar o resultado disso na vida dos jovens e adolescentes. Novo estudo do UNICEF revelou os riscos que os jovens e adolescentes enfrentam ao crescer em um mundo cada vez mais conectado. A pesquisa mostra que oito a cada dez pessoas de 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de serem abusados sexualmente ou explorados on-line e mais de cinco a cada dez acham que seus amigos têm comportamentos de risco ao usar a internet.

Perils and Possibilities: Growing up online (Perigos e possibilidades: Crescendo on-line – disponível somente em inglês) se baseou em uma pesquisa de opinião internacional feita com mais de 10 mil pessoas de 18 anos de idade, em 25 países, entre eles o Brasil.

“A internet e o telefone celular revolucionaram o acesso de pessoas jovens à informação, mas os resultados da pesquisa mostram que o risco de abuso on-line para meninas e meninos é real”, disse Cornelius Williams, diretor associado de Proteção Infantil do UNICEF. “Globalmente, um a cada três usuários de internet é criança. O UNICEF espera amplificar a voz dos adolescentes para ajudar a resolver a violência, a exploração e o abuso on-line e assegurar que as crianças possam tirar o máximo proveito dos benefícios que a internet e o telefone celular oferecem”.

Segundo o relatório, os adolescentes confiam na sua própria capacidade de se manter seguros. Quase 90% dos entrevistados acreditam que podem evitar os perigos on-line. Entre os brasileiros, 86% disseram que sabem como evitar esses riscos. Outros 80% disseram que sabem como lidar como pessoas que fazem comentários indesejados ou pedidos online sobre sexo.

Globalmente, cerca de seis a cada dez disseram que conhecer novas pessoas on-line é de alguma forma importante ou muito importante para eles, mas apenas 36% acreditam fortemente poder dizer quando as pessoas on-line estão mentindo sobre quem são.

Mais de dois terços das meninas (67%), em todo o mundo, concordam fortemente que ficariam preocupadas se recebessem comentários ou pedidos sexuais por meio da internet, em comparação com 47% dos meninos. Quando ocorrem ameaças on-line, mais adolescentes procuram seus amigos do que pais ou professores, mas menos da metade diz que sabe o que fazer para ajudar um amigo que estiver enfrentando um risco on-line.

No Brasil, 94% dos entrevistados acreditam que as crianças e os adolescentes correm risco de ser abusados ou usados sexualmente on-line. Na América Latina e no Caribe e na África ao sul do Saara, dois terços apontaram esse risco, em comparação com 33% dos entrevistados no Oriente Médio e Norte da África.

Os pais devem ficar atento ao que os filhos fazem e o que veem na internet. Seria o cenário ideal, mas com a internet nos celulares, se torna uma missão impossível. A solução talvez seja a orientação constante e o alerta a possíveis problemas e abordagens e como sair delas.

Isabela Teixeira da Costa