Maternidade depois dos 40

Cada vez mais as mulheres estão optando por serem mães aos 40 anos. O que isso representa e quais são os riscos para a mulher e para o bebê?

Karina Bacchi

Há algum tempo, engravidar após os 40 anos era sinônimo de risco gestacional tanto para as mães, quanto para os bebês. Mas graças aos avanços da medicina como o congelamento de óvulos e fertilização in vitro, é possível passar por uma gestação sem sustos e realizar o sonho da maternidade sem abrir mão de uma carreira profissional e estabilidade financeira.

A mulher moderna quer mais tempo livre para viajar, se especializar e ao mesmo tempo curtir a vida à dois, sem se preocupar com uma complicação gestacional em decorrência de sua idade. Isto é, uma grande parcela feminina está optando pela maternidade no momento em que elas verdadeiramente querem e não mais por convenções sociais.

Casos recentes como de Karina Bacchi, que aos 41 anos optou por ser mamãe de primeira viagem e por produção independente, mostra como mulheres independentes, com carreiras de sucesso, estão no comando, inclusive, na hora de engravidar.

Mas riscos podem ocorrer. A apresentadora Eliana ganhou sua filha Manuela, no primeiro semestre de 2017, depois de passar por um longo período de repouso em função de problemas gestacionais. Logo no início da gravidez teve que fazer uma cirurgia para reforçar a parede do útero. Depois, aos cinco meses, sofreu um descolamento de placenta. Graças a Deus e aos intensos cuidados médicos, tudo deu certo e mãe e filha passaram tão bem que nem foi necessário ir para emcubadora.

À espera de gêmeas, Ivete Sangalo entrou para lista de mamães famosas que engravidaram. A cantora está com 45 anos e revelou que a gestação é fruto de fertilização. No início de 2017, a atriz e apresentadora Antonia Fontenelle, 43 anos, e o cantor Jonathan Costa, de 23 anos, comemoraram a chegada do primeiro filho do então casal, Salvatore.

Fernanda Comora

Este também é o caso da apresentadora e youtuber, Fernanda Comora, está para ter sua segunda filha, Sophie, a qualquer momento.  Com uma rotina cheia de atividades, a apresentadora do Programa Profissão Mulher e do Arruma Mala, ao invés de desacelerar, esteve com sua agenda repleta de compromissos e aumentando o ritmo das gravações do seu programa diário e do canal no Youtube, que mostra experiências turísticas em destinos nacionais e internacionais.

Às vésperas do nascimento de Sophie, Fernanda conta que ter um filho com mais maturidade pode garantir uma boa estrutura emocional e familiar. “O tempo faz a gente ter percepções diferentes da vida e com a gravidez não é diferente.”

Dicas como alimentação saudável, felicidade na vida pessoal e profissional são relevantes para que essa mamãe tenha uma gestação tranquila. No entanto, os cuidados médicos são indispensáveis durante a gravidez, ressalta Fernanda.

É fato que observações genéticas e possíveis doenças pelo qual a mulher tenha passado durante a vida, podem sim interferir na gestação, mas estes casos acontecerão em qualquer idade desta mulher, e não somente se a mamãe optar pela gestação após os 40.

Rugas verticais na testa

Marcas verticais da testa são de responsabilidade da posição na qual dormimos e podem ser resolvidas rapidamente, sem botox.

Sempre achei que as únicas marcas verticais que surgem na testa, são aquelas entre as sobrancelhas, fruto de expressão e tensão. Sabe aquele olhar mais sisudo, quando estamos preocupados, ou quando esprememos os olhos para enxergar melhor? Pois é, esse movimento, muitas vezes imperceptível, nos leva a contrair essa área do rosto e com o tempo surgem as marcas de expressão.

Agora, estão se referindo a rugas verticais na testa. Tenho que confessar que nunca reparei nisso. Não me lembro de já ter visto alguém com este tipo de ruga. Mas deve ter, sei lá. Enfim, recebi um material falando sobre o assunto e apesar do meu desconhecimento, resolvi publicar, afinal de contas, sempre estou aberta a novidades. Mas tenho que dizer que não encontrei nenhuma foto para ilustrar as rugas verticais e a a que veio junto com o material, mostra as marcas de expressão. O melhor é que o problema tem tratamento sem botox. Vale ressaltar novamente que não estamos nos referindo às marcas entre as sobrancelhas.

Segundo o dermatologista Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, a posição de dormir pode influenciar em um tipo específico de ruga: as verticais. “Quando o assunto é ruga, é normal a associação a linhas horizontais formadas em razão do fotoenvelhecimento e expressões faciais. Mas as rugas verticais que se formam na testa estão ligadas à posição de dormir de lado, sendo a causa mais comum para o surgimento desse tipo de rugas. A pele sempre ‘dobra’ no mesmo local e favorece o aparecimento dessas rugas”.

De acordo com o médico, essas rugas verticais se formam principalmente a partir dos 40 anos, mas podem aparecer também em pacientes com fototipos mais claros, aos 30. “Elas têm influência do envelhecimento celular, uma vez que quando a pele é jovem e tem elasticidade, ela contrai e volta ao normal sem criar o sulco, porque tem muitas fibras elásticas. À medida que o paciente envelhece, ocorre a diminuição dos níveis de fibras elásticas e isso acaba formando as rugas”, comenta o médico. “A única exceção é com a ruga médio frontal, aquela no meio da sobrancelha. Essas aparecem em pessoas muito expressivas, e também se formam verticalmente por contração da musculatura da região. Mas ambas têm influência do envelhecimento”, destaca.

Para resolver o problema, Abdo indica a tecnologia Megafocus, um ultrassom microfocado da plataforma Solon. “O Megafocus é menos invasivo, atinge o músculo enrijecendo e deixando mais firme a musculatura. E o procedimento costuma melhorá-las e também eleva a sobrancelha e muda a silhueta facial, promovendo lifting não cirúrgico”, explica.

“O Megafocus entrega pontos de coagulação térmica em uma série de linhas em duas profundidades: derme profunda (a 3mm de profundidade) e na camada muscular (4,5mm de profundidade). O aquecimento ocorre na derme e no sistema superficial do músculo aponeurótico. Com isso, o músculo sofre uma contração imediata ao ser atingido pelos pontos de coagulação. Isso produz um efeito lifting, que pode apresentar evolução no período de três meses após o procedimento, quando o novo colágeno continua a ser produzido”, destaca Abdo.

Como age de dentro para fora, sem causar danos à epiderme, a recuperação é imediata e o paciente pode voltar às atividades de rotina no mesmo dia. Apesar disso, o dermatologista explica que, nos locais tratados, pode ocorrer inchaço, eritema, hematoma ou apresentar formigamento e leve sensação de dor muscular. “Todos estes sintomas melhoram rapidamente”, completa. A ação do procedimento pode ser potencializada com o uso do laser Pro-Collagen, que age na derme mais superficial. “Com o uso dos dois equipamentos, há um rejuvenescimento completo com a eliminação dessas rugas”, afirma o médico.

As contraindicações são para gestantes, pacientes em tratamento com anticoagulantes, doença autoimune, diabetes, epilepsia, queloides e preenchedores.

Isabela Teixeira da Costa

Salvar

Dieta pós 40

Depois dos 40 fica mais fácil engordar e mais difícil emagrecer. É importante fazer uma dieta balanceada para garantir boa saúde e vigor.

Todo mundo que já passou dos 40 anos deve ter percebido que algumas mudanças ocorrem na vida. É preciso ter cuidados redobrados com a saúde, principalmente porque o corpo começa a dar os primeiros sinais do tempo.  A pele já não apresenta a mesma elasticidade, manter o peso é mais difícil,e o cansaço com as atividades cotidianas. Podemos melhorar muita coisa simplesmente mudando nossa alimentação. Segundo especialistas, fornecendo os nutrientes certos ao corpo, é possível encarar as mudanças físicas próprias dessa etapa com mais tranquilidade, sem perder o vigor e disposição de outrora.

São as mudanças físicas que mais incomodam, principalmente para nós, mulheres. Apesar das mudanças no corpo serem gradativas, a maioria das pessoas só costuma notar os sinais mais tarde. Maior incidência de rugas, por causa da perda do colágeno, maior flacidez, o metabolismo e a produção hormonal diminuem, e maior dificuldade de controlar o peso. Este último problema também ocorre pela redução da massa magra.

De acordo com a nutricionista Joanna Carolo, é possível retardar o ponteiro do relógio e, até mesmo, suavizar tais aspectos com bons hábitos alimentares “Repor os nutrientes em baixa pode atenuar alguns incômodos comuns dessa fase, além de fortalecer a saúde e manter a energia em alta, o que é tão importante para quem geralmente enfrenta uma rotina intensa“. A profissional afirma que este é um momento oportuno para reavaliar a dieta, sobretudo porque “a partir dessa idade, o impacto de uma alimentação desequilibrada sob o corpo será cada vez mais notável, além disso, o organismo terá, naturalmente, maior dificuldade em absorver certos nutrientes. Portanto, fazer boas escolhas é fundamental para manter a energia”.

Nessa fase é preciso dar mais atenção a alguns nutrientes. “Antes mesmo da chegada dos 40 é recomendado atentar ao aporte de alguns nutrientes em especial, como o colágeno e o cálcio. Mas não para por aí: existem outros elementos importantes, capazes de frear a ação dos radicais livres”.

Consuma mais vitamina B12: essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso, esse nutriente também participa da formação das hemácias, as células vermelhas do sangue, ajudando a prevenir um tipo de anemia conhecida como megaloblástica. Também é fundamental para a regeneração dos músculos e, até mesmo, preservação do DNA. Contudo, com o passar dos anos, o corpo perde progressivamente sua capacidade de absorver a vitamina, sendo assim, é essencial aumentar o seu consumo. É possível encontrá-la majoritariamente em proteínas animais, como cortes de carne vermelha, branca e ovos;

Invista no magnésio: mineral que ajuda a afastar problemas como hipertensão, espasmos musculares e, até mesmo, doenças do coração. Principais fontes: Vegetais de coloração verde escura como o espinafre, acelga e salsa; arroz integral, aveia, sementes de gergelim e cacau;

Visão aguçada com retinol: problemas de visão podem ser agravados pela deficiência de vitamina A, também conhecida como retinol, isso porque, além de proteger a córnea, o nutriente ajuda a retina a se ajustar em ambientes com menor incidência de luz, ou seja, mais escuros. E tem mais: seu aporte adequado fortalece o sistema imunológico e garante, até mesmo, pele e cabelos mais bonitos. Onde encontrar: Cenoura, abóbora, bife de fígado e gema do ovo;

Combater o colesterol com Ômega 3: é fundamental deixar de lado gorduras ruins, como a trans e a saturada. Porém, as gorduras boas não podem ficar fora do cardápio: o Ômega 3, em especial, possui ação antioxidante capaz de reduzir o LDL (colesterol ruim) e também o risco de doenças cardíacas. Além disso, colabora para a função cognitiva, preservando a memória acurada. Por isso, aposte em alimentos como o salmão, atum, azeite de oliva e óleo de peixe.

É essencial que o cardápio dê conta do que o corpo precisa, porém, considerando outro fator relevante: o metabolismo, que influencia na nossa energia. A partir dos 40 anos é fundamental fazer escolhas melhores para manter o peso, como trocar o arroz branco pelo integral, substituir os lanchinhos industrializados por frutas frescas e cereais como a aveia, por exemplo. Evitar o abuso de açúcar e sódio e fazer refeições equilibradas.

De acordo com a nutricionista, uma boa dica é dar preferência aos carboidratos de baixo índice glicêmico, pois além de propiciarem uma energia prolongada, não causam picos de açúcar no sangue. Priorize o consumo de boas proteínas como carnes magras, ovos, leite e derivados, pois fornecem os aminoácidos necessários para manutenção dos tecidos, atenuando os efeitos da perda de massa muscular que começa a se acentuar a partir dos 40.

Salvar

Salvar

Estou envelhecendo

junia2O envelhecimento cronológico é inevitável.

Antes que fiquem preocupados, não estou me sentido velha nem tão pouco deprimida. Vou explicar. Nunca fui dessas de me ligar em idade. Jamais escondi quantos anos tenho – o que já incomodou muita amiga minha por causa da comparação –, e sempre afirmei que idade é uma questão de estado de espírito, porém, tem uma área que é inevitável.

Acompanhem comigo. Tem muita gente jovem, cronologicamente falando, que tem uma cabeça e um comportamento tão sério, não saem, não se divertem, enfim, só sabem trabalhar e ficar em casa, que parecem mais velhas do que muita gente de 50 e 60 anos. Por outro lado, tem muitas pessoas mais velhas que são animadas, se exercitam, convivem com amigos, saem com frequência, se divertem, enfim, vivem, são alegres, sorriem e parecem bem mais jovens do que são.

Por essas e outras, sempre disse que idade cronológica não conta muito, e sim o estado de espírito, o comportamento. Porém, chega um certo momento da nossa vida, que os amigos começam a partir e aí acende um sinal luminoso bem diante de nós.

Não daqueles que você será o próximo ou que seu fim está se aproximando. Como vocês já devem ter percebido, não sou dessas. Pessimismo e depressão passam longe de mim. Porém, começamos a ter perdas de pessoas queridas. Gente que nem passava pela nossa cabeça que nos deixariam. E aí, só aí, percebemos que já estamos com 56 e que muitos de nossos amigos já passaram dos 60. Já viveram muito e o que fizeram de errado em suas vidas, fizeram por período prolongado e isso traz consequências.

Tentamos ser racionais, mas a racionalidade não consegue ser maior que o sentimento. Em dezembro perdi um amigo, desses que a gente conhece e de cara se dá bem. Renato Biagioni, casado com minha amiga Priscila. Do primeiro momento que nos conhecemos ficamos amigos, não nos encontrávamos com frequência, mas ele sabia que podia contar comigo e eu com ele. E sempre que nos víamos era divertidíssimo. Senti muito.

juniaOntem, foi a vez de outra amiga, ou melhor de uma prima. A conheci quando eu era criança e ela adolescente namorando meu primo Carlos Helvécio (Kao). Não esqueço até hoje a primeira vez que a vi na casa da minha tia Neury. Estava de uniforme com um lindo cabelo castanho lisinho, pesado, inteiro, tão comprido que chegava no quadril. Muito alegre e educada: Júnia Couto.

Convivemos muito, a vida toda. Quando se divorciaram e nos encontramos em uma festa, fui cumprimentá-la, dei um grande abraço, um beijo chamando ela de prima e dizendo que não tinha jeito, ela sempre seria minha prima, ela me respondeu: “que alegria, foi a melhor coisa que você poderia me dizer”.

De lá em diante, todas as vezes que nos víamos ela era a primeira a me chamar: “ei, prima! ”. Apesar do divórcio ela nunca se separou da família, participava de tudo. Virou membro da nossa família, sempre dizia para minha tia que ela continuava sendo sua sogra querida, e para minhas primas que eram suas cunhadas. Conhecia os palavrões, mas só começou a falar com a convivência com nossa família. Desculpe, D. Zilda. A mãe dela nunca falou um palavrão na vida inteira, um exemplo de mulher elegante, educada e integra. Júnia herdou tudo da mãe, porém, o quesito educação ficou capenga por causa desses nomes feios, mas isso deu a ela uma certa descontração que era necessária. Acho que D. Zilda nos perdoou, porque sempre gostou muito de todos, em especial da Tia Neury e era muito amiga de minha mãe, que era mestre na arte dos palavrões.

Espero que essas perdas nos deem uma trégua.

Isabela Teixeira da Costa