Botox ou preechimento?

Saiba quais as diferenças no tratamento estético com botox e com ácido hialurônico

O avanço nos tratamentos estéticos são impressionantes. Lembro da primeira plástica que minha mãe fez. Eu era jovem e quando ela chegou no quarto estava com um capacete enorme de atadura, alguns esparadrapos na região dos olhos, que por sua vez estavam bem inchados. Levei o maior susto, não esperava aquela cena, e tentava despistar, para não assustá-la também. Depois de alguns dias removeram todo este aparato e aí foi possível ver o grande corte em torno da cabeça.
Hoje, este procedimento já mudou bastante, inclusive não se corta mais o alto da cabeça. As mulheres não ficam mais com aquela testa enorme, as rugas nesta região são tratadas com botox. E o lifting (a plástica grande) só é feita depois de muitos paliativos estéticos.
O botox surgiu e jogou por terra aquele ditado “de graça nem injeção na testa”. As pessoas passaram a pagar caro por elas. A toxina botulínica reinou absoluta muito anos, tirando por um período de quatro a seis meses as rugas da testa e os famigerados pés de galinha. Por sinal, a substância é excelente pata tratar de paralisia facial.
Agora, o queridinho da vez é o ácido hialurônico, que se tornou amigo íntimo de muitos homens e mulheres acima dos 25 anos. Ele faz parte do nosso corpo e tem várias funções, como hidratar, manter a elasticidade, contribuir para a sustentação da derme e prevenir o envelhecimento precoce. E já está comprovado pela medicina que, assim como o colágeno, a partir dos 18 anos de idade a produção do ácido hialurônico começa a diminuir gradativamente. Por esse motivo, os primeiros sinais e linhas de expressão surgem formando vincos próximos à boca, olhos ou testa. Não é à toa que existe uma infinidade de cremes hidratantes e cosméticos anti-aging com a substância. Esses cuidados melhoraram a textura e viço da pele, mas não podem corrigir a perda de volume e gordura facial. O próximo passo foi descobrir a melhor maneira de injetar o ácido hialurônico fazendo preenchimento.
Segundo a médica Andrezza Fusaro explica que “quando as marquinhas ainda não são permanentes e aparecem apenas ao sorrir ou com certas expressões faciais, chamamos de ruga dinâmica. Neste caso, a toxina butolínica é o tratamento ideal, pois a função dela é diminuir o movimento do músculo e prevenir as linhas. Diferente do preenchimento, que devolve o volume já perdido ou preenche pontos desejados, trazendo de volta a harmonia ao rosto”.
O ácido hialurônico é eficiente para recuperar ou corrigir os contornos do rosto, a região dos olhos, bochechas, lábios e nariz. Outras áreas de aplicação são as olheiras fundas, que podem refletir um semblante abatido, independente da idade, por isso, muitas pessoas fazem o preenchimento na área abaixo dos olhos para eliminar esse aspecto. O contorno e preenchimento dos lábios, correção de pequenas falhas no nariz e a chamada giba óssea, a famosa pontinha projetada para cima, são os tratamentos mais procurados.
O efeito do botox surge depois de 72 horas da aplicação, no caso do preenchimento com o ácido hialurônico é imediato e, a partir de 30 dias, o resultado fica ainda mais visível, porque o produto se integra aos tecidos da pele. A durabilidade varia de acordo com a densidade aplicada. A área da olheira, por exemplo, precisa de menos produto do que um contorno facial. O tempo mínimo é de quatro meses e o máximo, oito. A contraindicação é somente para peles com quadros de acne grave e que estejam em tratamento com Roacutan.
Tudo isso é maravilho e fica muito bem se usado com equilíbrio, na dose certa. Problema é que algumas pessoas exageram na dose, ou os médicos aplica em excesso – não saberia dizer –, e acabam deformando o rosto. Não são poucas as mulheres com aparência do Fofão, aquele cachorrão do programa infantil dos anos 1990. Como tudo na vida, cuidado, cautela, bom senso e equilíbrio não fazem mal a ninguém.

Time grande cai

Cruzeiro caiu, muitos torcedores estão sofrendo profundamente, mas infelizmente vários debandaram.

Quem me acompanha sabe que sou atleticana. Sabe também que não sou daquelas que assiste aos jogos, mas acompanha tudo o que rola na área, à distância.

Já contei aqui que virei Galo aos 6 anos, quando meu pai resolveu levar todos os filhos ao Mineirão para assistir ao clássico Atlético x Cruzeiro. Eu era a caçula, minha irmã tinha uns 9 anos. E meus irmãos 13 e 16 respectivamente.

Era a primeira vez que minha irmã e eu íamos ao estádio e nossa mãe, cruzeirense, resolveu nos vestir a caráter. Shortinho azul, camiseta branca, e uma bandeira que ela fez, de cetim, quadriculada de azul e branco.

Fomos todas pomposas, animadas, metidas demais. Estávamos indo ao Mineirão!! Programa de gente grande!! E com nosso pai!

Não precisa dizer que foi a primeira e última fez que ele cometeu essa burrada, porque não conseguiu ver nada do jogo. Cada hora uma pedia algo diferente. Era refrigerante, cachorro quente, pipoca, picolé, ir ao banheiro… Coitado.

Aí, o Atlético fez um gol, e 80% das pessoas que estavam no estádio levantaram gritando e vibrando. Fiquei paralisada vendo aquele espetáculo e só então reparei que apenas um pequeno espaço de todo aquele gigante – se o Mineirão já é grande para nós, imagina para uma criança de 6 anos – era de pessoas de azul e branco.

Não queria ser azul e branco, queria ser preto e branco. Queria fazer parte daquela festa. Me deu uma raiva. Saí dali falando que era preto e branco, que era Galo, e sou até hoje.

Com o passar dos anos, o Cruzeiro cresceu, mas continuo Atlético.

Agora, percebo uma grande diferença entre as duas torcidas.

Em 2005, o Clube Atlético Mineiro caiu para a segunda divisão do campeonato. Sofremos, claro, pela tristeza do rebaixamento. Sofremos mais ainda, pelo tanto que os cruzeirenses tripudiaram sobre nós. Porém, acompanhamos nosso time na série B com o mesmo empenho e torcida.

Esta semana encontrei com um amigo cruzeirense, daqueles que perde a esportiva quando debochamos do time. Quando fui dar os pêsames a ele, veio com uma resposta surpreendente: “Sou Vila Nova. Não torço por time da segunda divisão”.

Oi? Como assim? Que tipo de torcedor é esse que abandona o navio quando o Time está na pior? É… Desses aí o Atlético não tem, não quer e não precisa. Coitado do Cruzeiro se a torcida dele tiver mais representantes desse quilate.

Uma das frases que não esqueço foi quando a Raposa quase caiu, em 2011, e isso só não ocorreu por que ganhou “milagrosamente” do Atlético de 6 X 1, em um jogo, que até hoje ninguém explica. “Time grande não cai”, querendo dizer que o Atlético não era grande.

Bem, queridos amigos cruzeirenses, time grande cai. O gigantesco Atlético caiu e agora o grande Cruzeiro também caiu. Nossos dois times são GRANDES.

Infelizmente, quem mais perde com tudo isso é o futebol mineiro. Pena que muitos não conseguem enxergar isso e ficam na pequenez da sua torcida míope.

Infelizmente não teremos em 2020 o clássico Atlético X Cruzeiro. Contente-se com América X Cruzeiro. Mas, cuidado com o Coelhão! Te esperamos em 2021. Tomara…

 

Isabela Teixeira da Costa

Tem coisas que se aprende de pequeno

Muita gente já deve ter ouvido a expressão “isso vem de berço”, se referindo a que educação, ética, princípios, valores, e respeito começam a ser ensinados desde cedo, em casa. É a mais pura verdade.

Ter filhos é uma grande responsabilidade e cabe aos pais a missão de educá-los, e o que eles aprenderem desde de criança será o que vão repetir ao longo da vida.

Educar não é fácil, precisa de muita sabedoria, posicionamento, firmeza, paciência e pode ser muito simples se for feito com responsabilidade, compromisso e, sobre tudo, amor.

Muitas das coisas absurdas que vemos ou tomamos conhecimento hoje, se devem à falta dessa educação e limites dados por parte dos pais aos filhos ainda pequenos. Não são poucas as vezes que vemos crianças mandando em seus pais. Há alguns anos, vi um pai perguntando para sua filhinha – que deveria ter uns 3 anos –, se ele poderia sentar em determinada cadeira. Fiquei chocada. A criança respondeu que não, que ele tinha que sentar na outra e ele obedeceu.

Atitudes como essa, que podem parecer uma bobagem, fazem parte da formação da personalidade e comportamento do ser humano. O que essa menina está aprendendo? Que ela manda na pessoa que deveria ser a autoridade máxima sobre sua vida, ou seja, eu posso tudo, eu estou no controle. Que limite ela terá? Ensinar aos filhos, desde cedo os significados e as consequências do sim e do não; do certo e do errado; das razões e dos limites; tudo pode representar a diferença entre saber o caminho a seguir ou sair a esmo apanhando-se a cada esquina. É aquela máxima, você pode aprender pelo amor, ou pela dor.

Não aprendemos apenas essa educação básica e as cinco palavrinhas mágicas, mas também a reconhecer erros, pedir perdão e perdoar, ser grato, ter delicadeza, gentileza, simpatia, ser prestativo. Recentemente, fiquei sabendo da morte de um senhor idoso, pai de muitos filhos, que já estava doente há um bom tempo. Entrou em estado terminal. Um dos filhos, mesmo sabendo que o pai poderia morrer a qualquer momento, viajou com a família. No dia seguinte o senhor faleceu. Três dias depois, o viajante postou uma foto da família, toda sorridente no passeio. Onde está o respeito a quem lhe deu a vida? O que leva um filho a não se importar com a perda de um pai?

Em contrapartida, me contaram outro exemplo. Um rapaz, casado, com três filhos, um adolescente e dois pequenos, estava com uma viagem comprada para a Disney, em um dos hotéis mais caros do complexo. Uma semana antes do embarque seu pai foi internado, mas não corria risco de morrer. Ele cancelou toda a viagem , sem direito a reembolso. A mulher chegou a perguntar por que não ir, já que o pai não estava tão grave, e ele disse que se tratava de família. Naquele momento o mais importante era estar junto, ao lado do pai, e principalmente, ensinar aos filhos pequenos o valor e a importância da família.

Isso faz toda a diferença. Dois casos semelhantes, duas atitudes diferentes, dois ensinamentos.

 

Isabela Teixeira da Costa

Olhos são sensíveis ao verão

Precisamos proteger os olhos no verão

O início do ano é época de várias “faxinas”. Damos limpa nos guarda-roupas, começamos uma nova agenda e com ela, traçamos novas metas e fazemos listas de sonhos e desejos para o ano novo. Outro aspecto que as pessoas se dedicam mais é à saúde. Geralmente são nos meses de janeiro e fevereiro que muita gente faz um check up, incluindo as visitas periódicas ao dentista, ginecologista e oftalmologista.

Oculista então, é de praxe, afinal, enxergar bem é primordial. E geralmente o grau costuma aumentar, principalmente se o caso é vista cansada, isso quando não somos acometidos pela incômoda conjuntivite. Tenho um colega de trabalho que de setembro para cá ele já sofreu com quatro crises seguidas da doença. Fique atento, sempre que apresentar baixa de visão, olhos vermelhos, dor ocular, dores de cabeça ou qualquer alteração nos olhos, faça um exame oftalmológico só assim é possível detectar catarata, glaucoma, alterações na retina, ceratocone, daltonismo, entre outras doenças, e a necessidade do uso de óculos.

No verão, devemos redobrar o cuidado com a exposição solar devido ao maior risco de desenvolvimento de doenças como catarata e DMRI (Doença Macular Relacionada à Idade), consequência de longos anos de exposição prolongada. Um artigo médico publicado em dezembro de 2018 na revista Acta Ophthalmologica, diz que a catarata é atualmente a principal causa de cegueira reversível em todo o mundo, e um dos seus fatores de risco é a exposição à radiação ultravioleta solar. “Os estudos confirmam a relação da exposição à radiação solar ocupacional em longo prazo com a catarata cortical”, alerta a oftalmologista Nicole Ciotto, da equipe multidisciplinar da Clínica Blues.

A exposição à luz solar durante a vida profissional é também um importante fator de risco para DMRI. Diante disso, medidas preventivas como usar óculos de sol para minimizar a exposição à luz solar devem começar cedo, para evitar o desenvolvimento da doença no futuro.

A oftalmologista Nicole Ciotto chama a atenção também para a importância de usar óculos solares com proteção contra os raios ultravioleta. Na hora da compra é fundamental saber o nível de proteção UVA e UVB que as lentes oferecem. “Um óculos de sol com lentes de qualidade deve bloquear de 99% a 100% dos raios”, reforça a médica. Para confirmar o nível de cobertura dos óculos basta solicitar um teste da qualidade das lentes, feito por meio de um espectrofotômetro, aparelho que quantifica essa proteção. O alerta vai para o uso de óculos de sol de má qualidade, que podem causar mais danos aos olhos do que não usá-los. Isto ocorre porque as lentes escuras fazem dilatar as pupilas, deixando entrar mais raios UVA/UVB que irão prejudicar os olhos.

Outro cuidado fundamental é nunca olhar diretamente para o sol, devido ao risco de maculopatia solar, uma alteração da mácula (área central da retina) causada pela observação direta do sol por um período de tempo excessivo, como durante um eclipse solar ou num dia normal, sem proteção adequada. Segundo a oculista, a exposição desprotegida e prolongada à luz ultravioleta do sol e dos lasers leva a danos externos na retina. Os fotorreceptores e o epitélio pigmentar da retina são particularmente suscetíveis a essa radiação. Classicamente conhecida como retinopatia ou maculopatia solar, esta desordem frequentemente afeta jovens com propensão para a observação de eclipses solares, rituais religiosos ou uso de drogas. Os sintomas incluem fotofobia, alteração da visão de cores, distorção das imagens, cefaleias e dor nas primeiras horas após a exposição solar. A lesão pode desaparecer após uma a duas semanas ou evoluir para uma baixa visão residual.

Isabela Teixeira da Costa

 

Saia para homens no verão

Sexta-feira, escrevi neste espaço, os excessos de cuidados rotineiros que cabe à mulher, que, às vezes, são bastante desgastantes. Cheguei a comparar com a “vida mansa” masculina neste quesito, uma vez que a eles cabe apenas o cuidado diário com a barba.

Tenho que me redimir. Escrevi o artigo na quarta-feira pela manhã – temos que adiantar algumas coisas para dar tempo de fazer todo o trabalho que o jornal demanda. Logo depois de entregar o material, estava tomando um cafezinho com alguns colegas de trabalho, sofrendo este forte calor que parou sobre Belo Horizonte, e um deles disse: “Me dá uma saia de presente?” É claro que eu olhei assustada, porque se trata de um rapaz hetero, casado, e bem formal na maneira de se vestir. Perguntei o que tinha dito, como se não tivesse entendido sua fala.

Não era engano, ele queria usar saias. “Por que mulher pode usar saia e a gente não? Está um calor enorme e temos que sofrer com calças compridas. O outro colega aprovou na hora. Enfim, descobri um ponto sofrido para os homens: trabalhar no verão, enfrentando o calor, com camisa social e calça. Os dois desataram a elencar a facilidade das mulheres – e eu, só lembrando da coluna que acabara de escrever. “Vocês podem usar saia, blusa de alcinha, vestido, aquelas calças curtas (não sabem dizer pantacourts). Se usarmos camiseta regata mandam a gente voltar para casa.”

Realmente, homens penam no verão. Há uma grande diferença entre uma mulher e um homem mostrar os braços. Em ambiente de trabalho é inconcebível um rapaz usando regata. Camiseta de manga tudo bem, mas regata… Jamais. Aí, começaram a questionar se ficaria muito esquisito virem trabalhar de saia. O argumento principal foi a ideologia de gênero. Se hoje, cada um pode ser o que quiser, é possível usar o que quiser e ninguém pode falar nada. Acabaram chegando à conclusão que as pessoas olhariam de forma muito esquisita.

Lembraram dos escoceses e suas saias kilt. Pronto, problema resolvido, iam usar a saia kilt que é de homem. Foi a vez de eu lembrei de um pequeno detalhe desagradável, saia kilt é de lã, e completei: “o mais difícil vai ser aguentar o coturno que se usa com essas saias”. Começou outra novela. Os dois passaram a devanear em como adaptar o modelito para um país tropical. Fariam a saia xadrez, mas com tecidos leves, e pediram sugestões: linho, viscose, algodão, malha fria, liganete, gersey… E o coturno? Pensaram um tempo e depois de uma infinidade de ideias inadequadas um soltou a pérola, “sandália gladiador! É a versão perfeita do coturno para o verão”. Rimos muito.

Não me contive e contei do artigo que tinha acabado de escrever e um deles, mais do que depressa me interrompeu para falar que eu estava completamente equivocada, e ainda tripudiou dizendo que ou eu estava andando com o homem errado ou estava sozinha há muito tempo. Segundo ele, os homens de hoje se cuidam muito bem. Ele, por exemplo, depila a área entre as sobrancelhas, e algumas partes do corpo porque não gosta de ficar com excesso de pelos e ainda apara os cabelos das axilas.

Tenho que dar a minha mão à palmatória e reconhecer que atualmente os metrosexuais são a maioria e é uma grande falácia querer taxá-los de gays. Hoje, os homens se cuidam tanto quanto as mulheres, no que fazem muito bem.

Isabela Teixeira da Costa

Momentos que ficam guardados para sempre

É sempre bom quando nos surpreendemos positivamente em uma viagem.

Bryant Park

Quando eu tinha 12 anos e minha irmã 15, nossos pais nos deram de presente uma viagem à Disney. Disneylandia, porque ainda não existia a Disney World. Isso mesmo, sou das antigas. Por outro lado, tivemos uma grande vantagem, porque conhecemos a Califórnia, um lindo estado dos EUA.

Naquela época, quando se mandava duas filhas para o exterior tinha que ser com alguém que você confiava muito e foi aí que nossa viagem entrou na lista dos pós e dos contras com força total. A excursão escolhida foi de uma senhora que levava um grupo de velhos. Adolescentes só mesmo duas filhas de uma outra passageiras – que na época todos se referiam a ela como “a desquitada” –, uma outra moça da minha idade, minha irmã e eu.

Por outro lado, nada de ir apenas à Disneyland e voltar. Fomos a Los Angeles, San Francisco, Las Vegas, Nova York e Miami. No quesito parques, fomos em Hollywood, Universal, Magic Mountains, Knots Barry Farm.  Em Las Vegas, driblamos os seguranças e passamos a noite jogando nos caça niqueis, que na época era de alavanca. Os braços ficaram tremendo tanto no dia seguinte que não conseguimos assinar travels cheques.

Fui a Nova York, mas não lembrava de nada, só mesmo da seção de Barbie da Macy’s, da Berta Brasil – loja de brasileiros onde comprávamos de um tudo –, e do lobby do Hilton, que era todo de veludo vermelho, onde ficamos hospedadas.

Meu sonho era retornar à Big Apple. Infelizmente a oportunidade nunca surgia. Retornei aos Estados Unidos para fazer intercambio em 1979, fui à Florida diversas vezes depois para conhecer a Disney World, fiz curso de diagramação em Saint Petesburg, em Tampa, fiz estágio no Miami Harold. Levei minha filha à Disney para celebrar seus 11 anos de vida, mas nada de ir à Nova York.

Na Universal

Este ano, Luisa me chama para retornar à Disney em seu aniversário e depois dar uma esticada em Nova York. Ela foi em novembro do ano passado com um grupo de amigas e se apaixonou pela cidade. Claro que topei na hora.

Não precisamos dizer nada sobre Orlando. Luisa e eu sempre voltamos a ser crianças nos parques. É delicioso. Claro que mudamos um pouco o tipo de brinquedo que vamos. Rodamos a cidade, saímos para jantar. Encontramos com um casal de primos que moram por lá. Foram momentos deliciosos de mãe e filha que ficarão guardados para sempre na minha memória e no meu coração.

Seguimos para Nova York. O que é aquilo??? Ficamos na casa de uma grande amiga, da minha época de adolescência. La mora em Forrest Hills, um bairro mais do que charmoso no Queens. Rodamos Manhattan a pé. É tudo lindo. Aqueles prédios enormes, hipermodernos, e entre eles as antigas edificações, muito charmosas.

O clima da cidade é algo inexplicável. O Central Park é delicioso, andar pelas ruas, ver a diversidade das pessoas, atravessar a Ponte do Brooklin, Time Square à noite, enfim, é tudo lindo e delicioso. E a civilidade encanta, o respeito ao próximo. Todos pedem licença, desculpa, dão bom dia, perguntam como você está.

Com as amigas Aurinha e Dâmaris

Mas tenho certeza que tudo ficou mais lindo do que é porque estava rodeada por pessoas especiais que eu amo e que me amam como a minha filha, a Áurea e seu marido Paulo Marciano, que nos recebeu como rainhas e Dâmaris Doro Lorenzoni, que quando soube que iriamos para lá, não quis perder a oportunidade de viajar conosco.

Quando retornei – completamente apaixonada por NYC –, contando sobre a viagem para um amigo, ele relatou um fato que ilustra muito bem como são as coisas por lá. Ele estava de viagem com um sobrinho, fazendo compras para suas lojas aqui no Brasil. Por uma dessas infelicidades, o rapaz esbarrou no carro da frente. Foi muito de leve, nem marcou o para choque de nenhum dos carros. Ele se dirigiu ao motorista, pediu desculpas, e disse que não havia estragado nada. O senhor respondeu que não era bem assim. Chamou a polícia que informou que por um ano, se o senhor tivesse algum problema no pescoço por causa do impacto, ele seria responsável por isso.

Quanta diferença, não é mesmo. Aqui as pessoas, trombam e fogem, atropelam, matam e não prestam socorro e fica tudo por isso mesmo. Temos muito o que melhorar, e começa pelo ato que vamos praticar neste domingo. Vamos votar com consciência para mudar nossa realidade.

Isabela Teixeira da Costa

FoMo de quê?

Já ouviu falar na expressão FoMo? Se não, precisa ler este artigo.

Recebi esse artigo e achei interessante, por isso reproduzo aqui, na íntegra. Pode servir para muitas pessoas. Fala dessa fissura muito atual de seguir influencers. Não é o meu caso, não sigo ninguém dessa forma, mas sei que isso é sim uma realidade.

Marcia Jorge

O termo FoMo foi criado no ano 2000 pelo estrategista de marketing Dan Herman e significa Fear of Missing Out, em português medo de estar perdendo algo.

Atire a primeira pedra quem nunca sentiu aflição, ansiedade e até angústia ao abrir as redes sociais e ver muitos dos seus amigos em um evento que você sequer ficou sabendo, ou então as pessoas usando uma frase ou um bordão que você não sabe a origem, e pior: todo mundo a sua volta, aderindo a uma moda que você não conhecia.

Sim, a indústria que mais se aproveita desse “pavor de ficar por fora” é a moda, porque ela precisa disso para continuar bem e viva, porém cabe a nós decidirmos que se ficaremos bem e vivos com algo que constantemente nos incute esse medo de ficar para trás.

Ser aceito, admirado e amado são necessidades humanas, só que quando está agregado ao ter, torna-se uma patologia que ganhou proporções gigantescas com as redes sociais. Quem nunca acompanhou alguma blogueira e afins que é a menina do momento porque ela TEM todas as bolsas e roupas mais desejadas do momento?

Aí entendi um dos mecanismos que faz com que o sucesso desses fenômenos seja estrondoso: FoMo.

Acompanhamos a menina que está por dentro de tudo para que possamos ter a ilusão de não estarmos por fora de nada. Que sacada, entupir essa menina de coisas para vender e gerar nas pessoas esse desejo de ter mais e mais, consumir e se sentir inserido na dança. Sinto muito, mas a dança é curta. Em menos de três dias a menina aparece com outro apetrecho, nos mostrando que continuamos por fora. A conta não fecha nunca. E para piorar, ela não apenas mostra o apetrecho que ainda não temos, como também mostra uma vida em que toca música o dia inteiro, com drinks coloridos num céu de um azul nunca visto antes no planeta Terra.

Claro que já sabemos que é um palco montado, mas da mesma forma que choramos em Titanic sabendo que o naufrágio aconteceu em um tanque de 236 metros de comprimento, nos influenciamos por fotos bem editadas. O nosso cérebro involuntariamente absorve e reage com emoções e fantasias diante de toda e qualquer imagem o qual é exposto, mesmo que no próximo momento venha qualquer dado de realidade, a fantasia já foi criada, e essa é a grande sacada do Instagram.

Fantasias podem ser um combustível motivacional maravilhoso, mas a partir do momento que elas estão abalando a sua autoestima, a sua paz de espírito e a sua conta bancária, é hora de avaliar o que você está permitindo que entre na sua vida por esse medo de perder algo.

Quebre já esse ciclo vicioso da insatisfação. Deixar de seguir pessoas que todos os dias te lembram o que lhe falta não o deixará por fora da moda. Moda é se amar, se respeitar e acima de tudo, agradecer.

 

Márcia Jorge é formada em marketing e psicologia pela Universidade Mackenzie, atua no segmento de moda há 20 anos e defende o consumo consciente e o uso da moda e da imagem para melhorar a qualidade de vida e a autoestima.

 

Dia da Vovó

Pode ter um cunho comercial, mas desde que foi criado aqui no Brasil, o Dia da Vovó trouxe mais alegria para a vida dessa figura tão importante na família.

Minha mãe e minha filha Luisa

Quem não se lembra com ternura de sua avó? Quem não se lembra da comida que ela fazia? Comida de vó é mais gostosa. Minha avó paterna eu não conheci, e a materna morava em Brasília. Ela sabia que eu amo pão de ló e todas as vezes que eu chegava em sua casa tinha um lindo pão de ló me esperando, que ela fazia especialmente para mim, e só comia um pedaço quem eu deixava. Chamego de vó.

Para minha irmã era melado com queijo ralado. Esse eu passava, porque certa vez, ainda menina, tive indigestão de tanto comer a iguaria. Sabe aquela história do olho maior do que a barriga? Pois é, comi um prato cheio e quis mais. Minha mãe não deixou, fiz birra e aí ela me obrigou a comer. Passei mal demais.

Nunca soube da existência desse dia da avó, até uma vez que minha filha, com seus 13 anos mais ou menos, me disse que queria comprar um presente para dar para sua avó, pelo seu dia. Ligou para minha mãe e deu os parabéns.

Minha mãe ficou tão emocionada. Ninguém nunca a tinha parabenizado por ser avó. Hoje, ela está com Alzheimer, mas até há pouco tempo lembrou desse episódio comigo. E todo dia 26 de julho me lembro da Luisa, ainda novinha, comemorando o Dia da Avó e desde lá, todo ano, fazia questão de ligar para minha mãe e enchê-la de amor e elogios.

Minha mãe com sua netinha mais nova, Júlia Teixeira da Costa, filha do meu irmão Renato e da minha cunhada Patrícia

Decidi pesquisar como surgiu a tal data e encontrei duas versões. A primeira eu achei no site mundodosavos.com, que relata ter sido criado pela portuguesa Ana Elisa do Couto Faria, avó de quatros meninas e dois meninos, nascida na cidade de Penafiel, norte de Portugal, em 1986. Celebrava a data como se faz no Dia das Mães e dos Pais, para consagrar a figura tutelar dos avós como guardiões das tradições familiares e poder ajudar a quebrar a solidão de muito avô ou avó, ao menos um dia no ano.

Ela percebeu que seus pais, perante os netos, eram um fator de orientação e perfeição familiar. Com o nascimento do primeiro neto, Ana Elisa começou a verificar e a interiorizar o modo como seria bonito dar relevo aos avós do seu país e do mundo. Por cerca de dezesseis anos percorreu diversos países do mundo levando consigo a mensagem do dia 26 de Julho.

Outra versão é que a data foi criada em homenagem aos avós de Jesus, Ana e São Joaquim, pais de Maria, porém não há registro deles na Bíblia, a não ser no evangelho apócrifo de Tiago. Nele foi comentado que o casal foi enterrado em Jerusalém, local onde encontraram suas tumbas.

Não sei a origem real, mas acho que foi uma boa ideia. Parabéns a todos os vovós pelo dia de hoje.

Isabela Teixeira da Costa

O caso SKY: juntos, somos fortes

Resolvi meus problemas com a SKY graças a todos os meus seguidores e leitores que acessaram meu texto e deixaram comentários. Obrigada!

Há algumas semanas postei aqui um desabafo sobre a TV por assinatura SKY e como eu estava ficando louca tentando resolver um problema de uma oferta feita por eles. Não vou repetir aqui o ocorrido, mas o texto está aqui no site para quem quiser ler.

Postei em meio ao caos da greve dos caminhoneiros e a falta de combustível. Poucas horas depois, recebi alguns WhatApps de amigos me informando que o marido de uma grande amiga é gerente da referida empresa, e me passando o celular dele. Na mesma hora liguei, disse que tinha escrito o artigo, por isso nossos amigos em comum tinham me dado seu número. Expliquei a ele tudo o que tinha acontecido e, claro, ele se prontificou a resolver, até porque ele é um encanto de pessoa e muito prestativo. Posso falar porque o conheço.

Toquei minha vida. Trabalhei no jornal, e depois que saí fui abastecer o carro da minha irmã que estava no cheiro. Acho que já estava abaixo da reserva.  Como ela trabalha até de noite, me prontifiquei para enfrentar a longa fila.

Depois de algumas horas na fila, resolvi olhar meu celular e achei estranho, porque vi algumas mensagens, tanto no e-mail quanto no Facebook, sobre a SKY, inclusive funcionários da empresa pedindo meu telefone. Decidi então entrar no administrador do meu site e tive a maior surpresa.

Graças a cada um de vocês, minha justa reclamação sobre a empresa teve 44 mil acessos e 240 comentários. Foi um misto de espanto, alegria e tristeza. Espanto de ver tanto acesso, em tão pouco tempo – isso é muito raro em um blog. Alegria pelo meu texto ter “bombado”, é o sonho de qualquer jornalista, blogueiro, escritor. Este foi meu Best Seller. Tristeza de ver quantas pessoas estão insatisfeitas com a SKY, quanta gente tem problema com a operadora e não consegue resolver.

Fiz questão de aprovar todos os comentários, e li cada um deles. Algumas queixas são tão fáceis de solucionar. Toda grande empresa tem um sistema de controle do que estão falando sobre ela na internet, nas redes sociais. Quando meu artigo atingiu níveis tão altos de acesso, com certeza acendeu um luz vermelha na empresa, e eles entraram em contato comigo. Apesar de o meu amigo já estar trabalhando na questão, a área de São Paulo assumiu o caso. Em poucos dias estava tudo solucionado. Mais uma vez digo, graças a cada um de vocês.

Isso comprovou uma coisa que todos nós sabemos, mas, infelizmente, usamos muito pouco: JUNTOS SOMOS MUITO FORTES. Se nos unirmos, conseguiremos vencer qualquer batalha, a nosso favor, a favor da nossa qualidade de vida, da nossa família, dos nossos direitos, do nosso país. Juntos, podemos enfrentar problemas de injustiça, corrupção, abuso que sairemos vitoriosos, pena que usamos muito pouco esse nosso poder. Por quê? Por não confiarmos nas pessoas que levantam as bandeiras das lutas. Elas podem até ser legítimas, porém, sabemos que sempre existem interesses por trás desses “líderes”.

O movimento contra a corrupção ganhou força – pena que enfraqueceu, principalmente durante a Copa e os políticos já estão aprontando na surdina – porque foi popular, sem líder aparente.

Obrigada, mais uma vez. Me coloco aqui à disposição para ajudar meus leitores a dar voz a suas questões, desde que sejam reclamações legítimas, e peço que não esqueçam a força que temos em nossas mãos quando agimos juntos.

Isabela Teixeira da Costa

Tablet e smartphone faz bem às crianças

Fonoaudióloga comprova que mídias interativas podem desenvolver a linguagem em crianças pré-escolares.

Muita gente critica pais que dão tablets e smartphones para seus filhos ainda bebês, para mantê-los quietos, no lugar de dispensar atenção e tempo aos pequenos. Muitas vezes julgamos a cena, sem saber, de fato, qual é a relação e o real cuidado dos referidos pais com seus filhos. O fato é que as crianças que nascem atualmente, o fazem em um mundo no qual as mídias interativas existem, em forte escala, e não se pode negar que essas crianças irão mergulhar de cabeça neste universo.

Não estou aqui defendendo o uso indiscriminado desses equipamentos por crianças, mas também não se pode isola-las do mundo em que elas vivem. O importante é saber dosa esse uso e que ele seja supervisionado por um adulto, de preferência pelos pais, para que o conteúdo acessado seja adequado à idade do pequeno.

O que antes era criticado, agora virou ferramenta de desenvolvimento. Mídias podem ser utilizadas como um recurso capaz de estimular o desenvolvimento infantil desde que haja a supervisão dos cuidadores quanto ao conteúdo e ao tempo na utilização dessas tecnologias.
A partir da observação do uso precoce das mídias interativas, como smartphones e tablets, a fonoaudióloga Lívia Rodrigues desenvolveu um estudo pioneiro no Brasil sobre o desenvolvimento cognitivo e da linguagem expressiva (fala) em crianças pré-escolares a partir da exposição a essas mídias. A pesquisa foi defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiólogicas da Faculdade de Medicina da UFMG.
De acordo com a pesquisadora, é consenso na literatura que várias habilidades adquiridas na infância perdurem pela vida adulta. “Por esse motivo, é importante investigar e saber o que ocorre na infância, seja para prevenir futuros danos, seja para otimizar o desenvolvimento da criança”, afirma.
Por meio da avaliação comparativa de três grupos de crianças foi possível concluir que aquelas que utilizaram as mídias interativas por maior tempo ao dia tiveram melhor desempenho nos testes cognitivos, que avaliaram as funções mentais superiores, e de linguagem expressiva. Esse resultado foi ainda mais significante no domínio linguístico.
Lívia destaca que as mídias têm potencial para favorecer o desenvolvimento infantil, sobretudo quando elas estão condicionadas a conteúdos adequados e à presença de um tutor. “Dessa forma, o acesso pode ser benéfico, desde que seja limitado em relação ao tempo e ao conteúdo”, esclarece.

Isabela Teixeira da Costa