Ações do bem

Devemos ajudar o próximo, de todas as formas, inclusive com ações do bem.

Este mandamento de Deus já está arraigado na grande maioria da população e virou uma ação natural. Algumas pessoas fazem mais, elas encabeçam projetos humanistas que se tornam verdadeiros exemplos de cidadania, porém precisam da nossa ajuda para manter o trabalho.

Se formos listar os bons projetos que existem, este espaço será pequeno. Como o assunto não se esgota, hoje, vou destacar alguns que admiro. Talvez não conheçam todos, mas vale a pena.

O primeiro é o que faço parte, a Jornada Solidária Estado de Minas. Não estou puxando a sardinha para o meu lado, mas esse programa existe há 52 anos. Sua longa existência é consequência do trabalho sério e transparência. Começou com um nome conhecido pelos mais velhos: Jornada pelo Natal do Menor, tímido, doando um pouco de dinheiro, no mês de dezembro, para orfanatos e instituições que trabalhavam com crianças até 12 anos, para que os dirigentes pudessem fazer uma festa Natal para as crianças e dar um singelo presente.

Com o passar dos anos, a Jornada chegou a atender 300 instituições e beneficiar mais de 65 mil crianças por ano. Da mesma forma que o programa crescia, aumentava também o sentimento de voluntariado na sociedade. Percebemos que não era mais necessário fazer festa de Natal. As necessidades eram maiores.

Faltava tudo nas creches, e o que existia precisava de reparos: torneiras e encanamento de gás com problemas, pisos e forros (quando tinham) precisando ser trocados, pouca iluminação, ambientes com mofo, colchonetes velhos, banheiros em estado de calamidade.

Mudamos o enfoque. Passamos a fazer reformas. Para isso, fizemos alterações no estatuto da Jornada. Reduzimos a faixa etária de atendimento para 6 anos. Já entregamos 35 creches para as Associações Comunitárias, totalmente reformadas e equipadas. As que foram possíveis ampliar, ampliamos. Onde foi possível colocar acessibilidade, foi colocado. Acredito que estamos no caminho certo.

Outro programa que admiro muito é a Cidade Refúgio para moradores de rua. Trata-se de uma comunidade terapêutica, sem fins lucrativos, que atende moradores de rua com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e drogas.

Lá eles têm como objetivo promover a restauração da pessoa devolvendo a dignidade, o amor próprio, a autoestima, por meio do tratamento, recuperação, profissionalização e reinserção social. A restauração do ser humano é física, emocional, social, mental, familiar e profissional.

Como parte do tratamento eles ensinam uma profissão aos moradores da Cidade Refúgio. Ninguém fica à toa. Entre os cursos tem: construção civil nas áreas de alvenaria, acabamento, pintura, gesso, bombeiro e eletricista; culinária, ensinando o ofício de padeiro, confeiteiro, pizzaiolo, chefe de cozinha e garçom; corte e costura, manutenção de máquinas e silk; marcenaria; enrolamento de motores; jardinagem e paisagismo.

Em 2015, foi criado um apiário para ajudar no sustento do projeto. A Rede Mel, como é chamada, vende o mel produzido na fazenda, pelos moradores em tratamento. Os apiários seguem os padrões exigidos pelos órgãos fiscalizadores e, como resultado, apresentam produtos de alta qualidade. O que eu acho mais legal é que eles não dão o peixe, mas ensinam os homens a pescar.

O terceiro programa é Os Engenheiros da Alegria, inspirados nos Doutores Alegria e no filme A corrente do bem. Todos os projetos alegreiros são voluntariados, abertos para todas as faixas etárias e, apesar de levar no nome a Engenharia, é aberta para todas as pessoas que gostam de construir sorrisos. Como eles explicam, “Alegreiro é a pessoa que faz sorrir e todos possuem o talento de poder construir um sorriso”. Para eles, isso é mudar o mundo.
Hoje, atuam através de três projetos: as Visitas Alegreiras, levando sorrisos para comunidades, creches, escolas e asilos, através da fantasia e da arte do palhaço; coletivo FelizCidade, que são intervenções urbanas para levar um pouco mais de amor para as ruas de Belo Horizonte e a Mão na Massa, uma forma de mudar um mundo através da mobilização comunitária. A idéia consiste transformar sonhos em realidade, promovendo a qualidade de vida. Esse trabalho é feito em comunidades, creches, escolas, asilos e hospitais de BH.

Serviço:

Para quem quiser ajudar:

Jornada Solidária Estado de Minas – 3263-5700 jornada@uai.com.br

Cidade Refúgio  – (31) 2551-1017 / 98861-1011 julioflacerda@cidaderefugio.com.br

Engenheiros da Alegria – página no Facebook

Isabela Teixeira da Costa

Fios coloridos

Cabelo com fios coloridos?

Estamos no outono e o inverno está chegando. Não vejo nas ruas a moda tão proclamada nas passarelas da Semana de Moda em Milão, em fevereiro, afirmando com toda certeza que seria presença forte na estação: cabelos coloridos.

A grife italiana Dolce & Gabbana desfilou – complementando suas roupas – modelos usando franjas coloridas: azuis, vermelhas, rosas e amarelas. A marca de produtos para cabelos Alfaparf Milano, que apresentou a ousadia dos cabelos coloridos no final do ano passado, trouxe mais sete tons clássicos no seu tonalizante e o clear para a criação de várias nuances. Tudo para que os cabeleireiros pudessem viajar na criatividade, e colorir franjas, mechas ou todo o cabelo de suas clientes de qualquer cor.

Parece que foi um tiro no pé, pelo menos no que diz respeito ao Brasil. Por aqui a moda das madeixas coloridas continua sendo usada apenas pela galera alternativa.

E a tocha olímpica passou por BH

A tocha olímpica marcou presença na cidade.

Estava louca para ver a passagem do “fogo eterno”, me programei no sábado para ir cedo para a Pampulha, mas nem sempre as coisas ocorrem como imaginamos. Minha filha está de partida. Na quinta-feira, ela embarca para Anagé, sertão da Bahia, onde inicia uma nova etapa de vida como missionária. Está terminando seu último trabalho aqui e saiu de casa às pressas me pedindo algumas tarefas.

Pronto, larguei tudo para atendê-la. Fiz com alegria, mas tive que mudar meus planos.

Desde que foi anunciada a Olimpíada do Brasil fiquei doida. Sempre sonhei em ir aos jogos olímpicos, mas era impraticável pela distância, altos custos, trabalho, etc. Mas aqui, na minha terra… Não poderia perder.

Entrei no site, me cadastrei para o sorteio da compra antecipada, comprei passagem aérea e o maior problema: hospedagem. Como não vou ficar o tempo todo, não consigo achar local para ficar. Ninguém quer alugar por poucos dias, nem hotel nem particular. Ainda não resolvi este problema.

Quando comecei a selecionar as modalidades que queria assistir fui entrando no clima olímpico. Sonhando com todos os esportes que gosto e que a TV não dá muito espaço como a ginástica rítmica, nado sincronizado, salto ornamental. Tênis e vôlei também estão garantidos.

Mês passado, Ivan Drummond – meu colega de redação –, me chamou e mostrou o vídeo do Luciano Huck, dizendo que ele tinha sido selecionado para carregar a tocha olímpica. Fiquei tão emocionada. A escolha foi por vários motivos: ele é o terceiro de uma geração de jornalistas esportivos, já cobriu várias olimpíadas, o Mineirinho recebe o nome de seu pai Felipe Drummond, e ele tem uma história de superação, há dois anos tirou um tumor do cérebro e se recuperou totalmente. Merecidíssimo.

Não fui, mas minha amiga Heloísa Silva esteve lá e me mandou muitas fotos. Me contou como foi emocionante. Ela acompanhou desde a Igrejinha da Pampulha até o Mineirão, conversou com várias pessoas que carregaram a tocha. Emocionou-se com as histórias de superação de cada uma e principalmente quando Nalbert acendeu a tocha de Ivan que saiu do Mineirão com lágrimas nos olhos.

Na edição de domingo do Estado de Minas, Ivan Drummond fez a matéria da cobertura da passagem do “fogo eterno” por Belo Horizonte, e escreveu um texto emocionante contando o que sentiu. Transcrevo aqui um trecho:

“Chegou o momento de descer e me posicionar. Dentro do Mineirão sou surpreendido: Nalbert acendeu a minha tocha. Não resisti. Os olhos se encheram de lágrimas. Estava ali, com o símbolo maior do olimpismo, como que saindo do Olimpo carregando o fogo sagrado. Não sabia se conseguiria correr 250 metros. Consegui. Para dizer a verdade, nem vi o tempo passar. Queria mais. Mas o que vale é que realizei um sonho. Além de repórter em seis edições dos Jogos Olímpicos, agora faço parte da história, carreguei a tocha. Inesquecível”.

Tive outro motivo para ficar feliz. Meu sobrinho Álvaro Cotta Teixeira da Costa, gerente de marketing da Novo Basquete Brasil (NBB), também carregou a tocha. Todos dois ganharam de presente o símbolo que carregaram. De uma coisa eu tenho certeza, se não conseguir ir à Olimpíada por falta de hospedagem, foto com a tocha está garantida.

Isabela Teixeira da Costa

O homem que ajuda em casa

Foto Marcos Vieira/Estado de Minas - Evandro Oliveira ajuda a mulher, Monica Pereira em tudo
Foto Marcos Vieira/Estado de Minas – Evandro Oliveira ajuda a mulher, Monica Pereira em tudo

Homem que ajuda nas tarefas domésticas tem melhor relacionamento.

Mulher é múltipla, todo mundo sabe disso. Nós damos conta de muita coisa, é outra verdade absoluta. Domingo passado foi o Dia das Mães e circulou nas redes sociais e WhatsApp inúmeras mensagens e uma das melhores foi a do filho falando: “Mãe, nós contratamos algumas pessoas para substituí-la enquanto você relaxa no Dia das Mães!”. Oito profissionais  estavam a postos.

É assim mesmo. A mulher trabalha fora, cuida dos filhos – leva e busca na escola, ajuda a fazer para casa, leva ao médico e em outros cursos extracurriculares – , da casa – e nisso está fazer supermercado, sacolão, açougue, controlar a empregada e cuidar da manutenção caso seja necessário –, da mãe, do pai, dos irmãos, das amigas, tem que ir na academia, salão de beleza e tem que estar linda e maravilhosa para o marido. Isso quando tem empregada, que está se tornando artigo de luxo. Atualmente, são as diaristas que trabalham duas vezes por semana, e nos outros dias a manutenção da casa fica por conta da mulher.

Sempre tive uma pontinha de inveja dos homens americanos que sempre ajudaram nas tarefas domésticas. Morei por seis meses nos Estados Unidos e ficava impressionada. Ninguém ficava nachargemae mamata. Desde o pai de família até o filho de 7 anos, todos ajudavam nas tarefas domésticas. Aqui no Brasil, o homem trabalha, chega em casa, janta ou lancha e vai descansar em frente à televisão, se não for o dia do futebol ou do pôquer.

O pior de tudo é que a culpa é nossa, das mães. Quem cria e educa os filhos? As mães. Se passamos o conceito que as meninas ajudam nas tarefas de casa e os meninos vão brincar, é assim que vão crescer e isso se repete de geração em geração. Tenho uma conhecida, mãe de três rapazes, que quando conversávamos sobre essas questões disse certa vez em alta voz: “Prefiro criar três machões do que um gay!”. Será que ajudar nas tarefas domésticas influencia na opção sexual? Se fosse assim, nos EUA não existiria nem um hétero sequer.

O papel da mulher mudou com o excesso de trabalho e o desejo, cada vez maior, de estudar e investir em uma carreira profissional. Isso levou o homem a sair de sua zona de conforto e é cada vez maior o número de parceiros que ajudam nas tarefas domésticas, tanto com os filhos quanto na arrumação da casa. Para a psicóloga clínica voltada para a saúde do homem Carla Ribeiro: “O homem já se mostra mais parceiro e atuante na família no que diz respeito à criação dos filhos e à divisão das tarefas domésticas rotineiras. O que importa nesse contexto é que os homens percebam a importância de compartilhar as atividades de casa, uma vez que os dois dividem o lar, ou seja, a limpeza da casa e o cuidado dos filhos deve ser de responsabilidade dos dois”, diz ela.

Carla ressalta que igualdade e compreensão são duas palavras-chaves para desenvolver uma relação estável. “O entendimento mútuo é cada vez mais importante. Assim como os homens vão jogar futebol, hoje as mulheres também têm o direito de sair para o cinema ou ir a um barzinho social com as amigas”, conta a especialista.

“A relação conjugal fica mais harmoniosa e até o sexo pode ficar mais intenso. Essa aproximação do homem com a mulher faz com que elas se sintam mais interessantes. Ou seja, ao entender a dupla jornada da mulher e seu cansaço natural no final das contas, o casal só tem benefícios, uma vez que a relação fica mais saudável, evitando, assim, possíveis conflitos e discussões”, conclui a psicóloga.

Que venha esse novo homem!

Escola de Princesas

pernacruzadaFoi chegando aos poucos, mas a Escola de Princesas pegou e ensina muito mais do que boas maneiras.

Com a vida corrida das mães e a modernidade despojada da contemporaneidade, uma atividade que tinha caído em desuso desde os anos 90 voltou e tem crescido no país, a Escola de Princesas.

A proposta passa pelo ensino de boas maneiras e etiqueta social, porém vai muito além, ensinado para as meninas princípios e valores. Como eles explicam, toda criança tem o sonho de se tornar uma princesa, mas isso não ocorre simplesmente usando um vestido extravagante e uma tiara brilhante.

Ser princesa é ter confiança para ser melhor, ter caráter e comportamento de princesa. “A Escola de Princesas é um projeto criado para levar ao coração de meninas valores e princípios morais e sociais que as ajudarão a conduzir sua vida com sabedoria e discernimento. É sobre tratar todos com bondade e generosidade, ter valores e princípios imutáveis independentes de modismos, assim como acreditar em si mesma e em seus sonhos”, explicam os idealizadores. Além do curso de etiqueta e comportamento, resgata valores éticos e morais em crianças e jovens de 4 a 15 anos.

Os cursos ensinam desde os valores, passando por organização, higiene pessoal, maquiagem, etiqueta, etc. E tem também espaço para festas e eventos, desde chá até festas maiores. Muito bem bolado. Acho a proposta interessante, porque tenho visto crianças tão mal-educadas e sem limites, e pais tão permissivos, que uma passadinha por lá iria fazer muito bem a elas.

Na minha época de adolescência, existia na cidade a Socila Escola (não confundam com a rede de salão de beleza). Pelo que sei, a carioca Maria Augusta Nielsen fundou a Socila em 1953 para ensinar moças a serem elegantes. Preparava para ser miss e modelo. Em 1954, aceitou o convite de Sarah Kubitschek – mulher do então presidente da República, JK –  para preparar as filhas Maria Estela e Márcia para o début em Versailles.

Pronto, ficou famosa. Teve sua profissão reconhecida. Abriu filiais Brasil afora, foi a precursora do franchising, e funcionou com todo o requinte até os anos 70. Aqui em Belo Horizonte, a Socila Escola ficou aberta até final da década de 90.

Tinha dois cursos: Aperfeiçoamento Social e Modelo. No primeiro, as meninas aprendiam etiqueta social, ou seja, chegar e sair de um ambiente, cumprimentar as pessoas, etiqueta à mesa: como servir uma mesa e se portar nela. Aquela história de qual talher para qual prato, qual taça para qual vinho, etc. No segundo, ensinavam postura, andar, desfilar, assentar e até mesmo como se vestir. Naquela época não podia passar de três cores; hoje, a moda mudou muito, as estampas dominam, mesmo assim não é para qualquer pessoa. E a combinação de sapato com bolsa era obrigatória. Ir à igreja com decotes grandes ou roupas curtas, nem pensar. Usar roupas chamativas para o trabalho era outro crime. Pelo que soube, as amigas Paula Couri e Beth Fontes reabriram, este ano, a Socila Escola em novo formato e ministram curso para grupos fechados.

Nunca frequentei a Socila porque minha mãe nos ensinou tudo isso, porém tive muitas amigas que fizeram o curso. Quando chegava a uma festa, percebia na hora quem era da Socila: assentavam com pernas cruzadas de lado e mãos postas do lado contrário com a bolsa. Tenho que confessar que me dava muita vontade de rir. Mas que era elegante, isso era.

Durante anos, o saudoso colunista social do Estado de Minas Eduardo Couri promoveu a festa Glamour Girl, onde era eleita a moça mais charmosa da alta sociedade belo-horizontina. Todas as oito candidatas tinham que passar pela Socila. Era lá que treinavam o desfile. Durante os meses que antecediam o concurso, vários casais abriam suas casas para grandes recepções em homenagem às garotas. Todas se portavam como verdadeiras ladies, by Socila.

Saudades daquele tempo…

Serviço:

Escola de Princesas BH
R. Terra, 271, Santa Lucia
Email: bh@escoladeprincesas.net
Fone: 31 3656 5877
Celular/WhatsApp: 31 98056196

Isabela Teixeira da Costa

Endorfina, ela existe?

crossfitTodos dizem que a endorfina é o hormônio do prazer. Mas ela existe mesmo?

Sou sedentária assumida. Mas sei que preciso fazer exercício físico. Não precisa ser muito, porém deve ser constante, quase uma rotina. Apesar do sedentarismo, sempre tentei fazer ginástica. Acredito que fui das melhores clientes de academia da cidade. Fazia o exame médico, matriculava, pagava o semestre, comprava roupa, ia umas quatro vezes e não voltava mais. Isso desde a minha juventude.

Quando malhar virou moda – põe tempo nisso –, acho que é a única que não sai de moda, os amigos começaram a falar que eu tinha que persistir, porque a endorfina chega e aí eu não conseguiria parar. Mas persistência e malhação são duas palavras completamente destoantes no meu dicionário.

Há três anos, fiz uns exames que deram alterados. Colesterol, glicose, triglicérides e pressão, sem contar nos quilinhos, que sempre foram acima do desejado, mas como sou inimiga da balança, não sei por qual casa eles andam. Diante desse cenário, não me restou outra alternativa a não ser pegar no pesado.

Comecei a caminhar, diariamente, uma hora em ritmo acelerado. Doía o corpo todo. Comentava com os amigos e todos me davam o maior apoio. E a fala era a mesma: “Daqui a pouco vai liberar a endorfina, vai dar uma sensação de energia, seu dia vai ser melhor. Você vai ter o maior pique. Vai viciar em ginástica. Daqui a pouco vai estar em uma academia, com personal”.

Acordo cedo, isso nunca foi problema. Mas ia caminhar parecendo que estava indo para a forca, falando para mim mesma: “A endorfina está vindo. Ela vai chegar”. Cinco meses depois, nada de endorfina. Bom, a tão famosa substância natural é produzida pelo cérebro, na glândula hipófise. Segundo dizem, ela acalma, relaxa e provoca aquela sensação de que nada pode nos tirar do sério. Durante e depois de uma atividade física gera bem-estar e prazer. É considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendada no tratamento de depressões leves.

Das duas, uma: ou minha hipófise está com um sério defeito de fabricação e eu tenho que bater um papo com Deus, ou a endorfina me odeia. Eu e ela devemos ter uma total incompatibilidade de gênios. Depois de cinco meses de intensas caminhadas ela não deu nenhum sinal de vida. Nenhum trailer sequer, para avisar: “Estou chegando, continua firme”. Nada disso… Cansei e parei.

Sei que muita gente ama malhar. Minha irmã precisa fazer ginástica, ela se dá bem quando vai à academia, acho que é essa sensação de bem-estar. E como ela, conheço várias. Porém, conversando com outras amigas, descobri muitas que malham, mas não viram nem cheiro da endorfina. Continuam porque não abrem mão de um corpo saudável, de ficar magras, de manter a resistência física. Mas sofrem, vão para a academia como um boi vai para o matadouro. Não sou tão disciplinada assim.

Mês passado teve a corrida da Savassi. A Savassi Criativa e Academia BodyTech convidou umas pessoas para participar de um treinamento que englobava preparação física e nutricional. As pessoas malhavam lá, com acompanhamento médico e de personal, e almoçavam em um restaurante natural com orientação de um nutrólogo. Programa muito bacana. Um amigo meu participou, mas apesar de todo o treinamento, também não encontrou a endorfina. Deu muitas escapadelas e não conseguiu correr. Mas marcou presença.

Abro aqui, nos comentários, espaço para entendidos no assunto me orientarem em como me tornar amiga dessa substância que se mantém tão arredia.

Isabela Teixeira da Costa

Quem com ferro fere, com ferro será ferido

foto: Evaristo Sá
foto: Evaristo Sá
Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

Só que está mais brando…

Ontem, entramos pela segunda vez na história do país, em um processo de impeachment de um presidente da República. Depois de 20 horas de discursos, os senadores votaram sob os olhares atentos dos brasileiros, ou quase atentos porque muitos passaram a madrugada dando boas cochiladas. As 6h34, começaram as comemorações com estouro de foguetes em quase todo o país, provando que a vigília estava firme.

Não assisti quase nada, mas ouvi o ex-presidente Fernando Collor e fiquei impressionada em ver a diferença de tratamento nos dois casos. Não faço aqui nenhuma defesa política, apenas analiso fatos históricos em ambas as situações. Impeachment é impedimento ou impugnação e é utilizado contra autoridades governamentais acusadas de infringir seus deveres funcionais. Ambos sofreram acusações. Se impeachment continua sendo a mesma coisa, por que a forma de instaurá-lo e conduzi-lo mudou?. Acompanhem e vejam.

Para quem não se lembra, em 1º de junho de 1992, o Congresso Nacional formou uma CPI para apurar os negócios de Paulo César Farias no governo Collor; e em 3 de agosto, a executiva nacional do PT decidiu promover uma série de comícios no país pela aprovação do impeachment. A mobilização foi geral, surgiram os ‘cara pintadas’. Agora, a vítima é um membro do PT e a população fez a mobilização espontânea, indo às ruas e pedindo o impedimento.

As discrepâncias entre os dois casos começam pelo prazo. No processo de Fernando Collor foram quatro meses entre a apresentação da denúncia até a decisão de renunciar – opção adotada por Collor – no dia do último julgamento. No atual processo, já se foram mais de oito meses. Ainda serão mais seis meses previstos até o julgamento final. Ou seja, 4 X 14. “O rito é o mesmo, mas o ritmo e o rigor não”, considerou o ex-presidente em sua fala no Senado.

Collor lembrou: “Entre a chegada no Senado da autorização da Câmara até o meu afastamento provisório, transcorreram 48 horas. Hoje, estamos há 23 dias somente na fase inicial nesta Casa. O parecer da Comissão Especial, que hoje discutimos, possui 128 páginas. O mesmo parecer de 1992, elaborado a toque de caixa, continha meia página, com apenas dois parágrafos – isso mesmo, dois parágrafos”. 1 X 123.

Quando foi afastado da Presidência da República, Collor teve que sair da residência oficial, ficou sem receber salário, não teve direito a segurança, nem transporte. Pediu ao piloto do helicóptero que foi levá-lo em casa, que sobrevoasse uma obra, recebeu a seguinte resposta: “só temos combustível para deixá-lo em sua casa”. A presidente Dilma continuará residindo no Palácio da Alvorada, recebendo o salário de quase R$ 31 mil, terá direito a segurança, transporte terrestre e aéreo, plano de saúde, assessores para um gabinete particular. 0 X 7.

Collor foi o primeiro presidente a ser eleito pelo povo. Me pergunto: por que a presidente afastada insiste em dizer que o processo de impeachment é contra a democracia? Por que o que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e a Constituição? Por acaso Fernando Collor não foi eleito pelo povo, nas urnas? Não foi o início da democracia, já que foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto do povo? O PT achava, em 1992, que o impeachment era válido em uma democracia, e agora não é mais? Virou golpe por que é contra um membro do partido? Alguém me explica?

O fato é que o feitiço virou contra o feiticeiro e eles estão sofrendo na pele o efeito do que lutaram para conseguir – e conseguiram – em 1992. Tem que se tomar cuidado com as ações, o mundo é redondo, as coisas voltam… Estamos na era da comunicação onde há olhos, gravações e filmagens por todos os lados. Nada mais fica oculto.

Agora, é aguardar o resultado do julgamento do atual processo.

Isabela Teixeira da Costa

A indústria do casamento

casamento1Estou a cada dia mais chocada com a indústria do casamento.

Não sou nenhuma obtusa que não entende a facilidade de ter profissionais preparados para atender em todas as áreas. Muitos se reúnem em um único local e oferecem todo tipo de produtos necessários para a realização de um casamento. Porém, não consigo aceitar quando a coisa vira cartel.

A noiva quer se casar em um determinado local, vai olhar e todas as datas estão ocupadas, tem que procurar o cerimonial X. Aí, de uma hora para outra surge a data, como num passe de mágica. A desculpa é a mesma: “A noiva cancelou o casamento!”. Nunca vi tantos cancelamentos inesperados. Quanta coincidência! Porém, a noiva só pode se casar ali se contratar o cerimonial X. Depois reclamam da falta de ética no governo, da corrupção… O que é isso, afinal? Mudou de nome?

Segundo ponto, a prepotência e a deselegância de alguns profissionais. Acorda, Alice! O mercado cresceu, existem excelentes profissionais. Existe escolha. Se não mudarem de postura perderão espaço cada dia mais. Hoje, cliente escolhe atendimento, simpatia, educação.

Como pode atender uma cliente falando mal de outra? Isso existe? Existe. Aí vem aquela máxima, quando Pedro fala de João, se conhece mais de Pedro. O correto seria tecer mil elogios ao evento da sua cliente, até mesmo das áreas de outros fornecedores, é no mínimo educado e ético.

Claro que o profissional tem que se valorizar – marketing pessoal –, mas até para isso tem a forma correta. Já passou o tempo daqueles que se elevam derrubando o outro. Afinal, todos têm valor. A diferença é na bagagem cultural, experiência de mercado, educação, simpatia, qualidade do serviço e preço.

Estamos vivendo em um país que perdeu a noção de ética, respeito e limite. Isso fez com as pessoas passassem a buscar esses valores em suas relações, tanto pessoais quanto profissionais.

Confiança não tem preço. Quando se conquista a confiança de alguém é como ganhar na loteria. Confiança gera fidelidade. Quantas pessoas preferem pagar um pouco mais caro para um fornecedor porque confiam nele, sabem que não terão atraso e que o serviço será bem feito.

Para organizar um casamento é preciso planejar, definir o perfil da cerimônia e da festa e pesquisar tudo com antecedência. Escolher a dedo o fornecedor, procurar saber tudo sobre ele, se é estável no mercado, se não pisou na bola com ninguém. Muitas vezes o barato sai caro.

Festa não tem repeteco, por isso não pode ter erro. Escute pessoas que já se casaram ou que trabalharam com as empresas que pretende contratar. Ouça amigos, parentes, enfim, quanto mais informação, melhor. Pesquise muito, sobre tudo, para fechar com quem você sentir mais segurança.

Faça uma planilha com tudo que olhou: fornecedores, preços, sugestões. É importante ter uma visão geral para comparar. Check list é ótimo para não deixar nada para trás.

Faça contrato com todos os fornecedores e antes de assinar leia tudo, até as letras miúdas. Existem assessoras de casamentos, mas também tem muitos sites especializados no assunto. O que não falta é ajuda. Santa internet!

Isabela Teixeira da Costa

Bolo Red Velvet

redvelvet1Sempre tive muita curiosidade de comer um bolo Red Velvet (veludo vermelho).

Nunca tinha visto um pessoalmente, só nos programas de TV, e sua cor sempre me atraiu enchendo minha boca d’água. Começei a procurar receitas boas, mas não encontrava, nem tão pouco um lugar em Belo Horizonte que vendesse o tal bolo. O red velvet não é um bolo vermelho qualquer, mas um bolo leve, aerado e úmido. Depois de muito procurar encontrei no Quitand’arte, na Savassi. Comi! Posso afirmar que é muito bom, mas não tanto quanto esperava. Quando sonhamos muito, a expectativa fica alta demais. Pouco tempo depois, encontrei esta receita. Vale a pena tentar.
Pode escolher qualquer uma das coberturas abaixo para rechear e cobrir o bolo.

Red Velvet Cake

Ingredientes: 3 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo, 2 xícaras (chá) de açúcar, 1 ¼ xícaras (chá) de manteiga, 1 ½ xícaras (chá) de Buttermilk (Veja receita abaixo), 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio, 3 colheres (sopa) de chocolate em pó. 2 colheres (sopa) de corante em gel vermelho, 1 colher (sopa) de essência de baunilha, 3 ovos, 30ml de vinagre de vinho branco, 1 pitada de sal.
Modo de Preparo: Peneire a farinha de trigo, o sal e o bicarbonato. Reserve. Em separado, misture o chocolate em pó, a essência e o corante. Reserve. Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo. Acrescente aos poucos os ovos. Adicione a mistura de chocolate reservada e bata até obter completa homogeneização da massa. Retire da batedeira, e acrescente aos poucos, intercalando os outros ingredientes secos reservados, o Buttermilk, o vinagre e misture bem com o auxílio de uma colher de pau. Coloque a mistura na forma ou formas e leve para assar por aproximadamente 40 minutos. Para um bolo veludo vermelho de andar, prepare duas formas (quadradas ou redondas) sendo uma de 14 e outra de 20 cm forrando o fundo das formas com papel manteiga. Não unte a forma. Para um bolo veludo vermelho redondo simples, poderá utilizar duas formas de 20 cm de diâmetro.

Buttermilk: 360 ml de leite, 2 colheres (sopa) de vinagre branco. Misture bem os dois ingredientes. Deixe descansar por no mínimo 10 minutos.

Cobertura Cream Cheese (1ªOpção)

Ingredientes: ¾ xícara (chá) de cream cheese (queijo cremoso), 2 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro, 3 colheres (sopa) de manteiga sem sal, essência ou uma fava de baunilha raspada.
Modo de Preparo: Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até obter uma “farofa”. Acrescente o cream cheese, a essência e bata somente o suficiente para obter um creme, não bata muito.

Cobertura Cream Cheese (2ªOpção)

Ingredientes: 150g de cream cheese (1 pote), 50g de manteiga sem sal, 300g de açúcar de confeiteiro, 100g de chocolate branco, derretido e frio, 1 colher (sobremesa) de essência de baunilha.
Modo de Preparo: Na batedeira, velocidade alta, bata a manteiga e o cream cheese até que estejam homogêneos. Acrescente a essência, o chocolate e torne a bater o suficiente para misturá-los bem. Em velocidade média, acrescente o açúcar aos poucos e bata até obter uma mistura fofa e leve. Aproximadamente 6 minutos. Leve a cobertura para a geladeira por no mínimo 20 minutos e depois utilize.

Dicas

Note que além do Buttermilk, também utilizamos vinagre na massa. A consistência maravilhosa da massa é devido ao vinagre. A versão industrializada do Buttermilk, não há aqui no Brasil, por isso, é apresentado aqui como obtê-lo.
A manteiga (sem sal), o cream cheese e os ovos devem estar em temperatura ambiente.
Se for rechear o bolo, o ideal é fazer a massa em um dia e finalizar o bolo no dia seguinte. Isso para que massa não esfarele tanto, por ser fofa, ao espalhar o recheio. A cobertura também poderá ser utilizada como recheio com frutas picadas.
Validade da receita: 48 horas fora da geladeira ou 3 dias na geladeira.

Quitand’arte: R. Antônio de Albuquerque, 369 – Savassi

ITC

Como anda seu metabolismo?

Foto tendenciademulher.com.br/reprodução
Foto tendenciademulher.com.br/reprodução

Na luta contra a balança, um grande vilão é o metabolismo. Em algumas pessoas é para lá de lento, e em outras, mais sortudas, é mais acelerado. Isso faz toda a diferença na perda de peso.

Tenho uma colega que era obesa e decidiu fazer a cirurgia bariátrica. Foi na médica e quando questionada sobre sua alimentação disse que não comia muito, era mais de salada, carne, etc. A médica – calejada de ouvir discursos mentirosos dos clientes que tendem a esconder seus excessos –, não deu crédito ao seu relato. Pensou se tratar de mais uma que escondia a quantidade de doces e carboidratos que ingeria em horários impróprios.

Cirurgia feita. Nada do emagrecimento esperado. Enquanto um paciente normal emagrecia quatro a cinco quilos, ela perdia 200 a 300 gramas. Só então a médica decidiu pesquisar o que estava ocorrendo e descobriu que ela tinha metabolismo baixíssimo e então acreditou que ela comia pouco. Resumo da história: minha amiga tem que fazer uma ginástica especial, com personal, para acelerar seu metabolismo. Hoje, está magra, mas não pode se descuidar.

É bom ficar atento, seja para emagrecer ou ganhar massa muscular. O bom funcionamento do metabolismo é fundamental, pois está diretamente ligado à queima de gorduras. Algumas dicas para acelerar o metabolismo:

 

1 – Faça exercícios aeróbicos e musculação – gastam muita caloria, estimulam a circulação, a queima de gorduras e a aceleração do metabolismo.

2 – Durma bem – uma noite tranquila é importante para que o corpo tenha a disposição para manter o metabolismo ativo.

3 – Coma de três em três horas – passar grandes períodos sem se alimentar faz com que o corpo trabalhe em um ritmo mais lento. O metabolismo se adapta à quantidade de energia que é fornecida a ele. Entre as refeições, coma frutas, queijos magros, iogurtes ou grãos integrais.

4 – Consuma grãos integrais – os grãos integrais têm mais fibras, o que faz com que sejam digeridos por mais tempo, fornecendo energia prolongada e facilitando a queima de gorduras. Melhoram o funcionamento do intestino e do sistema digestório em geral.

5 – Tome café da manhã – A primeira refeição do dia é uma das mais importantes, já que ela oferece a energia necessária para o funcionamento do organismo. Por isso, aposte em combinações de frutas, grãos integrais e proteínas. Se for praticar exercícios físicos de manhã, insira no cardápio os nutrientes necessários para suprir a carga que será gasta.

Isabela Teixeira da Costa