Terça-feira gorda

Hoje é terça-feira gorda de carnaval, mas o que quer dizer essa antiga e comum expressão?

Sempre achei engraçado a expressão “terça-feira gorda de carnaval” que minha mãe sempre dizia quando se referia ao dia de hoje. Nunca perguntei a ela o por quê de ser chamada assim, e sempre era falada ao se referir ao nascimento da minha irmã: “Ela nasceu na terça gorda de carnaval”. Estava pensando nisso e me bateu uma curiosidade de saber a origem da expressão.
Hoje, temos a facilidade do “São Google” e foi a ele que recorri. Segundo o Wikipidia, “a terça-feira gorda (em francês: Mardi Gras), ou terça-feira de carnaval, é o dia de fevereiro ou março que precede a quarta-feira de cinzas. Portanto, é o último dia que antecede a Quaresma, e é comemorado em alguns países com o consumo de panquecas. Este banquete móvel é determinado pela Páscoa. Em outros países, especialmente aqueles em que é chamado de Mardi Gras ou alguma tradução, este é o último dia de carnaval, sendo, para os católicos, também o último dia de ‘comer gordura’ antes do período de jejum da Quaresma.
“Historicamente, é o dia em que os católicos se despedem da carne, pois, nos quarenta dias seguintes, devem jejuar, orar e fazer penitência e se abster de comer carne. Tudo isso em preparação à Páscoa. É observada pelos católicos e anglicanos, que fazem um momento especial de autoexame, para analisar quais erros eles precisam se arrepender e em quais áreas da vida ou da espiritualidade precisam pedir, especialmente, a ajuda de Deus”.
Realmente os tempos mudaram, era chamada de terça gorda porque as pessoas tiravam a barriga da miséria comendo muito, para enfrentar a quaresma. Naquela época os jejuns e as privações eram quase diárias, pois assim os fieis lembravam os sacrifícios feitos por Jesus Cristo. Hoje, ninguém faz penitência, e nem pensam no que fizeram de errado. Pura utopia. A quaresma hoje – pelo menos aqui no Brasil, para a grande maioria das pessoas –, se resume a não comer carne vermelha nas sextas-feiras, entre o carnaval e a páscoa, portanto esta expressão perdeu o sentido. Mas que era engraçado, isso era.
Vale ressaltar que não sou e nunca fui católica, sou evangélica e por essa razão não sou muito conhecedora das tradições e ritos da religião romana, por isso a necessidade de fazer uma pesquisa. Conheço alguma coisa, porque a família do meu pai é muito católica. São de Santa Luzia e até hoje ajudam nas igrejas de lá, inclusive fazendo campanhas de arrecadação de recursos para restauração das mesmas.
Tinha uma prima – a Naná, que infelizmente já nos deixou – que plantava alfazema na fazenda para decorar e perfumar a igreja na Semana Santa. Suas filhas deram continuidade a essa função. A família toda ajuda. A Anna Marina vai para lá na sexta-feira da paixão para arrumar a cama de Jesus Cristo morto. Por sinal ela restaurou com perfeição o lençol todo feito com fio de prata. Branca Diniz faz a roupa para vestir a imagem de Maria e todas as primas, juntas, passam o dia decorando e arrumando para a procissão da noite.
Bem, nesta minha pesquisa descobri uma coisa interessante, que ainda não sabia: os seis domingos entre o carnaval e a páscoa têm nome, dados pelo povo. São nomes simbólicos, relativos a epístolas ou acontecimentos relevantes do cristianismo. Existe um ditado que cita todos eles, é um versinho: “Ana, Magana, Rebeca, Susana, Lázaro, Ramos e na Páscoa estamos.” Imagino que minhas primas, principalmente a Beth que é historiadora, devam conhecer, talvez minha avó tenha recitado muito para elas, contando os domingos da quaresma, mas para mim é novidade.
Voltando à terça-feira de carnaval, hoje, teoricamente, é o último dia da folia de Momo. Digo teoricamente, ou oficialmente, porque nas últimas décadas ninguém mais respeita a data desta festa popular. Era para começar na última sexta-feira, mas na verdade começou 15 dias antes e vai continuar no próximo final de semana. Porque aqui em Belo Horizonte o povo trabalha quinta e sexta, mas retoma a farra no final de semana. Mas lá na Bahia eles nem param, continuam como se não houvesse amanhã. Para os baianos quarta, quinta e sexta continua a farra.
Durante anos no jornal todo mundo trabalhava na quarta-feira depois do meio dia. Hoje, o pessoal da administração costuma compensar o dia no banco de horas e não aparecem por aqui. Mas, quando vinha todo mundo era muito divertido, porque trabalhar mesmo, quase nada. O que ocorria era uma contação de caso de como tinha sido o carnaval de cada um. E muita gente ia para a redação para acompanhar a apuração das escolas de samba do Rio de Janeiro, que sempre é feita na quarta-feira de tarde. Era muito legal, uma total interação entre os colegas, a tarde era um misto de caras amassadas e a alegria e risadas dos casos inusitados do carnaval.
É interessante ver como os costumes vão mudando com o passar dos anos. Dá saudade.

Isabela Teixeira da Costa

Cuidado com a bebida

Se quiser encarar a folia de todos os dias do carnaval, cuidado com a bebida

Para quem vai enfrentar os cinco dias de carnaval, fazendo uma maratona de folia, seguem algumas dicas para beber com inteligência, e aguentar acompanhar – inteiro – toda a festa. Curtir com moderação é essencial para conseguir aproveitar o Carnaval de forma equilibrada. A Diageo, líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, criou a plataforma on-line DRINKiQ – Beba com Inteligência, para tratar dos diferentes aspectos do álcool e oferecer as informações para que as pessoas possam fazer escolhas sobre seu consumo, incluindo a decisão de não beber.
Confira sete dicas para beber com inteligência neste Carnaval:
1. O que importa é a quantidade: Álcool é álcool, independentemente do tipo de bebida – cerveja, vinho ou destilados –, portanto, o efeito no organismo é determinado pela quantidade ingerida, e não pelo tipo de bebida (destilada ou fermentada). É importante verificar quantos gramas ou mililitros de álcool puro tem em cada dose. Explicando: um copo de 330 ml de cerveja, uma taça de 100 ml de vinho ou uma dose de 30 ml de bebida destilada – seja whisky, vodka, gin ou cachaça – contêm a mesma quantidade de álcool: 10 gramas.
2. Alimentação e hidratação: Antes de beber e enquanto estiver consumindo bebida alcoólica, devemos sempre comer e ingerir água. O consumo de alimentos diminui a velocidade com que o álcool é absorvido pela corrente sanguínea, mantendo-o no estômago por mais tempo. Beber água nos mantém hidratados. Se beber, nunca dirija.
3. Eliminação do álcool: Seja a bebida fermentada ou destilada, o corpo leva, aproximadamente, uma hora para processar uma dose de 10g de álcool de uma bebida. E é impossível acelerar seu processo de eliminação pelo organismo. Tomar banho frio, beber café e respirar ar fresco até podem ajudar a nos deixar mais alertas, mas não irão acabar com os efeitos do álcool nem te deixar sóbrio.
4. Homens e mulheres processam álcool de maneira diferente: Os efeitos da ingestão do álcool variam de pessoa para pessoa. Condições de saúde, quantidade ingerida, gênero (feminino ou masculino), idade e alimentação são alguns dos principais fatores influenciadores quando o assunto é metabolizar o álcool. O fígado é o órgão responsável por processar o álcool por meio de uma enzima chamada álcool desidrogenase, ou ADH. As mulheres, em geral, têm menos ADH, por isso elas sentem mais os efeitos do álcool do que os homens, mesmo se consumirem a mesma quantidade.
5. Menores de idade nunca devem consumir bebidas alcoólicas: O consumo precoce e indevido causa vários danos à saúde, comprometendo o rendimento intelectual, o aprendizado, a relação com outras pessoas, além de aumentar o risco de intoxicação, lesões e acidentes.
6. Se beber, nunca dirija: O álcool afeta o raciocínio, a coordenação motora e a visão, por isso, torna o consumidor impossibilitado de dirigir.
7. Fique atento, bebidas alcoólicas ilegais e/ou falsificadas são prejudiciais à saúde
A falta de informação sobre a procedência do produto, muitas vezes, pode indicar qualidade ruim e produção em condições anti-higiênicas e insalubres. Além disso, não são regulamentadas por órgãos responsáveis e podem estar associadas à atividade criminosa, prejudicando os negócios que funcionam dentro da Lei.
O importante é equilibrar na quantidade de bebi e não ficar de estômago vazio.
Isabela Teixeira da Costa

É possível cuidar corpo durante o carnaval?

Alguém consegue manter dieta em pleno feriado de carnaval? Tem especialista que acha possível.

Cinco dias de feriado. Se formos levantar hipóteses sobre o que a pessoas farão nestes dias encheremos esta página de jornal, mas algumas são bem óbvias. Pular carnaval, viajar, ficar em casa, ir para um sítio ou fazenda, ir para casa de amigos. Seja lá qual a opção escolhida, todas elas envolvem duas ações: comer e beber. E uma coisa é deixada de lado: regime, preocupação com dieta e a boa forma.
Muita gente se reúne com amigos ara um churrasco, cervejinha e petiscos, ou vão curtir um hotel fazenda e uma praia e lá, o que ais tem são comidas deliciosas. Se vai para a folia bebem horas seguidas e depois batem um prato de macarrão, ou tropeiro, enfim, o que for mais prático para rebater o álcool e pesar no estômago. O fato é que a maioria das pessoas aproveitam a data como uma “mini férias”.
Recebemos um material da especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri – do 5S Estilo de Vida Saudável, metodologia multidisciplinar de emagrecimento sustentável – que afirma que é possível sim aproveitar os quatro dias de folia, ou descanso, sem prejudicar a boa forma. Basta ter disciplina e consciência sobre os alimentos e bebidas ingeridos. E ela dá algumas dicas para isso:
Procure se alimentar de forma equilibrada e leve durante os dias antes do Carnaval. Não “chute o balde” antes já imaginando que sairá da dieta nos próximos dias.
Troque o refrigerante e sucos industrializados por sucos verdes ou até mesmo um coquetel de frutas sem álcool. Para as pessoas que desejam ingerir bebida alcoólica, evitar o excesso é essencial, pois além de serem ricas em calorias (uma lata de cerveja tem cerca de 150 calorias, 1 caipirinha adoçada com açúcar tem cerca de 300 calorias) provocam retenção de líquidos e, consequentemente, inchaço.
Não belisque alimentos ao longo do dia e procure não pular as refeições principais. Caso participe de algum churrasco, procure preparar um prato com pequenas porções dos alimentos que mais gosta para ter consciência do que está comendo e não correr o risco de comer grandes quantidades sem nem mesmo perceber.
Comece pela salada. Por serem ricas em vitaminas, minerais e fibras, as saladas proporcionam a sensação de saciedade e ajudam no controle de exageros durante a noite. Use molhos funcionais e saudáveis para temperá-las substituindo a maionese ou creme de leite por iogurte desnatado, por exemplo.
Coma de tudo, mas com moderação. A variedade de alimentos costuma ser grande e, nesse caso, não há problema em experimentar de tudo um pouco, porém em pouca quantidade. Evite alimentos prontos, salgadinhos, frituras que são verdadeiras “bombas calóricas” que carregam grande quantidade de sódio.
Churrasquinho fit. Utilize grãos como quinoa, linhaça e arroz negro para substituir o tradicional arroz branco que sempre acompanha churrascos. E para a clássica farofa, substitua ingredientes como bacon, calabresa, ovos fritos e embutidos por damasco, ameixa, uva passa e até mesmo castanhas. Outra ideia bastante saudável é acrescentar vegetais como cenoura ralada, abobrinha e couve, que deixam a receita leve e colorida.
Hidrate-se. Beber água é fundamental, tanto para gerar saciedade quanto para ajudar na desintoxicação de um possível excesso. Além disso, a água é uma ótima aliada para ajudar a evitar a retenção hídrica, visto que a maioria dos alimentos de festas possuem alto teor de sódio.
Sobremesa free. Abuse da criatividade para elaborar sobremesas deliciosas e com ingredientes saudáveis como chocolate 70% cacau, frutas, chia, leites vegetais, entre outros. Lembrando que moderação é a chave.
Não deixe de lado os exercícios. O treino é importante sempre. Seja antes, durante e após os feriados, e ele não deve ser enxergado como forma de compensação, nem punição nem de recompensa. O exercício deve ser feito com plena consciência de toda sua contribuição na sua saúde, lembrando sempre dos grandes prejuízos de ser sedentário. Portanto, mantenha as atividades físicas sempre. Procure fazer uma caminhada ou alguma atividade mais leve e rápida, isso auxilia o organismo a continuar acelerado e consequente queimando calorias.
Exagerou? Siga em frente. As pessoas costumam desistir do processo da dieta após um deslize na alimentação, mas o importante é superar o “escorregão”. O que tende a acontecer é ocorrer deslizes grandes e sequenciais. Exagerou hoje? Tudo bem. Respire e siga em frente.
Muito boas as dicas, mas acho um tanto ao quanto utópicas para feriado, principalmente carnaval. Onde as pessoas vão encontrar churrasquinho fit, coquetel sem álcool, comer na hora certa e não beliscar? Isso tudo é muito válido e possível, ao meu ver, dentro da rotina diária, mesmo assim, fica registrada a dica.

Isabela Teixeira da Costa

Carnaval ou descanso?

A hora de decidir é agora. Vai querer cair na folia ou prefere ficar descansar no feriado?

Já tem dois finais de semana que os foliões estão esquentando em pré carnaval, e fazendo a contagem regressiva para a festa que começa oficialmente na noite de sexta-feira. Para alegria de uns e tristeza de outros Belo Horizonte vai ferver e não apenas nos quatro dias, portanto, o melhor é se programar, olhar rotas de fuga para quem mora em região da folia. E quem não aguenta mesmo o furdunço a melhor alternativa é viajar.
Muitos belo-horizontinos sentem falta da quietude que a cidade ficava. As pessoas brincavam que era possível sair nú na avenida Afonso Pena, às três horas da tarde, que ninguém via porque a cidade estava às moscas. Aqui era a maior tranquilidade. Para falar a verdade, não mudou muita coisa. Hoje, com toda a festa, pode fazer a mesma coisa, ninguém vai ver e se alguém ver, não vai ligar. Os tempos mudaram.
Tenho um casal de amigos que moram no coração da Savassi. Da casa deles só tem uma saída, mas fica fechada por causa do feriado de Momo. Arua fica com um cheiro insuportável de urina, fezes e vômito, além do movimento e cenas indescritíveis. A solução encontrada por eles foi sair da cidade, porque se precisar de um atendimento médico, é impossível conseguir, porque ambulância não chega e eles não conseguem sair.
Ano passado, uma outra amiga – que infelizmente já nos deixou – saiu pela manhã com o marido, que também é bastante debilitado de locomoção. Quando retornavam para casa se depararam com as ruas fechadas por causa do carnaval impedindo de chegar em sua casa. Não tinha nenhuma passagem. Abordou o guarda que estava no local, pediu ajuda e ouviu uma resposta absurda. “Não tem jeito de passar, minha senhora”. Ela explicou a situação, que ela e o marido eram pessoas doentes, precisavam chegar em casa e ali era o único caminho de acesso. A reposta continuou a mesma e com bastante grosseria. Foi um bafafá, porque ela ficou bastante nervosa, uma vez que tinha horário ara a medicação. Teve que chamar a filha que foi ao seu encontro e depois, co muita dificuldade, conseguiu resolver o problema e levar os pais para casa.
Está em tempo de avaliar se ficará em casa, fugirá da folia ou participará da festa. Se ficar em casa, olhe as ruas no entorno que ficarão fechadas. Estude rotas de fuga e de acesso, para saber como proceder em caso de urgência. O importante é se programar, porque, se ano passado já estava impraticável com 3 milhões de turistas, este ano a PBH já avisou que o público de fora está estimado em 5 milhões, ou seja, loucura geral, total e irrestrita. Até mesmo quem vai circular de dia, levando crianças nos bailes infantis matutinos e vespertinos dos clubes, porque os blocos de rua saem o dia inteiro.
Já que estamos falando em cuidado e atenção, várias pessoas estão levando seus pets para a rua, para ver o movimento e alguns até mesmo para sair acompanhando os bloquinhos. Muitos estão fantasiando seus bichinhos. Tudo bem, os animais são permitidos nos bloquinhos, a rua é pública, mas se o animal estranhar multidões o ideal é colocar uma focinheira para evitar maiores problemas. De acordo com Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, o carnaval pode ser benéfico para os animais, porém, para uma comemoração saudável, é preciso estar atento a alguns cuidados. O primeiro ponto é o calor, se for para a rua, prefira a parte da manhã ou o final do dia, cuidado com a temperatura do solo, e não esqueça de dar água para o animal. Procure os blocos mais calmos, e coloque fantasias confortáveis no seu pet. Dica importante: não esqueça a coleira de identificação, caso o animal se solte.

Isabela Teixeira da Costa

Carnaval sem prejuízo: Preservar com arte

Projeto Tapume+Arte protege patrimônio histórico de Ouro Preto durante o carnaval, com trabalho feito  pelos alunos da Fundação de Arte da cidade.

Ouro Preto é uma das cidades mais procuradas pelos foliões para brincar o carnaval. A cidade histórica recebe milhares de pessoas, a expectativa é receber 40 mil pessoas por dia. Com tanta gente nas ruas pulando e dançando, o excesso de álcool – que tira o controle e limite dos foliões – fica impossível o auto controle.

Pensando nesse aumento do fluxo de visitantes, a Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP, em parceria com a Prefeitura, desenvolveu um projeto muito bacana. Montaram esta semana os murais do Tapume+Arte. O projeto traz arte e segurança para o carnaval e homenageia as figuras que fazem parte da vida cultural da cidade.

Os tapumes, conhecidos por proteger e isolar áreas de construções civis, ganharam cores, tintas e desenhos de alunos, professores e funcionários da FAOP.  Eles foram instalados em quatro pontos de grande circulação de pessoas: Na Ponte dos Namorados (Rua Getúlio Vargas); na Ponte dos Contos (rua São José); no beco do Hotel Colonial (Travessa Pe. Camilo Veloso); no beco Pilão (ao lado da Câmara Municipal).

Um dos homenageados é Francisco de Paula Mendes, um dos músicos mais antigos da cidade, com 90 anos de idade e 77 de carreira,  retratado nos murais. Seu Tito, como é conhecido, permanece na ativa, é saxofonista na banda Anjo e no bloco Gatas e Gatões, que se apresenta na segunda-feira, 12. “Me sinto bem com a homenagem, sinto que estou sendo reconhecido por Ouro Preto”, comenta.

Além de Seu Tito, as artes fizeram referência aos 50 anos da FAOP, 280 anos do nascimento do escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e aos 80 anos do tombamento oficial de Ouro Preto.

Os murais ficarão expostos até o fim do carnaval. O projeto teve início em 2005, durante restauração da Casa Bernardo Guimarães, sede da Fundação. O objetivo era o de promover a expressão artística e atrair a atenção para o novo centro cultural. A ação se estendeu por outras partes da cidade e em outros municípios. Desde 2007, o projeto faz parte do carnaval de Ouro Preto, com a instalação dos murais em pontos estratégicos da cidade, visando a segurança dos foliões, a proteção do patrimônio e a disseminação da arte em espaços públicos.

Belo Horizonte, que por décadas era uma cidade fantasma nessa época do ano, hoje recebe milhões de pessoas que vem brincar nas centenas de bloquinhos. Durante a semana foi possível ver prédios e praças se fecharem com tapumes e grades na tentativa de evitar depredações. Seria bem legal se artistas, alunos de artes plásticas e grafiteiros para pintarem os tapumes. A cidade ficaria bem mais bonita. Gostei dessa ideia. Vejam fotos de Mateus Meireles n galeria abixo.

Isabela Teixeira da Costa

Boa alimentação garante energia

Calor e a falta de tempo para se alimentar corretamente pode deixar o corpo sensível e aumentar as chances da ressaca.

A chegada do carnaval, acompanhado das altas temperaturas e de toda a folia de prévias, ensaios e bloquinhos de rua, pede aquela atenção a mais com o corpo para aguentar os quatro dias de festa e manter o pique. O indicado por profissionais é apostar em uma alimentação saudável e refrescante, tanto para a preparação, quanto para a recuperação de toda a agitação.

Saídas longas, calor e pouco tempo entre os bloquinhos? De acordo com os especialistas, refeições mais completas e energéticas podem ser a saída para nutrir o corpo durante o período em que ele ficará apenas com os lanches fora de hora. “Na folia, castanhas, frutas secas e barrinhas de cereais ou de proteínas podem ser opções bem práticas. A hidratação também não pode ficar de lado”, recomenda a nutricionista Gabriella Alves, da Corpometria, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB).

Nutricionista Gabriela Alves

Ela explica que a ingestão de água durante o consumo das bebidas alcoólicas é imprescindível para hidratar o corpo e evitar os sintomas da ressaca. Sucos com alimentos termogênicos, por exemplo, podem ser aliados para curtir a folia. “Uma das melhores apostas é o suco de melancia com canela. A fruta irá fornecer carboidratos e energia, enquanto a canela auxiliará no ânimo para as longas folias.” Para produzi-lo, é fácil: basta bater a fruta com canela em pó a gosto e tomar antes de sair. “Para aqueles que sentem-se indigestos com a melancia, outra boa opção, que dá os mesmos efeitos, é o suco de abacaxi com gengibre”, afirma a profissional.

Mas se depois de todos os cuidados veio aquela indisposição, boca seca e dores fortes na cabeça, é possível que a ressaca tenha dado o ar das graças. “Nessa situação o melhor é consumir alimentos que auxiliarão na destoxificação do organismo e hidratação. Assim, abuse de água e água de coco. Também podem ser consumidos isotônicos e suco verde, produzidos em casa”, indica.

A nutricionista dá algumas dicas para lidar com a ressaca e cansaço pós carnaval:

Cinco dicas para evitar a ressaca:

1) Hidrate-se;

2) Consuma alimentos protetores hepáticos, como alho, agrião e açafrão;

3) Alimente-se bem durante o consumo de bebida alcoólica;

4) Durma bem;

5) Pratique exercícios físicos.

Evite:

De acordo com a especialista, a falta de uma alimentação adequada pode piorar o quadro da ressaca. “Alguns alimentos também podem intensificar a enxaqueca, tão comum. Por isso, evite chocolate, café e até mesmo as frutas ácidas”, finaliza Gabriella.

Quer sossego? Fuja de BH

Foto Estado de Minas
Foto Estado de Minas

O carnaval de BH pegou mesmo e quem gostava do sossego da cidade vai ter que fugir daqui.

Não sou de carnaval e por isso sempre amei Belo Horizonte no feriado de carnaval. A cidade ficava um deserto, tranquila, sem trânsito e era possível descansar. Todos brincavam que era possível sair pelado em plena Avenida Afonso Pena ou Praça da Savassi que não tinha ninguém para ver.

Aos poucos os bloquinhos do feriado momesco começaram a surgir. Tudo bem, a “bagunça” era em pontos isolados, dentro dos bairros e não atrapalhava a vida de ninguém. Quem queria folia ia para os blocos e quem queria descanso conseguia ficar numa boa.

Porém, os bloquinhos foram ganhando força, aumentando o número de participantes e também o número dos blocos. A fama se alastrou e no ano passado forma mais de 1 milhão de turistas em BH. Este ano a estimativa foi de 2.4 milhões.

Foto Estado de Minas
Então, Brilha. Foto Estado de Minas

No ano passado fiquei por aqui. Apesar de muitos blocos com milhares de pessoas, dava para transitar e o barulho não chegou perto da minha casa. E com certeza, perto da casa de muita gente. Tranquilos e agitados conviveram numa boa.

Mas este ano a coisa começou a desandar desde antes do carnaval. Na quarta-feira, 22, saiu o bloco Chama o Síndico, bem no horário de pico. A concentração foi às 19h, na Avenida Afonso Pena com Avenida Brasil, bem no centro de um ponto de muito movimento de trânsito. O caos se instaurou. Ninguém andava por ali e nem por áreas com bastante distância por causa do congestionamento que provocou. Segundo informações, foram 130 quilômetros de transito parado em Belo Horizonte.

Foto SouBH
Então, Brilha. Foto SouBH

Só queria entender, o que deu na cabeça das autoridades da área, para liberar o bloco neste dia, horário e local. Digo isso, porque quem mora em BH sabe como é difícil conseguir autorização para fazer qualquer evento em praça pública ou ruas da capital. É uma luta, trocentos documentos, morosidade na aprovação e muitas vezes vem a negativa. É por isso que muita gente desiste de fazer as coisas por aqui. E os grandes responsáveis são os moradores que reclamam de tudo.

Pelo visto o carnaval contagiou todo mundo. Vi no jornal Estado de Minas a relação da saída dos blocos com dias e horários, fiquei impressionada com o tamanho da relação. Pelo visto vai ter bloco até no próximo fim de semana. Acho que seremos igual Salvador, porque o carnaval começou no fim de semana passado, continuou durante a semana e não sabemos que dia vai parar. Portanto, a turma que gosta mesmo é de sossego deve fugir da cidade.

Eu fui para o sítio curtir a minha mãe, mas não sem antes enfrentar um engarrafamento enorme por causa do bloco Então, Brilha, que sai na Rua Guaicurus, às 5h30 da manhã.

Isabela Teixeira da Costa