Presente virtual. Golpe em casamento?

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Imagem extraída da internet

Casais optam por ganhar presentes virtuais porque revertem em dinheiro na conta.

Encontrei ontem, com uma amiga e suas filhas e conversa pra cá e pra lá, fui questionada sobre os casamentos que são realizados fora de BH, ou melhor, fora de Minas Gerais.

Acredito que o assunto surgiu porque ano passado fui ao casamento da filha de uma amiga que foi em Búzios e, no final do mês vou à Portugal para o casamento do filho de outra amiga, e elas sabem disso.

Questionaram sobre os presentes de casamento e disse que olho as lojas indicadas no site dos noivos, entro no site da loja, escolho o presente dentro da faixa de preço que posso pagar, compro, envio um e-mail para os noivos e pronto.

Isto é muito prático porque os presentes são transformados em crédito para os noivos, que depois do casamento vão até à loja física e escolhem os produtos que querem, da marca, cor e modelo desejado e montam sua casa. Evita o trabalho das trocas excessivas após lua de mel. Quando os noivos vão morar em outra cidade – como é o caso deste próximo casamento -, eles já retiram tudo no local onde irão residir. Economia de mudança.

Foi aí que me falaram uma coisa que fiquei chocada. Existem, no site dos noivos, uns presentes virtuais, que não estão atrelados a nenhuma loja formal. O convidado compra este presente, paga por ele, e o valor cai em uma conta dos noivos e eles recebem o valor em dinheiro, no lugar de receber o presente.

Oi? É isso mesmo? Mas não para por aí. A conversa continuou. As meninas contaram que os noivos fazem casamento na praia para 150 a 200 convidados, convidam mais de 500 pessoas – que sabem que não irão –, para ganhar presente, e espalham que preferem ganhar o presente virtual. Fazem o pé de meia, usam o dinheiro para pagar parte da festa ou mesmo para custear a viagem de lua de mel.

Ou seja, “eu não te quero no meu casamento, mas quero muito o seu dinheiro para engordar o meu bolso e pagar o meu sonho”. Estou chocada. Tempos modernos? Não concordo. Penso que a falta de ética contaminou a maioria das pessoas. É o ar da corrupção de empestiou o país e algumas pessoas passaram a achar que isso é normal. É a famosa ‘lei de Gerson’, que o Brasileiro gosta de se gabar: levo vantagem em tudo.

Posso dizer, com certeza, que este não foi o caso do casamento que fui no ano passado, estava tudo lindo, maravilhoso, perfeito, pago pelo pai da noiva. E não teve quebra de convidados. Menos de 5% das pessoas faltaram. E eles ganharam muitos presentes físicos. Por sinal, no site deles não existia a opção de presente virtual.

No casamento que no final do mês, são apenas 85 convidados, capacidade máxima do Castelo que será cenário da cerimônia. Como os noivos moram em São Paulo, a indicação de presentes é em lojas que têm sites e que a loja física tem em Sampa, para retirarem por lá. Mais uma vez, nada de presente virtual na lista.

Se tudo o que eu ouvi for verdade, os noivos podem até tentar, mas cabe ao convidado querer cair neste golpe, ou escolher dar um presente de uma loja séria.

Pronto, falei. Golpe denunciado.

 

Isabela Teixeira da Costa

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