Meditação: a bola da vez

Meditação, ou mindfulness está na moda até no mundo corporativo

Meditação sempre fez parte do universo zen. Os amantes do ioga, pessoas que são ligadas a espiritualidade. No ano passado a prática ganhou sofisticação, passou a ser chamada em inglês mindfulness, e ficou na moda. Não podemos negar que faz bem para quem realmente consegue se desligar e relaxar. Causa, sem dúvida um impacto positivo em nossas vidas: reduz o risco de estresse, depressão e ansiedade, e ajuda no controle das emoções. Outro dia fui a uma médica e uma das receitas foi: faça meditação. Inclusive me indicou um aplicativo para ajudar nos exercícios.
Segundo a médica, como é o nosso cérebro que comanda todo o nosso organismo, ele tem que receber os estímulos corretos, para então, fazer o corpo funcionar bem. Se mandamos mensagens de estresse, medo, angustia, etc, ele joga toda essa tensão no corpo, e o organismo trava. Portanto, uma das formas de harmonizar tudo isso e acabar com o estresse, é praticando a meditação, ou melhor, o mindfulness. Afinal, temos que usar os termos atuais.
Estudos mostram que entre oito e 12 semanas de práticas formais diárias já trazem mudanças psicológicas positivas. Então, o que é preciso saber para praticar o mindfulness?
Segundo a coach Vivian Wolf, como prática contemplativa e de aquietamento da mente, o mindfulness oferece, de maneira focada, tempo para relaxamento e conscientização de nosso estado. Ele proporciona recursos internos para lidar com ansiedade e estresse, cujos sentidos são muitas vezes alterados e influenciados negativamente. Com a prática, o mindfulness tem o potencial não somente de trazer alívio temporário do estresse, mas de transformar nossa maneira de interagir com o mundo. E nos treina a focar a atenção em uma coisa só, no presente, sem julgar ou reagir. “Por isso a técnica, além de aumentar a concentração e a eficiência, torna as pessoas mais receptivas e menos reativas. Pense no mindfulness como um mastro segurando a bandeira de nossos pensamentos e fazendo um contraponto positivo ao nosso caos mental e distração contínua”.
A meditação pode ser praticada por qualquer pessoa de qualquer idade, inclusive crianças. Segundo a especialista, introduzir o mindfuness no cotidiano requer motivação, tempo para si e disciplina. No início, uma prática diária de cinco a dez minutos pode ser uma boa maneira de começar e se auto motivar. À medida que vai aprofundando na técnica, pode aumentar o tempo. O recomendado é entre 20 a 45 minutos diários.
Não importa se vai meditar de manhã, tarde ou noite, mas é importante que faça isso em um lugar tranquilo e silencioso, e de preferência, sempre no mesmo local, e de maneira que fique confortável. O diferente agora é que no ioga a meditação é cada um por si, mas segundo a especialista, vale uma companhia, por sinal ela acha que acompanhado é ainda melhor, pois gera motivação e troca de experiências. Isso para mim é novidade.
A meditação está tão em voga que já existe uma empresa voltada a trabalhar com o equilíbrio emocional e o desenvolvimento pessoal através do autoconhecimento, especializada em programas corporativos de meditação e mindfulness. Alexandre Ayres e Wagner Lima criaram a MindSelf para levar para o mundo corporativo a prática regular da meditação. A dupla afirma que descobriram a meditação como forma de desenvolver o autoconhecimento e melhorar as capacidades de adaptação ao ambiente corporativo.
Tenho que confessar que não consigo meditar, não tenho paciência para isso. Não duvido dos benefícios de tal prática, mas sou um pouco cética com relação ao alcance da meditação. Tomara que faça tudo isso que os coachings e empresários prometem, será um grande ganho.

Isabela Teixeira da Costa

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