Em busca de um futuro melhor

gestante2Gestantes trocam Brasil por Miami para que seus filhos nasçam americanos.

Sempre soube que algumas mulheres brasileiras escolhiam ir para os Estados Unidos para ter seus filhos, para que tenham a cidadania americana. Eu mesma conheço várias delas. Porém, nos últimos dois anos este número cresceu consideravelmente, por causa da crise da dengue. Muitas, estão deixando o conforto dos seus lares e o aconchego da família, algo tão importante neste momento único, para terem seus bebes bem longe do Brasil.

As principais vantagens são, além da criança ser cidadã americana, poder entrar e sair livremente não só da América, mas de vários outros países, ter acesso a boa educação, saúde, segurança, qualidade de vida e tantas outras facilidades, uma vez que seus pais puderam oferecer uma nova opção de vida.

Tenho uma amiga que tinha dupla cidadania, por ter nascido nos Estados Unidos e ser filha de brasileiros. Quando completasse 18 anos teria que optar por qual cidadania iria querer – a maioria das pessoas não sabe que na maior idade é preciso fazer a escolha e abrir mão de uma delas. Ela já tinha se decidido pela brasileira. Poucos meses antes, sofreu um grave acidente e ficou tetraplégica. Graças a sua cidadania americana se mudou para Miami e recebe um excelente tratamento, com direito a acompanhante, visitas diárias de enfermeira para o banho, etc.

As gestantes interessadas por essa opção, podem contar com a cooperativa de clínicas que foi criada para atender as necessidades tanto das mães como dos pequenos. Ela é formada por profissionais bilíngues de diversas áreas. O pediatra Wladimir Lorentz explica que a equipe atende pacientes de fora usualmente a partir da 32ª semana de gestação. São realizados os acompanhamentos do pré-natal, parto e pós-parto. O valor é o mesmo cobrado de pacientes que residem nos Estados Unidos. Entretanto, vale lembrar que o investimento total pode variar, porque é preciso ficar até que o bebê complete dois meses.

Para arcar com esses custos, as famílias precisam se planejar com antecedência. “Mesmo que o dólar esteja em alta, pais e mães estão abrindo mão de outros gastos para que seus filhos nasçam nos Estados Unidos. Muitos, na verdade, estão desesperados frente a situação econômica e a total falta de segurança e por isso estão apostando nesta alternativa, que é totalmente legal nos Estados Unidos desde que a gestante entre no país legalmente”, explica Lorentz.

Ernesto Cardenas, um dos diretores da cooperativa, explica que ir para Miami com o intuito de comprar, investir e ter filhos que se tornarão cidadãos produtivos que pagam impostos, também aquece a economia dos Estados Unidos. “No site Ser Mamãe em Miami há recomendações de agentes imobiliários locais que falam português, advogados, faxineiras, e alguns serviços de estética”, complementa o especialista.

O medo das gestantes de se contaminar com o zika vírus foi um dos fatores que fez a procurar crescer bastante, afinal, só no Brasil, há mais de 4 mil casos de microcefalia suspeitos de haverem sido causados por infecção do vírus. Algumas mais exageradas optam por mudarem já no início da gestação. “Normalmente, atendemos gestantes a partir da 32ª semana. Porém, recentemente, mulheres têm chegado no início da gravidez com medo da doença”, ressalta Wladimir.

Mas será que isso realmente é o ideal? Abrir mão da sua pátria e da sua família em um momento tão importante como este? Bem, cada um escolhe seu destino e se protege como pode.

 

Isabela Teixeira da Costa

  • kkkkkkkkkkkkkkkkk.que comédia esta matéria, vamo alí ganhar neném em miami baixa renda.

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