Calvície é problema para mulher

calviceTem crescido o número de mulheres com problema de calvice.

O ditado “É dos carecas que elas gostam mais” pode funcionar muito bem para os homens, mas jamais será verdadeiro para as mulheres. O cabelo é considerado um dos itens de beleza da mulher, adorna o rosto. Não importa se curto, longo, chanel, anelado, ondulado ou liso, o importante é que ele está ali, compondo o conjunto facial feminino.

Trata-se de um elemento tão importante que são poucas as mulheres, vítimas de câncer, que, submetidas à quimioterapia, veem seus cabelos caindo e assumem o visual careca. Muitas usam lenço, às vezes para não incomodar as pessoas, mas a grande maioria opta por uma peruca.

O grande problema agora é que tem crescido muito o número de mulheres vítimas da calvície, que nada mais é que a redução total ou parcial dos cabelos em determinada região da cabeça, na maioria das vezes no alto. Isso afeta diretamente a autoestima.

Segundo a American Academy of Dermatology, de um total de 2 bilhões de pessoas no mundo que enfrentam os efeitos da calvície, mais de 100 milhões são mulheres. Por isso tem crescido o número de profissionais que se dedicam à tricologia, que é o ramo da ciência que estuda o cabelo e os problemas relacionados a ele.

Segundo Luiza Ottoni, dermatologista especialista na área, “o afinamento dos fios ou a miniaturização caracteriza o primeiro sinal da calvície, seguido pela redução da fase anágena (fase em que o fio permanece em crescimento no couro cabeludo), comprometendo a densidade normal dos fios. A evolução é lenta e a rarefação do couro cabeludo começa a ser notada de forma progressiva e difusa, poupando, em geral, apenas a linha frontal, próxima à testa. O quadro pode se iniciar na adolescência, mas vemos também casos que se iniciam após a menopausa”.

A calvície está relacionada à genética, pode ser reversível, desde que o dermatologista seja procurado no início do problema. “Os cabelos têm um ciclo de vida. É normal que caiam cerca de 50 a 120 fios por dia, que são naturalmente repostos. No caso da calvície feminina, de modo geral, a paciente não nota a queda acentuada no dia a dia, mas percebe a rarefação principalmente na área do meio do couro cabeludo. Em casos de queda acentuada, percebida pelo excesso de fios no travesseiro e durante o banho, deve-se investigar”, explica Luiza.

A profissional enfatiza que o primeiro passo é procurar um especialista, que fará a tricoscopia – exame que avalia, com ajuda de aparelhos, o couro cabeludo, e o aspecto dos fios para um diagnóstico correto e para definição do tratamento em cada caso.  Quando o tratamento é iniciado precocemente, aumentam-se as chances de um melhor resultado. Os tratamentos variam de acordo com cada caso e podem ser tópicos (soluções capilares) ou orais.

Nos casos mais graves, quando não há chance de reversão, existe a possibilidade de implante. Uma das técnicas mais usadas é a Extração de Unidades Foliculares (FUE), por meio da qual os fios são retirados da parte posterior da cabeça e implantados na área de perda capilar. De acordo com a doutora Cristiane Câmara Alves, em menos de sete dias percebe-se a cicatrização total da área transplantada. “O pós-operatório é bem tranquilo e quase indolor. Podem fazer o transplante homens, mulheres e até crianças’’.

Isabela Teixeira da Costa

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